Início do Fim

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Olá meninas,

Hoje tentarei postar dois capítulos, vamos a um agora, se eu não conseguir voltar mais tarde, amanhã tem mais.

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Naquela manhã ninguém imaginava o que a noite reservava, já haviam se passado meses e Ruth ainda estava por lá, não se falava em ir embora, Dulce estava adorando a estadia da sogra e chegava a cogitar a estaria como definitiva, mas Alfonso já não aguentava mais estava a ponto de uma explosão que não seria nada boa, mas Eulália em uma das conversas informais com o Conde o pediu paciência, talvez a mãe apenas quisesse conhecer os netos e não poderia ser julgada por isso.

Anahí saiu da cama e se demorou na banheira, sentiu a criança a chutar a noite inteira, além do peso e a dor nas costas, agora os pés estavam mais inchados que o normal. A noite anterior seria pior se Alfonso não houvesse se arriscado a enfrenta-la e adormecido após longa discursão, mas não poderia negar que sentir o braço do marido passando pela cintura e a mão acariciando seu ventre era o melhor dos remédios.

Alfonso: Como se sente? - questionou ao encontra-la na banheira. Alfonso tinha o rosto triste, as últimas vezes que esteve com Anahí, a esposa esteva sempre triste, sempre longe, não era mais aquela Anahí cheia de brilho e isso estava acabando com ele.

Anahí: Bem - respondeu sem olha-lo. Alfonso respirou fundo, puxou um pequeno banco e se aproximou.

Alfonso: Annie... olha para mim por favor - pediu sentido e ela se virou, o rosto lavado de lágrimas, carregado de angustia, era como uma flecha entrando em seu peito, Alfonso teve dificuldades em continuar a respirar, se ajoelhou ao lado da banheira não se importando com a agua que molharia suas roupas - Meu anjo por que anda tão triste, sei que lhe disse que castigaria, mas isso já faz meses e eu tenho vindo até você todas as vezes que posso - Anahí sentiu o rosto se contrair em um soluço mais forte e Alfonso se ergueu, tirou as roupas e entrou na banheira, se acomodou atrás dela lhe afagando os cabelos, a barriga gigante - Eu te amo meu anjo.

Anahí: Eu também .... mas isso está difícil demais - Alfonso pegou sua mão a levando a boca, acariciou como pode - Sua mãe, ela precisa ir, eu já não aguento mais - disparou sincera e ele sentiu, hora de tomar uma providencia, estava na hora de ter sua Anahí alegre de volta.

Alfonso: Isso seria o suficiente para lhe por um sorriso? - Anahí virou a cabeça para olha-lo, não acreditava que isso aconteceria, mas ao cruzar os olhos sentidos de Alfonso teve certeza que ele falava serio, respirou fundo e assentiu - Falarei com ela, você terá a tranquilidade necessária para que o bebê venha com serenidade - a beijou o rosto. Anahí fechou os olhos o sentindo, era tudo que precisava naquele momento.

Dulce estava com a sogra terminando o par de sapatinhos que acabava de tricotar, Maitê se aproximou sorrindo com acena daquele pequeno par largado sobre a volumosa barriga da ruiva.

Maitê: Que lindo! Esse par é para o seu ou para o de Anahí? - questionou sincera acreditando que poderia acontecer.

Ruth: Maitê não seja tola, acredita mesmo que Dulce Maria perderia tempo tricotando para um bastardo? - Dulce olhou satisfeita para Maitê.

Maitê: Como seria bastardo se foi concebido dentro do casamento mamãe? - enfrentou.

Ruth: Cale sua boca Maitê, não sabes o que diz - repreendeu.

Maitê: O filho de Anahí é tão filho quanto de Dulce - continuou e Ruth se ergueu se aproximando da filha.

Ruth: Não me desafie com essa blasfêmia, um dia ainda a deserdarei. - Implorou.

