Corrida contra mentiras

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Naquela noite Alfonso se juntou a Anahí, a viu chorar quase a noite por inteira, apenas parava quando se aproximava os horários da mamada, se levantava antes mesmo que alguém dissesse algo ou que a pequena começasse a chorar, me acarinhava e lhe dava o peito. Vitória não se fez de rogada, mamava tranquila a cada vez que Anahí lhe oferecia o seio.

Alfonso: Precisamos escolher um nome a ela - sussurrou no breu do quarto.

Anahí: Dulce Maria não me perdoaria se eu lhe desse um nome também - Alfonso apenas a abraçou lhe passando o calor que Anahí tanto buscava, ao menos isso, não havia o perdido também.

Anahí: Onde foi que colocou o corpo? - perguntou com a voz embargada.

Alfonso: Shiii... - a apertou em seus braços - Em um lugar bonito como a mãe dela desejava - a beijou na testa - Annie, teremos muitos filhos, encheremos essa casa de crianças, todas com seus olhos, todas sorrindo e te chamando de mamãe - tentou a consolar.

Anahí: Teremos um menino .... mas Dulce ficará muito mal com isso - pensou magoada - Mas ela quem foi a culpada não foi? - Se sentia culpada pela sorte da outra.

Alfonso: Deus quis assim Annie, não vamos discutir a vontade dele - ela assentiu.

Ao amanhecer Alfonso deixou o quarto sorrateiro para que Nina entrasse e ajudasse Anahí, a moça se apressou em ver a pequena que dormia tranquila em seu cesto, sorriu para a menina, era tão linda que jurava ver alguns traços de Anahí, balançou a cabeça tirando os olhos da menina e se virando para Anahí que naquele momento olhava o teto na tentativa de controlar as lágrimas.

Nina: Vamos... precisa de um banho, lhe ajudarei e logo daremos um banho nessa pequena - sorriu e Anahí forçou um sorriso, a menina não merecia nada além de carinho, era uma inocente no meio daquela confusão.

*****

Alfonso: Eulália ajude Nina com Anahí e a bebê, ainda não a batizamos por isso tente não chama-la com nada diferente - Eulália assentiu. - Tome cuidado, ela precisa estar aquecida, lembre-se das palavras do doutor.

Anelise: Senhor, não seria melhor levar a menina para os aposentos da senhorinha Dulce? Afinal a filha é dela - questionou estranhando.

Alfonso: Ela está renegando a filha, por enquanto a manteremos com Anahí, eu irei conversar com Dulce logo depois de seu banho, ai sim poderemos pensar nisso - orientou e Anelise assentiu.

Ruth tomou seu desjejum calada, havia solicitado a sua dama que providenciasse as bagagens, iria embora antes que o filho cumprisse com a promessa. Alfonso se acomodou sem lugar sem ao menos cumprimentar a mãe e a irmã, não era nada com Maitê, mas não queria passar nervoso naquela manhã. O desjejum foi silencioso e assim que terminou Ruth se encaminhou aos aposentos de Dulce, iria se despedir na nora.

Dulce não tinha animo para nada, se levantou calada com ajuda de Anelise tomara seu banho e agora se alimentava.

Ruth: Anelise me deixe com a minha nora - ordenou com tom grave. Dulce a olhou e virou o rosto, era culpa dela ter brigado com Anahí, agora a outra tinha um útero e ela não, se tornou seca. - Dulce, precisamos conversar - a olhou nos olhos, era a hora da revelação, já estava tudo perdido mesmo, então ao menos ela teria que ter valido a pena.

Dulce: Não quero conversar - resmungou chorosa. - perdi meu útero, serei devolvida - se lamentou. Ruth lhe deu um tapa com uma raiva brutal.

SOBRE TENTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora