Capítulo 1 - Um show nada estranho

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Tudo começou na noite de 17 de fevereiro de 2014. O Fall out boy estava prestes a entrar para mais um show do tour do novo álbum. Era Save Rock n' roll se me lembro bem.

Eu estava no Backstage com os meus grandes fones de ouvido, ouvindo Frank Sinatra e estalando os dedos no ritmo da música. Isso sempre me acalmava.

___ Fly me to the moon, let me play among the stars ... - cantava caminhando ao redor da sala em que a banda estava, logo atrás do palco. Peter caminhou até mim segurando uma garrafa d'água com um sorriso malando no rosto. Falava alguma coisa, mas eu não ouvia por causa da música alta.

Continuei cantando e ele veio até mim, tirando o fone do meu ouvido.

___ Hey, Pete! – ri – Momento de concentração não se interrompe!

___ Se interrompe quando vê que seu amigo vai morrer de sede no show! – ele riu estendendo a garrafa – Você não levou nada antes do público entrar, agora se apontar a carinha lá vai ter que começar a cantar.

Eu ri balançando a cabeça negativamente e peguei a garrafa, pendurando meu fone no pescoço.

___ Agradeço a solidariedade, Pete! – ironizei olhando o líquido na garrafa vendo que estava amarelado demais para ser água. – Mas, eu vou morrer de sede. Pelo menos até o intervalo do show, e ... Se eu não te conhecesse, eu beberia essa água. Oh man! Está querendo me envenenar?

___ Te envenenar, little man? Não ... - ele riu e deu dois tapas leves nas minhas costas – Só te zoar mesmo.

Estreitei os olhos e apontei para ele.

___ É por isso que eu não bebo nada que você me entrega.

Minutos depois Joe e Andy entraram na sala, apressados, pois faltava menos de 20 minutos para entrarmos. Joe já estava com a guitarra nas costas e Andy segurava as baquetas.

___ Vamos abrir com Fênix, como o combinado? – perguntou Joe para mim enquanto eu guardava o fone e pegava uma garrafa de "água verdadeira" no frigobar.

___ Sim, claro! Fênix é a que abre o álbum e abrirá o show. - respondi pegando meu chapéu em uma mesa perto do pequeno sofá que havia no local e o colocando. – E Andy, toque essa bateria como nunca tocou antes. - ri e saí da sala em direção ao palco, os rapazes logo viriam. Eu seria o primeiro a entrar.

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___ Put on your war paint! – entrei cantando e girei o microfone nas mãos correndo até o centro do palco.

Havia uma orquestra que já tinha começado a tocar a música, e o público acompanhava cantando em coro. Era como um incentivo para eu cantar com mais "garra"!

No céu a lua cheia parecia iluminar o palco, até mais que as luzes mecânicas.

Pete entrou à frente, logo atrás Joe e Andy. O show estava incrível, até certo momento.

Minha visão começou a ficar turva quando eu estava a uma música antes do intervalo, e Pete havia percebido que eu não saía do microfone com apoio na última música.

____ Patrick, está tudo bem, man? – perguntou ele quando já estávamos de volta à sala.

____ Não sei ... Eu só ... Me sinto um pouco tonto.... - falei olhando ao redor. Tudo estava embaçado, e eu colocava as mãos à frente tentando alcançar algo para me apoiar.

___ Pat, você quer que chame alguém? – Joe empurrou uma poltrona e eu caí sentado. – Você está mal, man. Vou chamar o pessoal aqui ...

___ Não precisa, Joe ... - minha visão escurecia forçadamente – Não precisa ... - vi tudo se apagar à minha frente enquanto eu ouvia as vozes dos meus amigos me gritando.

"Patrick! Patrick! Acorda, man! E agora? O que será que ele tem? Patrick! Patrick!"

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Próximo capítulo dia 21 de Dezembro ( de madrugada) 

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