___ Patrick, vem aqui! - Clara me chamou espalhando a maquiagem dela, com várias tintas faciais, pela bancada da praça.
Levantei e caminhei até ela, colocando a mão no bolso.
___ Se me chamar assim, vai acabar chamando a atenção do pessoal ... - brinquei e ri.
___ Nossa, você está tão exposto! Vamos, senta aqui. Quero fazer uma maquiagem em você.
Estreitei os olhos e ri.
___ É sério ,bobão! Maquiagem artística. - ela ergueu a tinta branca me mostrando.
___ Okay, Okay ... - me sentei na bancada ao lado das tintas.
___ Agora feche os olhos. - ela riu pegando um pincel.
___ Ah, garota ... - ri e fechei os olhos cruzando os braços.
Depois de alguns minutos sentindo que ela pintava meu rosto ( especificamente a região dos olhos e sobrancelhas), ela disse que eu poderia abrir os olhos e me entregou um espelho. Era estranho não ver o meu verdadeiro rosto, mas a maquiagem ficou legal. Lembrava pinturas que mímicos usavam. E então tive uma ideia.
___ Clara, tem algum chapéu aí no meio desses figurinos?
___ Acho que tem ... - ela vasculhou a sacola e achou um pequeno chapéu ( na verdade boina) me entregando. - Esse serve?
___ Esse está ótimo! - peguei o chapéu, sorri e me levantei – Obrigado pela maquiagem. - ri e caminhei até Matheus na bateria.
___ Fala, mano! - ele girou as baquetas nos dedos.
___ Matheus, por acaso você sabe fazer a introdução de I don't care?
Matheus girou as baquetas nos dedos e executou perfeitamente, não apenas a introdução da música, mas como todo o acompanhamento. Ele era um grande baterista , pelo que eu vi.
___ Essa música? - ele riu e finalizou com o prato.
___ Essa mesma! - ri e peguei o violão dedilhando as primeiras notas. - Bem, vamos começar?
___ Espera! - Laura caminhou até mim e cruzou os braços na altura da cintura – Hoje não era para ser apenas ensaio?
___ Era, mas já está tudo pronto. Porque não apresentar hoje? - arqueei as sobrancelhas.
___ Porque ... Porque ...
___ É mesmo, Laura. Por que? - perguntou Clara terminando a sua maquiagem de palhaço.
___ Porque... Porque... - ela riu e virou-se caminhando até a bancada sentado-se de frente para nós. - Vocês venceram. Não tem porque.
___ Além disso, apresentando hoje ou Domingo que vem, quem vai ligar? O pessoal quer ver música. - observou Matheus.
___ Ver música? - ri e o olhei. - Okay ... E também, quem liga? Quem liga? - balancei as mãos e arrumei a alça do violão no meu pescoço.
___ Ninguém liga. - Clara passou fingindo tossir e foi chamar o público enquanto eu tocava pequenas notas no violão.
Comecei a cantar e Matheus a tocar a bateria, aos poucos o público se aproximava. Clara também, voltava acompanhada de crianças e jovens que pararam para ver a apresentação.
Me senti como se estivesse com uma banda de novo, com Matheus, Clara, Laura e eu. O dia foi divertido, algumas crianças entravam na dança com a batida da música, os jovens batiam palma no ritmo. E a praça estava lotada. Eu me misturava nas pessoas tocando e balançando a cabeça do ritmo.
Laura "roubou" meu chapéu e começou a caminhar entre o público, arrecadando dinheiro. Quem não quisesse colocar nada no chapéu, não precisava, mas via que muitos colaboravam.
Se continuasse assim, iriamos todos para Chicago muito em breve.
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Música cantada por eles, no vídeo acima.
Próximo capítulo dia 9 de Janeiro.
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Você não é o Patrick Stump!
Fiksi PenggemarViver uma vida totalmente diferente da sua , não é nada fácil ! Principalmente quando pensam que você é maluco ... De um lugar tipicamente frio para o calor de 40 graus. De Chicago para o Brasil. E o pior de tudo é ouvir várias vezes a frase : "Voc...