Muito próximo

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Anahí acordou sentindo a cama macia, estava tão gostoso, se virou contra o sol que invadia seu quarto pelas cortinas abertas, queria dormir um pouco mais, mas assim que virou-se deparou com Alfonso adormecido na poltrona a sua frente, seus olhos antes preguiçosos agora se arregalaram. Sua mente voltou a noite anterior e mais uma vez ela não sabia explicar como havia chegado a sua cama, sentou-se assustada, ele havia a buscado no jardim? Mas porque não a acordou? Ao se olhar novamente apenas de camisola, sem nada de roupas intimas. Será que havia sido Nina a despi-la? Eram tantas perguntas que sua cabeça dava voltas e em meio ao desespero levantou-se querendo correr para o banheiro de onde nunca mais sairia, mas no meio do trajeto viu os olhos verdes a fitando. Os dois se encararam por um breve momento, até Anahí perceber o quão transparente a camisola era, notou assim que os olhos de Alfonso desceram por seu corpo. Ela correu, mas não o suficiente, a mão forte de Alfonso a segurou a puxando para si.

Alfonso: Não tenha medo - sussurrou e Anahí sentiu algo diferente, o corpo reagir, era estranho. Alfonso arrumou os cabelos atrás da orelha e afastou os últimos fios sobre os seios, a camisola aberta deixava parte deles para fora, Alfonso a olhou novamente.

Anahí: Por ...por favor... me solta - pediu baixinho sem saber se realmente queria ser solta. Alfonso abaixou o rosto alcançando parte do seio nu, o beijou ali e Anahí sentiu o corpo se arrepiar. Ele a queria? Seria agora o momento de se entregar a ele? Estava disposta a deixar que ele continuasse, mas a cena de Anelise com ele na noite anterior a impediu. Anahí o empurrou, Alfonso inebriado pelo perfume dela, estava totalmente sem forças, caiu sentando na poltrona sem entender. Ela correu assustada consigo mesma, Alfonso reagiu tarde demais, quando quis fazer algo a porta já estava trancada, os soluços de Anahí eram escutados e ele estava confuso. O que havia acontecido para ela chorar? Ainda lembrava o homem que a desonrou? Apenas a possibilidade o deixou irritado.

Alfonso: Anahí abra - pediu, a voz carregada de raiva.

Anahí: Vai embora - pediu ainda chorando.

Alfonso: Saia dai agora - ordenou ainda mais nervoso.

Anahí: Não... posso - disparou soluçando.

Alfonso: Anahí se não abrir essa porta e deixar esse banheiro levarei Bella - ameaçou no auge da fúria, passado um pequeno tempo a porta foi aberta, ela se encolheu se tapando. O rosto vermelho, os olhos angustiados. Ele não conseguiria fazer mal aquele ser tão frágil.

Anahí: Por favor.... Não a leve - implorou e ele teve vontade de a por no colo e ninar.

Alfonso: Não levarei - sussurrou a olhando nos olhos - Venha aqui, não farei mal a você - estendeu a mão. Anahí demorou um pouco, por fim pegou sua mão, tremia tanto que Alfonso se pôs a duvidar se ela já havia estado com um homem antes. Será que não havia mentido?

Anahí: Desculpe... eu... não queria empurrar - contou e ele sorriu a pegando de surpresa. Aquele sorriso outra vez a deixando desnorteada.

Alfonso: Anahí, somos casados, uma hora teremos intimidade - tentou ser cauteloso no assunto. Antes não a queria, mas não saberia dizer o que havia mudado, agora a queria e muito. Anahí abaixou a cabeça sem saber o que dizer, como explicar sua reação? - O que houve? Te assustei? - questionou após minutos de silêncio, Anahí assentiu olhando para as próprias mãos.

Anahí: Eu... - o encarou agoniada - Eu não sei o que houve - explicou e ele assentiu. Se aproximou e lhe beijou a testa.

Alfonso: Se vista e venha tomar café - ordenou e Anahí respirou aliviada.

Os dias se passavam, Alfonso esteve sempre fora durante o dia, quando chegava estava sempre na hora do jantar. Anahí e Bella se trancavam em um dos quartos e passavam o dia em meio a conversas e brincadeiras. O clima entre Anahí e Alfonso era morno, conversavam o necessário em tom cordial. Ele teria paciência.

SOBRE TENTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora