Inesperada Surpresa

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Olá meninas,

Para quem não está nos grupos eu gostaria de esclarecer que estive afastada essa semana por um motivo serio. No domingo passado quando sai de casa apenas para ir ao supermercado sofri um acidente de carro, graças a Deus foi apenas um susto. No momento do impacto, torci o pé, desloquei o ombro e bati a cabeça que causou um pequeno trauma que ainda estou me recuperando. Ainda tenho dor de cabeça, não como nos primeiros dias, mas tenho e sinto dor também ao escrever, estou tentando fazer isso da forma mais confortável possível, mas se a dor piorar terei que parar ok?

Não irei responder os comentários para economizar kkkkk. Gostaria também de agradecer os milhões de recados tanto pelo acidente quanto pelo aniversário. Vcs são todos muito especiais para mim. Bjs.

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Tudo parecia pronto, Anahí e Dulce estavam ansiosas pela chegada da cunhada. Alfonso estava nervoso, a última vez que esteve com a irmã ela sofria pela morte do pai e ele não fez absolutamente nada para minimizar sua dor, era incapaz de se aproximar, hoje se lamentava por isso, mas nada poderia fazer com o passado.

Anelise estava afoita, seria mais uma para atrapalhar seus planos, como se livrar dessa mulher assim que chegasse?

As horas se passavam e quanto mais próximo se anunciasse o horário que Maitê havia anunciado sua chegada, mas nervoso estava Alfonso. Trancou-se no escritório e se pôs a beber, queria se acalmar. Já estava há duas se isolando quando Nina foi até ele.

Alfonso: O que foi Nina? - questionou ao ver a moça entrar assim que ele autorizou sua entrada.

Nina: Senhor, preciso que desça, senhorinha Anahí esta em cólicas por sua falta, teima em subir caso não vá até ela - anunciou e Alfonso quase riu, essa era sua Anahí, já sentia sua falta e isso o alegrava muito.

Alfonso: Então vamos Nina, pois sei a esposa que tenho, teimosa não duvido que venha me buscar - Nina sorriu, isso não era uma possibilidade e sim uma certeza.

Nina: Não duvide mesmo, a peguei duas vezes no pé da escada pronta a subir - Alfonso balançou a cabeça com um sorriso nos lábios. Os dois deixaram o escritório e Alfonso a viu, impaciente e emburrado novamente ao pé da escada. - Olhe lá ... novamente a ponto de uma desobediência - comentou e Alfonso assentiu sorrindo. Assim que chegou até ela lhe beijou a testa.

Anahí: Por que estavas trancado naquele lugar? - Estava nervosa e ele a abraçou, queria acalma-la - Pensei que estava mal - fez bico e ele lhe apanhou pela a puxando para longe da escada, não a queria ali, sentou-se ao lado de Dulce e a puxou para seu lado, Anahí sentou-se contrariada.

Alfonso: Estava apenas adiantando algumas coisas, nada com que deva se preocupar. Já disse não a quero perto dessa escada, nenhuma das duas - repreendeu e Anahí tinha a cara fechada.

Anahí: Pois então não se afaste - devolveu enfrentando e Dulce se mantinha assustada com a forma que ela o enfrentava. Não conseguia entender o porque de tanta preocupação com Alfonso, afinal ele só iria receber a visita de sua irmã, não havia motivos para aquele cena toda.

Alfonso: Já chega Annie, eu estou aqui - tentou, sua vontade era de agarra-la e beija-la até que sossegasse, ela assentiu ainda de bico, mas Alfonso sabia que iria se acalmar.

Anelise: Senhor Conde, uma carruagem ao norte - anunciou e os três se aproximaram da porta onde Anelise estava, ao olharem em direção ao norte viram a comitiva, uma carruagem e alguns guardas a cavalo se aproximavam, os empregados já corriam pela casa arrumando os últimos detalhes impostos por Dulce. Cerca de Dez minutos e a carruagem parou a frente da porta do casarão, a ansiedade era notada por todos, Dulce, Anahí e principalmente Alfonso não se cabiam em si.

Maitê havia sofrido demais a morte do pai, após o velório e sepultamento viu o irmão se afastar aos poucos, a mãe já não vivia sem chorar a morte do marido, seu luto era constante e sofrido, havia arrependimento em cara canto de seu corpo, tudo que queria era o marido vivo, mas era tarde. Com o passar dos tempos Alfonso se afastou de vez quando recebeu a proposta de começar algo novo longe de casa e foi dessa forma que deixou a mãe e a irmã para trás.

Passado alguns anos as coisas começaram a dar certo para Alfonso e sua pequena Herança se transformou em uma fortuna considerável com isso seu provável retorno para casa simplesmente desapareceu e ele resolveu ficar onde estava não se dando ao trabalho de dar noticias a família. Quando se casou não convidou a mãe e a irmã, não as queria por perto, quando Ruth se pronunciou dizendo que iria mesmo sem um convite o recado foi claro, não as queria por perto. Tanta amargura, tanta revolta se acomodou em seu interior e mesmo anos depois o fato de Maitê ainda querer vê-lo o deixava tenso, não sabia o que realmente significava aquela visita.

Com a partida de Poncho, Maitê passou a sofrer com as histerias da mãe, sentia Ruth descontar a dor da morte do marido e a partida do filho contra Maitê, não lhe arrumou casamento e espantava todos os pretendentes, dizia que a filha não merecia a felicidade por lhe ter tirado a sua. Maitê resistiu a cada provocação, cada sentimento de culpa, cada sentimento de abandono e em certa manhã deixou seus aposentos decidida a tirar tudo a limpo, começou logo no café da manhã anunciando sua partida em uma visita ao irmão. Ruth lhe xingou das piores coisas possíveis a fim de convence-la a desistir, mas a moça estava decidida e quando Ruth percebeu que não havia jeito resolveu que iria junto. Por fim Maitê aceitou, mesmo sabendo que seria um grande problema escreveu uma carta endereçada ao irmão lhe ocultando duas coisas muito importantes, o que de fato iria fazer nessa visita, seus objetivos em esclarecer as coisas e lhe mostrar que embora não tivesse o sangue de seu pai se considerava assim e assim iria morrer e que teria companhia em sua visita.

A viagem foi um completo aborrecimento, Ruth estava nervosa, o medo da rejeição lhe cegava, sua histeria mais uma vez alcançava Maitê que frágil aguentava tudo calada, dias em sua carruagem atormentada pelas culpas da mãe. Lá estava agora chegando ao objetivo.

A carruagem encostou, Anahí olhou para o marido que estava um tanto apreensivo, lhe estendeu a mão entrelaçando os dedos. Dulce olhou as mãos dos dois, juntas, fingiu não ver, o nó que tinha na garganta com a cena não lhe parecia bom, mas naquele momento sua prioridade era o nascimento de seu filho, depois resolveria a situação, estaria mais forte com um herdeiro nos braços. Quando todos se voltaram para a carruagem mais uma vez, Maitê desceu com ajuda de um dos empregados, Alfonso e a irmã se olharam nos olhos, Dulce sorria querendo se aproximar, Alfonso estava prestes a dar um paço até a irmã quando surgiu a figura de sua mãe.


SOBRE TENTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora