Naquela noite Anahí dormiu agarradinha ao marido. Embora estivesse magoada com ele, também estava muito feliz, o fato de estar nos braços dele à acalmava e a fazia esquecer todos os problemas que os cercavam. Por outro lado, Alfonso não pregou os olhos, a lamparina ao lado da cama era apenas para iluminar o rosto de Anahí, o susto pelo desaparecimento dela o fez perceber que não conseguiria mais viver sem ela, embora estivesse em seus braços a sensação ainda era de perda, um aperto no peito que o deixava inquieto, como se algo ruim estivesse para acontecer.
Quando Anahí acordou na manhã seguinte viu Alfonso a olhando, os olhos fundos, a expressão preocupada.
Anahí: O que foi? Questionou ainda sonolenta, estranhando a forma como ele a olhava.
Alfonso: Annie... - respirou fundo se virando de lado, ficando de frente para ela - Prometa-me que nunca mais entrará naquela mata - pediu serio, o rosto angustiado. Anahí assentiu sem entender - Eu amo você - sussurrou acariciando o rosto dela, agora com um roxo na testa.
Anahí: Ama mesmo? - questionou baixinho, a cara de choro que Alfonso teve dó.
Alfonso: vem aqui meu anjo - a puxou a apertando - Eu amo muito, não irei mais bater em você, perdi a cabeça anjo - a beijou no rosto, Anahí deixou cair algumas lagrimas, no fundo estava satisfeita pelos últimos acontecimentos, mas ainda tinha uma coisa a afligindo, o sexo dos bebes. Dulce ainda poderia dar um menino a ele, o de Dulce poderia ser mais velho. - Acho que está na hora de levantar, passou muito tempo sem se alimentar direito, quero que se alimente, depois do café verei o seu novo aposento - ela sorriu, mas quando Alfonso fez menção de deixar a cama ela o puxou de volta o fazendo rir - Vamos passar o dia aqui? - questionou achando graça.
Anahí: Mais alguns minutos por favor, aqui é o único lugar que eu não preciso dividir - resmungou e Alfonso a beijou na testa entendendo, se acomodou a abraçando por mais alguns minutos.
Quando Nina chegou ao quarto para ajudar Anahí a se vestir, Alfonso não deixou o quarto como de costume, se aproximou de Nina que apertava o espartilho.
Alfonso: Nina... escute - a empregada parou se virando para ele - Não quero que aperte muito isso, nada de cintura marcada - advertiu e Nina estranhou - Ela espera um herdeiro meu - disparou sorrindo, Anahí riu da alegria dele ao contar, Nina levou as mãos a boca completamente surpresa com a novidade. - Quero todo o cuidado com ela, irei a cidade comprar a medição para a testa dela logo depois do café, você não sairá do lado dela - orientou e Nina assentiu sorrindo olhando de Anahí para o Conde.
Anahí: Eu acho que não é para tanto - tentou.
Alfonso: Shiii, caladinha - sorriu. - Se ela tentar naquela mata peças aos guardas que a segure -Anahí revirou os olhos.
Anahí: Eu já disse que não irei mais - bateu o pé zangada e ele apenas a olhou feio voltando a Nina.
Alfonso: Quando acabar o café peça a Eulália que arrume outro quarto de hospedes, esse para Anahí, a quero no andar de baixo.
Nina: Sim senhor, mais alguma orientação? - questionou e Alfonso parou para pensar.
Anahí: Não existe mais nada - o encarou zangada e ele riu - Se ele continuar é melhor me trancar no banheiro, oh! No banheiro não eu posso cair ou morrer afogada na banheira - debochou e Nina olhou de Anahí para Alfonso para saber se poderia rir ou não, quando ele gargalhou ela deixou o riso escapar - Pelo amor ao senhor santíssimo.
Nina: Pode deixar senhor Conde, nada que ela fizer estará só, estarei com ela o tempo todo como uma sombra - Anahí a olhou apertando os olhos, bufou cruzando os braços e Alfonso riu mais uma vez.
Alfonso: É assim que eu gosto - deixou o cômodo rindo.
Quando todos sentaram a mesa o clima pesou, Dulce a olhou debochando por estar grávida, sabia que a outra havia feito a cena que fez por saber da novidade. Bella só sossegou quando se aproximou da irmã a abraçando, ainda sim tinha muitas perguntas que naquele momento não eram oportunas. Anelise desfilava pela sala como se contasse pontos, sorria de canto para Dulce que retribuía, mas o que as duas não haviam notado é que Alfonso estava vendo tudo e fervendo por dentro, afinal o que Anahí havia feito? Nada.
O café acabou e Alfonso foi atrás do medicamento, naquele momento a saúde dela era mais importante, os demais seguiram para a sala. Nina se demorou alguns minutos solicitando o quarto a Eulália.
Dulce: Estive pensando Anelise, desta vez não perderei meu tempo tricotando o enxoval, mandarei buscar tudo da Europa - sorriu.
Anelise: Oh existem coisas muito belas por lá, realmente perder tempo com tricô - balançou a cabeça - A mobília do quarto como vai preparar.
Dulce: Acho cedo pensar nisso agora - considerou e Anelise sorriu por dentro, realmente era cedo para uma mulher que já havia perdido dois e quem sabe se esse vingaria. - Mas tenho certeza que o Conde vai querer tudo do mais alto nível, preciso pensar de onde trarei. - considerou e a provocação parecia não acabar, Anahí tinha uma revista nas mãos, o que elas não sabiam é que a outra mal escutava o que era dito, havia achado uma reportagem sobre nomes e passou a imaginar como seria o nome de seu bebê.
Nina: senhorinha - chamou e Anahí se assustou. As três pararam para olhar.
Anahí: Que susto - levou a mão ao peito. Anelise e Dulce se olharam, como ela não estava escutando?
Anelise: Anahí porque não ajuda Dulce a preparar as coisas para chegada do bebê, tenho certeza que um dia quando engravidar ela a ajudará - considerou com um sorriso de canto. Nina olhou para Anahí assustada e Anahí sorriu.
Anahí: Para você é senhora - forçou um sorriso amarelo e Anelise revirou os olhos - Mas voltando ao assunto filho... bem eu até gostaria de ajudar, mas não será possível já que terei que ver as coisas para o meu filho - considerou ficando de pé. Dulce gargalhou.
Dulce: Isso pode demorar anos, acredita mesmo o Conde vai permitir que gaste moedas para montar um enxoval para um bebê que talvez não nasça? - questionou dura querendo de fato humilhar a outra.
Anahí: Se ele permitiu que você gastasse mesmo sabendo que não consegue segurar os herdeiros - deu com os ombros e Dulce fechou a cara, como ela foi capaz de citar uma coisa assim.
Nina: Senhorinha... por favor - sussurrou não querendo que elas entrassem em conflito.
Anelise: Como ousa falar com ela dessa maneira? - encarrou Anahí, Nina ao lado - Ela ainda é a senhora dessa casa, ainda mais agora que terá um filho do Conde e você não.
Anahí: Se for pelo herdeiro - sorriu olhando de Anelise para Dulce - Lamento por vocês, mas estamos no mesmo pé de igualdade, eu também estou carregando um herdeiro - disparou sem receio, o rosto coberto de alegria por poder tacar na cara.
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SOBRE TENTAÇÃO
RomanceJosias era de família humilde que mal conseguiam sobreviver com o que recebiam quanto mais pagar um dote tão alto quando o exigido para ter a mulher de seus sonhos. Anahí estava completamente apaixonada por Josias, mas a impossibilidade de tê-lo ao...