___ Bem, fazemos teatro, certo? Podemos fazer algumas apresentações na rua e passar o chapéu. Isso é uma tradição dos artistas, e podemos fazer isso. Vamos todos para Chicago! - abri um sorriso empolgado. Realmente era uma grande ideia e esperava que eles topassem.
___ Eu iria de qualquer jeito mesmo. – Laura cruzou os braços. – Eu que não ia deixar você sair sozinho por aí com o corpo do meu irmão! Nossa ... Isso soou muito estranho.
Matheus soltou uma gargalhada e puxou a cadeira mais pra perto.
___ Tirando o que a Laura acabou de falar, o que vamos apresentar na rua Rafa... Patrick?
___ Eu vou cantar e tocar, Laura passa o chapéu , Clara... - a olhei e estreitei os olhos e depois ri – Mmm.. O que sabe fazer?
___ Palhaçaria. Pensou que eu não soubesse fazer nada? – ela riu e colocou as mãos na cintura – Eu posso chamar o povo para ver você tocar.
___ Okay. Incrível! – sorri e olhei Matheus – Matheus ...
___ Eu sei tocar bateria! – me interrompeu antes que eu falasse algo para ele, e eu ergui os braços como se dissesse " Okay, me rendo".
____ Okay, Matheus. Pode tocar bateria, um instrumento a mais é sempre bom. - sorri e olhei para todos. – Então, está tudo certo?
___ Claro! - Laura bateu levemente no meu ombro.
Passamos o resto do dia falando sobre o assunto, e eu estava mais à vontade de não ter que esconder quem eu era. Combinamos dias, horários, falamos sobre a palhaça de Clara ( literalmente) e nos divertimos. Nem me importei com o sol quente daquele dia. A minha única preocupação era de como estava se saindo o Rafael no meu lugar.
***
Domingo, nos reunimos na praça que tinha na frente do teatro para ensaiar nossa primeira apresentação. Levei o violão e fiquei dedilhando algo até todos aparecerem.
___ Rafael! - gritou Clara ao longe acenando e correndo até mim segurando várias sacolas – Eu trouxe meu figurino, os outros estão logo atrás, Laura está ajudando Matheus a trazer as partes da bateria.
Ri e tampei o rosto com a mão balançando a cabeça negativamente.
___ Ele não precisava trazer hoje. Nem decidimos o que tocar! - ri.
___ Ele é louco assim mesmo, não liga!
___ Já conheci pessoas iguais a ele. - balancei a cabeça positivamente e olhei para trás vendo Matheus e Laura se aproximando atrapalhadamente, cada um com 3 partes nos braços.
Levantei-me e os ajudei a carregar.
___ Então, Stump, que música vamos tocar? Alguma do Fall out boy? - percebi que ele perguntava já esperando que eu falasse que sim. E provavelmente, seria. Eu não cantaria Jazz ou Soul em uma apresentação teatral. ( Não daquele porte, cada apresentação a qual).
___ Sim, eu já tenho uma música em mente. - sorri – E eu acho que o público vai gostar da batida. Que tal montarmos a bateria primeiro, já que você trouxe?
___ Fazendo suspense, maninho? Que feio! - falou Laura e apertou minha bochecha ( realmente eu acho que ela gostava de fazer isso) .
Ri balançando a cabeça negativamente e peguei o Bumbo.
___ Eu não ... Acho que se montarmos a bateria no meio da praça seria o mais adequado.
___ Desviou assunto! - Matheus apontou para mim rindo- Tudo bem, vamos montar a bateria.
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Próximo capítulo dia 6 de Janeiro.
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Você não é o Patrick Stump!
FanfictionViver uma vida totalmente diferente da sua , não é nada fácil ! Principalmente quando pensam que você é maluco ... De um lugar tipicamente frio para o calor de 40 graus. De Chicago para o Brasil. E o pior de tudo é ouvir várias vezes a frase : "Voc...