Maitê: Não me dará o dinheiro de seu marido minha mãe? - ironizou - Aquele que me assumiu por não saber que eu me tratava de uma bastarda já que fui concebida fora do casamento, diferente do filho de Anahí? - a pergunta era uma afronta e Ruth trincou os dentes antes de estender a mão em uma bofetada contra o rosto delicado da filha. Dulce tinha os olhos arregalados, desconhecia a história, nunca pode imaginar a sogra daquela maneira.

Ruth: Nunca mais repita essas palavras - se projetou contra a filha lhe estapeando seguidas vezes. Alfonso ganhava os corredores após deixar os aposentos de Anahí e encontrou as duas naquela cena lamentável, abraçou a mãe pela cintura a afastando da irmã.

Alfonso: Será que vocês duas poderiam, por favor, manter a compostura dentro da minha casa? - questionou de dentes trincados.

Maitê: Eu sou bastarda minha mãe, não foi seu marido que lhe presenteou com uma filha que você não suporta. Não foi a ele que abriu as pernas e esperou que lhe cutucasse em lugares impróprios para um estranho - disparou sem vergonha, estava cheia de guardar esse segredo, estava cheia de sentir os maus tratos - Eu não tive culpa, foi você quem o aceitou dentro de si, você que gemeu para que ele continuasse - Ruth bem tentou alcançar a filha, mas Alfonso a segurava firme.

Alfonso: Já basta Maitê - gritou ao notar o rosto torturado de Dulce, será que nenhuma de suas esposas teria paz durante a gestação por culpa de sua mãe?

Maitê: Pois saiba o motivo desse escândalo meu irmão - gritou se aproximando e olhando dentro dos olhos da mãe que ainda tentava sem sucesso se soltar dos fortes braços de Alfonso - Ela acha que seu filho com Anahí é um bastardo - Alfonso não teve tempo para reagir, Anahí surgiu acompanhada de Nina, as duas atraídas pelos gritos.

Anahí: Pois então que ela se retire da casa onde nascerá um bastardo - ergueu o rosto enfrentando a todos, já não se importava com mais nada, se Alfonso a colocasse para o mundo daria seu jeito, mas não deixaria que seu filho fosse chamado de bastardo.

Alfonso: Anahí me deixe resolver isso - pediu tentando a deixar fora do confronto.

Dulce: Ela não pode expulsar sua mãe Conde... ela é apenas a segunda esposa, antes de ter essa atitude deveria saber a sua e a minha opinião - disparou em defesa da sogra que sorriu e olhou irônica para Anahí que se tornou vermelha de raiva.

Anahí: Pois então devem escolher, eu não fico mais sobre o mesmo teto que essa mulher - na piorar das hipóteses ainda havia a casa de seu pai, seria assombroso voltar para aquela casa, lavaria roupas para os vizinhos, se venderia nas casas chulas da vida, mas não suportaria mais aquela vida. Dulce riu, assim como Ruth, Maitê arregalou os olhos.

Dulce: Então poderá fazer as malas, meu esposo jamais jogaria a própria mãe a rua por uma segunda esposa - desdenhou acreditando no que dizia.

Alfonso: Fale apenas por você Dulce Maria - gritou e Dulce se sobressaltou, Alfonso lhe daria uma surra, daria uma surra nas duas caso nenhuma delas carregasse dois inocentes seres - Nessa casa ainda existe um homem, aqui quem manda ainda sou eu. Anahí sentiu as lágrimas descerem pelo rosto, estava esgotada com tudo aquilo, Dulce por sua vez em um ataque de fúria olhou para a sogra que lhe assentiu. Em um minuto Dulce estava parada, no minuto seguinte avançou sobre Anahí a derrubando e acabou por cair por cima da barriga da outra, Alfonso atordoado empurrou Ruth para o lado que quase foi ao chão e foi separar as duas, era tarde demais, Anahí estava desacordada, havia batido a cabeça contra o solo, Dulce sangrava entre as pernas.

SOBRE TENTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora