Enquanto o café era servido Nina resolveu sair a procura do casal Mila e Josias, os dois não haviam dado as caras, encontrou uma Mila desmaiada no quarto, rodeada em uma poça de sangue, a casa se transformou em uma correria sem tamanho, logo ela estava sendo levada ao hospital. Alfonso não quis saber o que havia acontecido, mas não a queria de volta tão cedo, ela que se resolvesse com o marido desaparecido longe de sua casa, horas depois a noticia, Josias havia a agredido para que se entregasse como culpada para que Anelise voltasse, Mila estava revoltada, não queria voltar a ver Josias, havia perdido um filho que nem sabia que existia por culpa da amante do marido, a revelação era a sentença de que os dois jamais pisariam no casarão.
Anahí: Olha só você, linda nesse vestidinho mamãe - brincava com a pequena ao apronta-la para tomar um pouco de sol, já estava cansada de ficar presa dentro daquela casa, levou a menina até o jardim, o sol já não batia onde estava, uma sombra gostosa que ela curtiu ao lado da pequena.
Nina: Sol da manhã sempre faz bem, mas esse horário fique na sombra - recomendou e Anahí assentiu sorrindo para sua filha, a menina estava mais atenta a tudo, os olhos azuis, orgulho de Anahí vasculhavam tudo ao redor. - Tão linda - sorriu.
Anahí: Esqueci de pedir a Alfonso que fosse buscar Bella - anunciou culpada e Nina sorriu.
Nina: Eulália já foi busca-la, chegará antes do jantar - anunciou e viu os olhos de Anahí brilhar.
Dulce estava abalada, mas naquela tarde teve a mesma ideia de Anahí, muito calada dispensando todas as damas que eram colocadas a suas vontades se vestiu e saiu andando com dificuldade, ainda sentia dores, ao chegar no jardim sentou-se próxima de Anahí. O desconforto era gigante, Anahí depois daquele maldito pesadelo queria distancia de Dulce, não a queria perto de seu bebê.
Dulce: Ela está rosadinha - considerou sorrindo para a menina.
Anahí: Acho que já ficamos o necessário - disparou se levantando, sumindo sala à dentro com a bebê, não ficaria próxima daquela mulher, não sabia do que era capaz e sua função como mãe era proteger seu bebê. Nina a acompanhou.
Quando a noite chegou estavam todos à mesa, Anahí resolveu fazer as vontades do marido e deixou Bella e a pequena Vitória aos cuidados de Nina. Sentou-se a mesa querendo terminar o jantar o quanto antes para voltar aos aposentos e estar com seu bebê.
Alfonso: Coma devagar Anahí - repreendeu achando graça. Anahí olhou ao redor e sorriu sem graça.
Anahí: Esta próxima a hora de amamentar a Vitória - mentiu e ele assentiu.
Dulce por outro lado não estava se sentindo nada bem naquela casa, Anahí tinha medo dela, estava com nojo de Alfonso, tinha medo que Maitê soubesse o que Ruth fez ou pior que Ruth retornasse acabando de vez com tudo que restava de sua vida que não muito. Após o jantar saiu em busca de ar, caminhou um pouco pelas redondezas era uma forma de ter paz, o medico havia dito que faria bem se mover, era a desculpa perfeita.
Anelise se escondeu atrás de alguns arbustos, não iria sair daquela casa daquela maneira, queria ferir o Conde, Josias havia a encontrado, recomeçariam uma vida longe daquele lugar, mas não antes de acabar com todos por ali, a forma mais dolorida seria ferir a criança, a mataria e deixaria um bilhete explicando os motivos, sorria com a ideia.
Naquela noite ter Dulce andando era tudo que precisava, aproximou-se, Dulce sempre foi muito próxima a ela, com certeza lhe daria apoio ou a ajudaria em sua vingança.
Anelise: Senhorinha - chamou saindo do meio da mata correndo em direção a Dulce. No momento em que os olhos de Dulce chegaram a Anelise uma onda de ódio percorreu seu corpo por inteiro - Conde me escorraçou, eu não fiz a troca, mas agora quero me vingar pela senhorinha - disparou e Dulce segurava o vestido, apertava tanto o tecido que os dedos estavam brancos - Venha comigo - chamou levando Dulce para próximo o matagal, logo atrás um penhasco, a visão era nublada, os guardas, as chamas nunca as encontrariam ali, Dulce pensava em como acabar com aquela mulher, a queria morta - Pensei em pegar a menina, se você conseguir a tirar da casa eu faço o resto - sussurrou olhando para os lados, Dulce apertou os olhos, como ela era dissimulada, como poderia querer fazer mal a uma criança? Não gostava de Anahí, mas a queria sofrendo por ter a filha morta daquela maneira, não faria isso nunca.
Dulce: Você se deitava com meu esposo pelas minhas costas - acusou e Anelise parou, fixou os olhos em Dulce e notou a fúria em seu rosto. Sorriu irônica.
Anelise: Pensei que soubesse - ela tinha certeza que não sabia, mas naquele momento Dulce precisava estar ao seu lado, precisava fazer o que ela queria, se o burro de Josias ao menos não tivesse deixado a casa como deixou.
Dulce: Acha que se eu soubesse ainda a teria como minha dama? Eu odeio você por toda sua falsidade, você me envenenava - agora gritava e Anelise olhava os lados, logo alguém escutaria aquela mulher histérica, logo os guardas a pegaria.
Anelise: Cale a boca - pediu sucinta - Você não merecia aquela casa, não merecia aquele marido e não merecia ter filhos, perdeu o útero - sorriu debochando - Que pena não é mesmo - Dulce tinha os olhos cobertos de lágrimas - Eu engravidei dele por duas vezes e eu mesma tive que me livrar das crianças por que você os teria? - jogou na cara e recebeu uma bofetada, Anelise sorriu ironizando a situação - Não estou mais em sua casa sua miserável seca - trincou os dentes.
Dulce: E nunca mais voltará - forçou um sorriso - Chamarei os guardas, você irá para o inferno - levantou o vestido dando meia volta, sabia que a saída da mata ficava para aquele lado, Anelise avançou sobre ela a pegando pelos cabelos, Dulce mesmo fraca tinha muito ódio contido, jogou Anelise no chão, montou sobre ela e com um graveto a segou, o sangue a sujou o rosto enquanto Anelise lutava contra a dor no olho, contra o peso da outra sobre si, voltou a pegar Dulce pelos cabelos, não antes de tentar virar a antiga patroa e rasgar suas vestias, as duas naquela luta corporal rolaram mais para dentro da mata, quando Dulce por fim conseguiu se livrar, ficar de pé acertando Anelise com um chute no queixo o graveto se quebrou provocando mais dor e um grito em sua inimiga, Anelise escorregou segurando na ultima arvore antes do penhasco, mas a dor era tamanha não conseguiria se firmar, teve esse conhecimento assim que procurou firmar ou pés em algo enquanto as mãos escorregavam, Dulce avanço pisando sobre a mão da inimiga e foi nesse momento que Anelise sabendo de sua própria morte com certa, agarrou o pé de Dulce soltando a arvore, as duas engolidas pela escuridão do penhasco, os corpos se chocaram em um rochedo antes de alcançar a morte e a escuridão definitiva.
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SOBRE TENTAÇÃO
Storie d'amoreJosias era de família humilde que mal conseguiam sobreviver com o que recebiam quanto mais pagar um dote tão alto quando o exigido para ter a mulher de seus sonhos. Anahí estava completamente apaixonada por Josias, mas a impossibilidade de tê-lo ao...