Capitulo 6 - BRIAN

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Ei gente! Tudo bem? Sei que sumi, e peço desculpas. Essa foi minha última semana da escola e foi de provas, então tava bem difícil conciliar. Me contem aqui o que acharam do capitulo! Beijinhos!

O que resta a dizer quando todas as palavras foram ditas?/ O que resta ver quando os nossos olhos não abrem?/ O que resta a fazer quando perdemos toda a esperança e/ O que resta quebrar quando o nossos corações estão quebrados? (Golden Leaves- Passenger)

Enquanto desço o feed do facebook aleatoriamente não consigo deixar de pensar na Rebeca. É uma babaquice, na verdade, achar que eu posso esquecer ela por um segundo sequer. Nos últimos anos eu não consegui passar um dia sem pensar nela. A cada vez que eu pegava em minha câmera, ou olhava fotos antigas, ou falava com qualquer pessoa que estudou conosco.

Quando falavam em Rio de Janeiro, São Paulo ou Milão. Meus pensamentos voavam em direção ao seu rosto, ao seu sorriso, os olhos, sua expressão de fúria e então tristeza, suas mãos em minha cintura quando estávamos na moto, minhas mãos em seu rosto quando nos beijávamos.

Cada pequena coisa que parece viva mesmo após todos esses anos. E só basta eu fechar meus olhos para sentir percorrer por cada pequeno pedaço do meu corpo a mesma sensação, o arrepio e todo o misto de loucuras que eu sentia quando estávamos perto. Será que ela ainda é capaz de sentir essas mesmas emoções como eu?

E então vê-la ali. Naquele quarto. Eu sabia que era errado olhar, mas nem todo meu autocontrole e força de vontade foram suficientes para conseguir virar meu rosto, tirar meus olhos daquela fresta.

Suas costas levemente bronzeadas, a cintura perfeita que parecia ter sido moldada a mão. A forma como as pontas loiras do seu cabelo castanho estavam molhadas e grudadas nas costas e pescoço. Cada pequeno movimento dela, até mesmo a forma como seus ombros subiam e desciam conforme respirava. Cada gesto, cada detalhe, eu estava completamente hipnotizado nela. Era como se ela fosse toda minha zona gravitacional, e se eu me afastasse ou desviasse, eu iria cair em meu buraco negro de arrependimento por ter deixado tudo aquilo escapar entre os meus dedos.

E foi exatamente isso que aconteceu quando ela virou seu rosto, enquanto suas mãos colocam o sutiã que eu havia pegado no carro. Seu olhar revelava uma mistura de diversas emoções. Fragilidade, raiva, desejo, fúria.

E então eu caí.

Durante todos esses anos eu tentei me agarrar em algo. Em alguém. Mas nada me prendia dessa maneira. E eu me sinto o cara mais idiota de todo o universo ao me deixar prender por uma simples mulher, mas eu não consigo.

Durante todos esses anos eu tentei, sem nenhum sucesso, me apegar a outras pessoas. E passei por inúmeras fases. Saí com várias mulheres em um único ano. Namorei por mais de seis meses por outra. Fiquei mais de seis meses sem ninguém e somente dedicado ao trabalho.

Em todos esses meus momentos foi difícil pensar que eu nunca mais teria a Rebeca perto de mim. Mesmo que uma esperança estupido insistisse em me atormentar com a ideia de que poderíamos nos reencontrar, que ela poderia querer voltar e que ficaríamos juntos.

Mas mesmo quando achei que fosse, finalmente, ter essa chance, o destino me mostra que tem certas coisas na vida que devemos aproveitar enquanto temos, porque elas não voltam.

Assim que eu vejo novamente seu olhar, através do vidro repleto de gotas d'água da chuva meu coração pula novamente. Sem pensar duas vezes me sento no banco de trás do carro e abro a porta. Ela está segurando uma lamparina, que deixa do lado de fora do carro enquanto entra e logo em seguida fecha a porta.

Just a Life // COMPLETO // Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora