Jogos do Apocalipse

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Perco - me em meus próprios pensamentos, Pare Seth, esta deixando eles assustados, não posso deixar que eles desconfiem, não posso perde - los, não posso perde - lá. Lia encosta em mim, apagando meu devaneio, e volto para a realidade, e olho em seus olhos verdes.

-A Coca está congelada! - sussurra ela, mas todos ouvem.

A Coca que antes estava quente, agora está congelada, sinto a presença de outro sobrevivente. Meu coração acelera, em questão de segundos, abraço Lia, e a puxo para fora da mesa, caímos no chão e seguindo meu movimento Gomez faz o mesmo com Scarlet, lanças de gelo perfuram a mesa e a cadeira de baixo para cima, Zack consegue escapar, mas Megan morre quando uma das lanças atravessa seu coração, durma em paz sussurro em minha mente.

Corremos para a entrada, mas lanças de gelo surgem do chão, bloqueando nosso caminho.

-A porta dos fundos - grita Gomez.

Damos meia volta correndo, Gomez pula o balcão, e nós o seguimos, corremos pela área de serviço, e saímos ilesos. Todos param para descansar, mas eu estímulo o contrário.

-Temos que continuar, confie em mim. Não podemos parar, pessoas perigosas estão vindo. - digo com a respiração ofegante, Gomez confirma com a cabeça como se confiasse sua vida a mim.

Continuamos correndo pelo meio da estrada, não vemos ninguém atrás de nós, o que é ótimo. Gomez começa a desacelerar e corre ao meu lado.

-Para onde vamos? - pergunta ele

-Para o planetário. - respondo me concentrando na corrida.

-Por que?

-Eu preciso saber o que aconteceu com o clima, não vemos mais animais, não existe mais cadeia alimentar, a comida um dia vai acabar, não vemos mais o sol e nem as nuvens, o ar é rarefeito e frio. - paro de correr e encaro ele - Não é o planeta que mudou, você por acaso viu a Lua?

- Não - responde Gomez preocupado.

-O planetário fica perto da praia, e se eu estiver certo, e a Lua tiver desaparecido de fato, as ondas e o fluxo do mar estarão diferentes por causa da gravidade. - digo, Gomez coloca a mão em meu ombro.

-Fico feliz que esteja conosco - diz ele.

Corremos por mais alguns minutos até que Scarlet desacelera e senta sobre a grama.

-O que está acontecendo? - pergunto para Lia.

-Scarlet quer fazer um funeral a Meg... - Lia para de fazer e repousa sua cabeça em meu peito. Minha camiseta fica molhada, começo a acariciar seu cabelo, até que levanto a cabeça de Lia. E posiciono seu rosto na mesma posição do meu, passo meu polegar pelo seu rosto macio.

-Por que está chorando? - pergunto.

-Estou com medo.

-Você tem medo de mim? - pergunto obscuro.

-Tenho medo dos segredos que você me esconde, tenho medo das suas visões, e do homem que você está se tornando por causa desses números no seu pulso. - me afasto dela.

-Como se você se importasse, você nunca ligou para mim, nunca falou comigo, você tinha vergonha de mim na escola, eu era seu melhor amigo quando criança, eu fiz tudo por você, enquanto extravassava sua raiva no seu namorado, nas suas amigas falsas e na sua popularidade - grito para ela, todos prestam atenção.

-Eu perdi uma mãe!!! - grita Lia lacrimejando

-Sua mãe cuidou de mim também, eu a amava, eu chorei quando ela morreu, levei flores no funeral dela, e sofri enquanto você se afastava da única pessoa que se importava com você. Mas quer mesmo saber Lia, não foi só você que perdeu uma mãe, meu pai batia na minha mãe, e ela em mim, eu nunca contei isso a ninguém, mas nem sempre eu estava no hospital por causa da dor de cabeça. Eu fui substituído pelo meu pai e pela minha mãe, eu nunca fui amado, eu era um saco de pancada. E tem razão, talvez eu esteja mesmo escondendo segredos de você, mas é para protege - lá - digo, enquanto ela limpa as lágrimas, tentando assimilar cada palavra.

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