O Plano

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Anelise levou a bandeja até Dulce a moça já se contorcia em dores.

Anelise: beba um pouco de agua vai ajudar a aliviar a dor - anunciou se aproximando com o copo, Dulce estava prestes a aceitar quando Alfonso surgiu na porta, havia escutado o gemido ao passar pelo corredor e estranhou, resolveu checar se estava tudo bem.

Alfonso: O que há? - questionou com a testa franzida ao notar o sofrimento da mulher.

Dulce: Estou com dores - confessou chorando já prevendo o que ele imaginaria, era uma imprestável até para gerar filhos.

Alfonso: Onde dói Dulce? - se aproximou passando a frente de Anelise, por que não me chamou? - perguntou encarando Anelise que estava parada ao lado segurando o copo.

Anelise: É apenas uma cólica, já disse a ela para beber essa agua irá ajudar - anunciou se aproximando.

Alfonso: Desde quando agua é remédio? Anelise não quero que tome atitudes como se minha esposa fosse de sua família, quando estiver doente me comunique imediatamente - se irritou, os gritos a assustou - Eulália - gritou e a empregada largou o que fazia - Mande os guardas prepararem a carruagem, avise a Nina que quero Anahí pronta em cinco minutos, já que estarei no hospital melhor que já vejamos a saúde das duas - anunciou se apressando. Anelise estava paralisada, faltava apenas esse copo e ela perderia, mas ele tinha que estragar tudo.

Eulália surgiu nos aposentos de Anahí, Nina estava na cidade o Conde não se lembrava, ela precisava ajudar a outra a se aprontar para a pequena viagem.

Eulália: vamos senhorinha, o Conde a quer pronta para estar no hospital com ele e senhorinha Dulce, acho que ela não se sente bem - anunciou se apressando em tirar as vestes da outra do armário.

Anahí: Como não se sente bem? - questionou assustada, tentou se sentar e sentiu a pontada, levou a mão a barriga e gemeu, Eulália a olhou assustada.

Eulália: O que há com você? - se aproximou apalpando a barriga de Anahí já havia acompanhado muitas grávidas, partos eram normais para ela - Seu bebê parece bem o que sente? - sentou a frente dela.

Anahí: Antes era apenas um incomodo, mas hoje umas pontadas aqui - apontou o local e Eulália apertou a fazendo gritar.

Eulália: Meu Deus, vamos eu a ajudarei a se vestir - Anahí estava sentada quando Eulália puxou o vestido a despindo para colocar o outro quando o guardanapo caiu sobre a cama - O que é isso? - questionou intrigada.

Anahí: Já estava me esquecendo, essa folha serve como fortificante? - questionou mostrando a folha e Eulália arregalou os olhos.

Eulália: Onde conseguiu isso? - questionou tirando com urgência das mãos de Anahí que se assustou com o ato.

Anahí: Eu vi Anelise usar na agua de Dulce - contou inocente - Ela deve estar fortificando o bebê, eu também quero para meu bebê - resumiu ultrajada pela outra ter jogado a folha longe.

Eulália: Anahí escute o que falarei agora - estava seria, até demais para quem estivesse apenas conversando - Nunca mais chegue perto daquela folha, aquilo é um veneno da pior qualidade, para seu filho seria a morte - Anahí arregalou os olhos ao lembrar que Dulce deveria ter tomado por isso estava passando mal.

Anahí: Ela vai morrer? - questionou agora desesperada.

Eulália: Escute - fez Anahí parar para olha-la - Não diga nada a ninguém, se o Conde encontrar essa folha aqui poderá achar que você a envenenou - Anahí se sobressaltou - Eu vou sumir com isso daqui, você não poderá contar a ninguém, não coma nada que qualquer outra pessoa lhe der que não seja eu ou Nina - Anahí assentiu com lágrimas nos olhos. Eulália a levou ao banheiro a fez lavar as mãos com agua e sabão.

A viagem toda Anahí estava assustada, Dulce se contorcia, suava de dor, Alfonso a carregava nos braços, Eulália acabou os acompanhando, relatou ao Conde as dores de Anahí e agora ele era pura preocupação. A viagem a cidade demorou cerca de três horas, quando chegaram Dulce logo foi levada por alguns enfermeiros, logo vieram buscar Anahí.

