Entrei no avião com uma parte de mim despedaçada. Uma parte minha está lá com eles e essa dor que estou sentindo agora parece não curar. Peguei minha mochila e sentei colocando ela no meu colo. Peguei o retrato com a foto deles e abracei. O avião ia se distanciando do chão até que eu pude ver as nuvens. Olhar tudo tão pequenininho me fez relembrar tudo o que vivi com o Zé, as tardes na casa do Zé, as brincadeiras com a família e a entrevista. Sorri me lembrando da coragem dele de expor seu relacionamento. Peguei os fones e coloquei uma música aleatória pra tocar. Isso me acalma de certa forma. Músicas aleatórias sempre significam algo, sempre quer me dizer algo. A música que saiu foi Simbora Mô. Fechei os olhos e acabei adormecendo.
***
Senti um cutucão no meu ombro. Abri os olhos devagar e pude enxergar a aeromoça. Olhei pros lados e não tinha mais ninguém. Levantei rapidamente e dei um sorriso fraco pra ela. Peguei minha mochila, e desci. Peguei minha mala e fui para o desembarque. Apertei os olhos procurando alguém e vi de longe a mamãe, o papai e a Bia. Quando eles me viram foram todos correndo e eu também. Parecia cena de filme em câmera lenta. Abracei todos eles juntos e a mamãe era a mais desesperada beijando o topo de minha cabeça, querendo saber de tudo.-Calma. Deixa eu me recompor ok. Tenho muitas revelações.
Meu pai olhou pra mim com uma cara de bravo mas logo depois desmontou a cara me abraçando.
-Que saudade minha bebezinha - ele disse baguncando meu cabelo
-Pai! Eu não sou bebê desde muito tempo!
A Bia logo tomou a frente dizendo:
-Não adianta contestar. Nossos pais nunca tiram essa idéia besta da cabeça - ela disse e meu pai deu um beliscão nela.
Ela parece ser filha deles, do jeito que é tão desinibida e entrona. Diferente de mim.
Saímos de mãos dadas e o papai estava com o carro dele. Colocou minha mala no porta malas e entramos. Olhei com atenção cada detalhe de São Paulo. Ela parece não pertencer mais a mim. A Bia morrendo de curiosidade toda hora me lançava olhares curiosos pra mim e indiretas. A mamãe olhava pelo retrovisor desconfiada pra mim e eu mandava baixinho ela aguentar.
Chegamos em casa e eu fui logo tomar um banho e um cochilo. Estava prestes a desmaiar de cansaço. Terminei de tomar banho e vesti um top preto com uma calça xadrez. Deitei na cama e estava fechando o olho quando a porta se abre. A Bia aparece com a cara mais lavada.-Posso sentar do seu lado? - ela disse já sentando
-Desde quando você pede algo pra mim? Isso aqui já não é seu? - eu disse baguncando o cabelo dela
-Conta tudo - ela disse se jogando do meu lado
-Eu já te contei tudo, não escondo nada - eu disse mexendo com as pontas do meu cabelo
Ela fez uma cara de entediada e eu resolvi falar:
-Eu amo muito ele, a família dele. Menos aquela coisa. Já me sinto parte daquela família. São todos muitos educados sabe. E me tratam como uma princesa.
-Eu não quero saber da família. Quero saber dele.
Então eu contei tudo. Da família, dele, de nós, da entrevista, da nossa noite juntos. Nessa hora ela começou a chorar.
-Se minha primeira vez fosse assim Leila, eu não estaria com essa cara de tacho - ela disse chorando
Eu me lembro de quando a Bia ligou pra mim 2:00 da manhã dizendo que tinha perdido a virgindade dela bêbada com um desconhecido. Eu me sinto culpada pois se eu tivesse lá, isso não teria acontecido. Mas ela disse que não era culpa minha, era somente dela e bla bla bla. Mesmo assim eu ainda me culpo. Falei tudo e mostrei o vídeo dele mandando um beijo pra ela. Ela começou a se abanar gritando. Logo meus pais chegaram pra ver o que tinha acontecido. Mostrei a eles e aí minha mãe foi me cobrar o autógrafo e a foto dela. Eu dei tudo e quando mostrei o vídeo ficou ela e a Bia gritando e se abanando. Meu pai virou os olhos mas logo sentou na beirada da cama pra perguntar tudo da viagem. Minha mãe logo sentou no colo dele. E aí eu contei do Zé pra eles também, daquele jantar que ele pediu minha mão, do Matheus. Só ocultei a minha primeira vez. Isso eu só falaria mais tarde a sós com minha mãe. Meu pai ouviu tudo com cara de bravo e depois começou a falar que famoso não presta, que tem tantas mulheres que dão em cima dele, que isso não vai durar e eu só fiz concordar com a cabeça. Eu acredito no Zé, na sua fidelidade e ainda mais no meu taco. O nosso primeiro beijo eu executei perfeitamente pra ele se apaixonar mesmo. Eu sei de tudo. Sorri fraco e a mamãe começou a reclamar com ele, ela pareceu aceitar muito bem.
-Esse namoro eu só aceito com uma condição - ela disse levantando o dedo
-Qual mãe?
-Se você nos apresentar a família dele...
Eu ri com aquilo. Elas saíram depois ter tirado todas as informações de mim e só o papai continuou lá.
-Desculpa filhinha. Acho que essa reação é a de todo pai que não quer perder seu bebê pra um garoto que acabou de chegar e a filha já acha que é o amor da vida dela. O homem mais importante da vida dela. Isso tudo é dor de cotovelo. Se ele te faz feliz, quem sou eu né. Te amo, isso tudo é preocupação sabe.
-Pai, você sempre foi o homem da minha vida e vai continuar sendo. Você não vai perder seu espaço no meu coração. E quanto a preocupação, ele me trata como uma rainha. Ele nunca vai me fazer sofrer. E você é o meu pai. Você pode sim opinar na minha vida. E eu ainda sou seu bebê. E ele me faz feliz sim, vocês vão se adorar - eu disse abraçando ele.
Ele sorriu e me botou no colo me mimando.
-Já chega né pai. Não é pra tanto - eu disse rindo.
Essa família também me fez muita falta.
Genteeeeee a fic já está acabando :( quero chorar. Já me acostumei com a Leila e com o Zé, já fazem parte de mim. Bom, e parece que vocês estão gostando né haha. Falta mais alguns capítulos dela em Sp só. Mas tô com uma idéia! Plim plim! Fazer segunda temporada! Se vocês gostarem da idéia podem comentar aqui embaixo. Depois vou fazer um aviso explicando essa idéia pra vocês.
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Apaixonada Por Um Famoso
RomanceMinha introdução vão ser dicas pra você não cair na mesma cilada que eu: 1: ande sempre olhando tudo ao seu redor. 2: não se esbarre em ninguém. Pelo menos tente. 3: por último e não menos importante: não se apaixone por um famoso.