Ainda Existe Amor? ( 3° Livro ) Completo!

Capítulo 15°

"Então, eu tinha um jeito para perder tudo sozinha

Eu tinha um coração, mas a Rainha foi derrubada

Eu não dormirei agora, o escuro é muito difícil de combater

E não vou manter a força que preciso para me mover"

( Lights- Ellie Goulding )

Acordo um pouco tonta, meus olhos estão ardendo e a única coisa que sinto é as algemas frias no meu pulso, a pouca luz que passa por baixo da porta me deixa apavorada, escuto pessoas falando em italiano, e a única coisa que me vem na cabeça é que sem duvidas, pegaram a pessoa errada. O medo me deixa em choque não sei o que fazer, tento gritar e então percebo que estou com a boca tampada com uma fita, droga! Como vou conseguir sair daqui? Posso escutar meu coração bater freneticamente, e em outro instante a porta ser aperta por uma mulher, ela é baixa e um pouco gordinha, seus cabelos ruivos destacam seus olhos verdes, ela esta de jaleco branco e de luvas, por um momento ela fica parada, nos olhamos e só depois ela vem até mim com uma seringa.

- Humm, Humm..- tento in vão dizer não, nada sai.

- Calma Samanta, você vai ficar bem. – como assim Samanta? Eu sabia que tinham pegado a pessoa errada.

- Humm, Humm..- ela injeta em mim o conteúdo da seringa e eu fico em pânico, a única coisa que penso é que possa ser veneno.

- É apenas um calmante, vou precisar de uma amostra de sangue sua, ok?- Não, não está nada bem, eu não sou Samanta e não quero que tirem meu sangue. Meu corpo começa a ficar mole demais e a ultima coisa que me lembro é da mulher sorrindo para mim.

Acordo novamente mais dessa vez sinto que estou deitada em alguma cama, assim que abro os olhos estou em uma maca, a claridade me faz fechar os olhos novamente, tento levantar as mãos mas elas estão presas na barra da maca, uma de cada lado, olho para baixo e estou apenas com aquelas roupas de hospital, meu braço tem um pequeno furo de um lado e do outro está com soro. Pelo menos minha boca não está tampada.

- Socorro! Socorro! Me ajudem.- grito em total desespero, as lagrimas dessem sem muita dificuldade. – Kaio, Kaio.. Me tira daqui..- minha boca esta dormente, me sinto mais leve.

- Querida..- a mesma ruiva entra com um papel aberto em suas mãos enquanto ela observa.

- Eu não sou a Samanta.- ela tira os olhos do papel e me olha por alguns segundos.

- Sim, você é. Sabemos por fonte segura que na verdade você assumiu o papel da Clara.- ela parecia tão certo do que falava.

- Eu sou a Clara, eu juro.. Por favor, me deixe ir. – imploro a ela, sinto as lagrimas chegarem ao meu queixo.

- Samanta..- ela não termina de falar e um cara com tatuagens tribais entra, a primeira coisa que faço é me encolher por conta da pequena roupa de hospital que estou, me sinto totalmente humilhada, que situação.

- Vamos ter que injetar logo a droga nela, precisamos logo.- ele parece apressado mas não me olha.

- Acho que não podemos.- ela entrega o papel a ele, ele parece analisar

- Que Porra é essa Katia? – agora eu sei o nome dela, foi a coisa mais estupida que eu poderia pensar no momento, mas foi o que aconteceu.

- Nós não podemos, ela não pode ser drogada, isso poderia matar o bebê. – meu mundo parou no momento.