Capítulo 8 - O início de um plano

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___ Bem, fazemos teatro, certo? Podemos fazer algumas apresentações na rua e passar o chapéu. Isso é uma tradição dos artistas, e podemos fazer isso. Vamos todos para Chicago! - abri um sorriso empolgado. Realmente era uma grande ideia e esperava que eles topassem.

___ Eu iria de qualquer jeito mesmo. – Laura cruzou os braços. – Eu que não ia deixar você sair sozinho por aí com o corpo do meu irmão! Nossa ... Isso soou muito estranho.

Matheus soltou uma gargalhada e puxou a cadeira mais pra perto.

___ Tirando o que a Laura acabou de falar, o que vamos apresentar na rua Rafa... Patrick?

___ Eu vou cantar e tocar, Laura passa o chapéu , Clara... - a olhei e estreitei os olhos e depois ri – Mmm.. O que sabe fazer?

___ Palhaçaria. Pensou que eu não soubesse fazer nada? – ela riu e colocou as mãos na cintura – Eu posso chamar o povo para ver você tocar.

___ Okay. Incrível! – sorri e olhei Matheus – Matheus ...

___ Eu sei tocar bateria! – me interrompeu antes que eu falasse algo para ele, e eu ergui os braços como se dissesse " Okay, me rendo".

____ Okay, Matheus. Pode tocar bateria, um instrumento a mais é sempre bom. - sorri e olhei para todos. – Então, está tudo certo?

___ Claro! - Laura bateu levemente no meu ombro.

Passamos o resto do dia falando sobre o assunto, e eu estava mais à vontade de não ter que esconder quem eu era. Combinamos dias, horários, falamos sobre a palhaça de Clara ( literalmente) e nos divertimos. Nem me importei com o sol quente daquele dia. A minha única preocupação era de como estava se saindo o Rafael no meu lugar.

***

Domingo, nos reunimos na praça que tinha na frente do teatro para ensaiar nossa primeira apresentação. Levei o violão e fiquei dedilhando algo até todos aparecerem.

___ Rafael! - gritou Clara ao longe acenando e correndo até mim segurando várias sacolas – Eu trouxe meu figurino, os outros estão logo atrás, Laura está ajudando Matheus a trazer as partes da bateria.

Ri e tampei o rosto com a mão balançando a cabeça negativamente.

___ Ele não precisava trazer hoje. Nem decidimos o que tocar! - ri.

___ Ele é louco assim mesmo, não liga!

___ Já conheci pessoas iguais a ele. - balancei a cabeça positivamente e olhei para trás vendo Matheus e Laura se aproximando atrapalhadamente, cada um com 3 partes nos braços.

Levantei-me e os ajudei a carregar.

___ Então, Stump, que música vamos tocar? Alguma do Fall out boy? - percebi que ele perguntava já esperando que eu falasse que sim. E provavelmente, seria. Eu não cantaria Jazz ou Soul em uma apresentação teatral. ( Não daquele porte, cada apresentação a qual).

___ Sim, eu já tenho uma música em mente. - sorri – E eu acho que o público vai gostar da batida. Que tal montarmos a bateria primeiro, já que você trouxe?

___ Fazendo suspense, maninho? Que feio! - falou Laura e apertou minha bochecha ( realmente eu acho que ela gostava de fazer isso) .

Ri balançando a cabeça negativamente e peguei o Bumbo.

___ Eu não ... Acho que se montarmos a bateria no meio da praça seria o mais adequado.

___ Desviou assunto! - Matheus apontou para mim rindo- Tudo bem, vamos montar a bateria.

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Próximo capítulo dia 6 de Janeiro.

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