Sem esperanças 14° Dia - 20° Dia

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P.O.V Lia

Passamos seis dias, em silêncio, comendo comidas enlatadas achadas pela casa, tínhamos medo de sair de lá, de sermos mortos ou encontrar o corpo de Seth. Pensamos em voltar para estrada, e procura - lo, mas a chance de sermos mortos era grande, e não podíamos arriscar.

Agora a noite, estamos todos na cozinha, não sabiamos o que fazer, não sabemos o que falar, é impressionante como a falta de uma pessoa, se for a pessoa certa, faz uma enorme diferença.

-Precisamos fazer algo? Parece que todos nós estamos com depressão! - diz Zack quebrando o silêncio.

-Podemos decidir na moeda! - digo.

-Decidir o que? - pergunta Scarlet brava.

-Se ficarmos e seguimos nossa vida ou vamos atrás de Seth. - afirma Gomez.

-Como assim? Já fomos atrás dele, e não deu em nada! - grita Scarlet.

-Mal passamos da casa - diz Zack

-Não procuramos direito - digo abraçando os joelhos.

-Porque ficar aqui não se tornou nossa única opção! - diz Scarlet

-Porque se ficarmos aqui não seremos nada! - digo.

-Não somos nada!! - grita Scarlet

-Fique calma amor - diz Gomez

-Ficar Calma? Não somos merda nenhuma! Se fossemos tão especiais como Seth diz que somos, então porque ele não nos deu poderemos bons para podermos lutarmos por aqueles que amamos! - grita Scarlet, se referindo a quem destruí 98% da população mundial.

-Mas, somos especiais, Seth tem uma conecção forte com eles, com os mortos também- digo referindo a minha mãe.

-Como assim? - pergunta Gomez

-Aí Meu Deus!! Esta vendo Seth é especial mas está morto ou nem se quer está do nosso lado,ele tem um milhão de poderes, porque ele tão especial? Porque não somos como ele? - grita Scarlet brava

- Fala mais baixo amor, não podemos correr o risco de ser descobertos por inimigos.

-Eles que se fod... - nesse exato, seu palavrão é interrompido com o som da campainha, todos ficamos inertes, o silêncio toma conta do lugar.

2 minutos depois, começamos a andar lentamente para a sala.

- Eu ouvi mesmo o som da campainha? - sussura Zack, confirmo com a cabeça em resposta.

-E se for o Seth? - pergunta Gomez.

-Ele não tocaria a campainha - sussuro em resposta.

-E se for o inimigo? - pergunta Zack.

-Então, se abrirmos a porta, será uma armadilha - sussura Gomez.

-E se não foi coisa da nossa cabeça? -pergunta Scarlet.

-Como assim?

- Não comemos muito, sofrermos uma perda enorme, talvez estejamos delirando.

-Todos nós? Acho improvável - digo

-Abra a porta - diz Scarlet.

-Não - exclama Zack

-Vamos votar - digo, enquanto Scarlet revira os olhos pronta para abrir um xilique.

-Quem quer abrir a porta? - pergunto, eu, Scarlet e Gomez levantamos a mão.

-Acho que você deveria abrir - sussura Gomez referindo a Zack.

-Porque eu?

- Eu abro!! - digo, pego a lanterna de cima da mesa, e vou até a porta, olho pela janela e não vejo nada.

Coloco a mão no trinco da porta, dou uma olhada para trás, todos estão nervosos, mas não consigo ver seus rostos, pois eles estão tomados pela escuridão. Viro a maçaneta, e quando abro uma pequena fresta, não vejo nada além da rua escura, abro mais um pouco, e ligo a lanterna ilumino a rua, mas... Quando ilumino o chão, vejo Seth jogado nele, escancaro a porta, e miro a lanterna nele, todos correm e começam a mover o corpo dele para dentro, a lanterna falha e a luz se apaga.

-Ninguém liga a luz - diz Gomez - Vamos todos para o porão, não temos chance de sermos vistos.

-Eles já sabem que estamos aqui! - diz Scarlet. Mas a ignoro e carrego o corpo de Seth para o porão junto com o resto.

Quando chego no porão pegamos um colchão no chão, Scarlet liga a luz e levo um susto ao ver o que aconteceu com ele.

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