CAPITULO 23 - MORTE PASSADO E DESTINO

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Ouvia vozes ao fundo e tentei abrir meus olhos. Doía demais. Voltei a fechá-los. Estava deitada em uma cama e o cheiro tão característico de hospitais entravam pelo meu nariz e havia alguma coisa me segurando a cama.

Em outra tentativa frustrada de abrir os olhos, vi somente vultos e purê reparar que no meu braço havia uma agulha e algum tipo de medicamento entrando pela minha veia.

Fechei meus olhos novamente.

A escuridão tomou conta de mim novamente e senti meu corpo se acalmando.

xxx

Uma gritaria fez com que eu pulasse da cama.

Levei um tempo até novamente perceber que eu ainda estava na mesma cama de hospital que eu me encontrara outra hora.

O barulho de alguém gritando novamente se fez presente.

"Nãããããão! Meu filho não! Deus! Por quê o meu menino?"

Uma mãe desesperada perdeu seu filho.

Outro que entrou para as estatísticas do mundo.

Senti minhas pálpebras pesando novamente e fechei meus olhos buscando a paz que eu tanto quis durante tantos dias.

xxx

Abri meus olhos novamente e vi que havia alguém com a cabeça apoiada na minha mão livre de medicamento.

Aquele cabelo que eu reconheceria a muitos quilômetros de distancia. Aquele cheiro que me era tão bem vindo. Eu reconheceria aquele homem a mil mundos de distancia de mim. O homem da minha vida que tinha ferido meu coração mais do que um dia eu imaginei que fosse possível.

Ele e estragou para todos os outros e me estragou para o amor.

Ele seria a pessoa que eu morreria amando, e a mesma pessoa que me faria nunca mais querer provar do sentimento que começava tão doce, tão leve, tão bom e gostoso. O mesmo sentimento que acabou amargo, levando todas as minhas lágrimas e todo o meu coração.

O amor tem disso. O lado feio. O lado destrutivo. Eu tinha provado mais de uma vez o sentimento.

Não há comparação entre um amor e outro. Entre uma pessoa e outra. Para cada pessoa em nossa vida, sempre haverá um sentimento.

Amor é sempre uma única palavra que carrega para cada pessoa uma intensidade.

O Fernando foi meu primeiro amor de verdade entre homem e mulher. Era o princípio. Era puro.

O Jonas foi amor também. Por mais que durante o relacionamento inteiro eu o tenha enganado, mas foi amor. Foi um sentimento daqueles que todos querem para vida inteira. O príncipe que se encanta pela princesa, a salva na torre mais alta e eles vivem um amor de contos de fadas.

O Roberto não. Foi o meu amor mais carnal. Ele me fez ir do céu ao inferno e de volta ao céu em questão de minutos. Eu sou doida pelo homem deitado a minha cama, mas eu me amo em primeiro lugar.

Eu passei a me conhecer por completa desde que o Roberto entrou em minha vida. Eu compartilhei com ele as minhas fantasias mais obscuras e que não são bem aceitas pela sociedade. Ele tinha feito o mesmo comigo e eu me sentia totalmente confortável comigo mesma por saber que algumas coisas ele também compartilhava. Ele era o meu verdadeiro felizes para sempre.

Com ele eu tive tudo que eu tive tudo o que eu tinha nos meus relacionamentos passados, mas tinha também um extra.

Tinha a pureza do sentimento, o conto de fadas da vida real e o sentimento de se sentir desejada todo o tempo mesmo que a outra pessoa não esteja ali com você.

Tem que ser elaOnde histórias criam vida. Descubra agora