Anahí não sabia o que acontecia, mas sentiu o braço ser furado, um soro foi colocado, Alfonso não estava com ela tão pouco Eulália e isso a deixou assustada, mas logo pegou no sono quando despertou Alfonso estava largado em uma poltrona ao lado.

Alfonso: Olá - sussurrou se aproximando.

Anahí: Eu dormi? -tentou se levantar. Alfonso a segurou deitada.

Alfonso: Fique quieta - pediu acariciando a cabeça dela, o olhar de Alfonso era triste, preocupado.

Anahí: O que houve? - questionou preocupada.

Alfonso: Nada que possamos resolver agora - sorriu forçado.

Anahí: Dulce está bem? - finalmente perdeu o medo e questionou.

Alfonso: Não totalmente - suspirou - Ela quase perdeu o bebê, mas agora esta bem dentro do possível, mas corre risco de vida no momento do parto - considerou com os olhos angustiados. Anahí arregalou os olhos, tinha medo, Anelise poderia terminar o que começou e matar Dulce, era não gostava do outra, mas nunca a desejou mal, antes ela sumisse a morrer. - Fique tranquila nos a manteremos aqui por um tempo, quando estiver em casa redobraremos a atenção e vocês não terão as crianças em casa por garantia. Anahí assentiu, queria contar a Alfonso, mas teve medo de Eulália estar certa, não poderia perder o marido, Dulce estaria salva no hospital e isso era o bastante por enquanto, ela se cuidaria e tudo ficaria bem.

Na manhã seguinte Anahí e Alfonso estavam de volta ao casarão. Alfonso estava exausto e ela se deitou com ele, abraçada para que ele descansasse, na hora do almoço Anahí comeu com medo, olhava para tudo com atenção, mas não conseguiu se alimentar direito, já no quarto pediu leite a Nina que já estava sabendo de tudo, cautelosa como Eulália ela sabia do que Anelise seria capaz, então Anahí estava segura.

No jardim Anelise se afastou com Josias.

Josias: E então? - questionou após alguns beijos.

Anelise: Não funcionou por pouco. - fechou a cara lamentando.

Josias: Mas onde entra Anahí nessa história, me disse que ela estaria livre para mim não vejo como - questionou estranhando.

Anelise: Era a segunda etapa de meu plano, mas agora preciso pensar novamente em tudo. Sua esposa esta desconfiada? - questionou olhando ao redor, Mila vinha logo abaixo, mas alguns minutos e ela estaria com eles.

Josias: Esta um pouco porque você me cansa - sorriu malicioso - E a noite não estou com fome - completou e Anelise sorriu.

Anelise: Cuide para que ela não estrague nada - aconselhou e saiu o deixando com seus afazeres. Josias estava iludido, Anelise havia lhe contado uma mentira, disse que Anahí estava mandando recados a ele, havia se arrependido e queria fugir, no inicio embora Josias havia cedido a Anelise não queria mais e não queria se meter em confusão, mas Anelise lhe apareceu com dinheiro, mas uma mentira, Josias achava que o dinheiro era de Anahí, estava juntando para fugir, porém o plano era completamente diferente. Anelise mataria a criança de Dulce com a mãe a envenenando, Josias estava cultivando o veneno no jardim, quando Dulce falecesse, o veneno apareceria nos aposentos de Anahí, os recados e tudo mais serviriam para que Josias tomasse partido da amada e se entregasse em seu lugar, Alfonso acreditaria que os dois mantinham um caso, que Anahí o roubava para fugir e envenenou com ajuda do amante e pai de seu filho Dulce e a criança, pronto estaria livre das duas e das duas crianças.

Josias já estava cego, plantava o veneno para vender como orientado por Anelise, era uma forma de conseguir mais dinheiro para a fuga, ele deveria fazer a parte dele ou Anahí não acreditaria em seu amor. Anelise o seduzia quando queria e no final dizia ser normal, afinal todos se deitavam com amasiadas, era uma forma de ganhar sua confiança e trabalhar sua mente, mas acima de tudo uma arma, se Josias se virasse contra ela contaria tudo ao Conde e a Mila, Josias não teria mais nada na vida e provavelmente morreria nas mãos do Conde.

Os planos eram perfeitos, mas Dulce fez barulho, Alfonso a levou para o hospital e agora estava de mãos atadas, para piorar Eulália e Nina não a deixava chegar perto de Anahí e Bella, não havia muito a fazer a não ser esperar.

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