O dia na escola, tinha sido realmente cansativo, contando que eu fiquei em uma fila enorme para lanchar com meus amigos "novos", já que Rafael sempre lanchava ( pelo que eu soube por eles mesmos). A última aula foi de educação física e eu tive que jogar vôlei, pois, Matheus insistiu e disse que eu era o melhor do time ( não sabendo ele que Rafael era, e não eu). Eu fui um desastre, realmente um abismo no esporte. Errei todos os saques e os integrantes do outro time só jogavam a bola em mim, já que eu não pegava uma.
Voltei para "casa" com Laura, fazendo todo aquele trajeto anterior. Ao chegar me sentei no sofá e encostei a cabeça no encosto do móvel. Estava cansado, queria dormir e acordar em Chicago.
___ Oi, pessoa! - Laura estalou os dedos na minha frente – Você tem teatro agora ...
___ Ah!É ... O teatro. Matheus disse que eu apresentaria um ... Lance, hoje. - falei a olhando confuso, esperando que ela falasse algo sobre.
___ Sim, Rafael. - ela riu ao pronunciar o nome "Rafael" - Você vai apresentar uma música com seus amigos, no teatro. Vai tocar! - ela correu até o quarto e voltou com o violão que eu tinha visto mais cedo, logo me entregando.
Um violão em minhas mãos, finalmente eu faria algo que eu sabia fazer. Mas será que no corpo de Rafael eu ainda conseguiria tocar? Confesso que estava um pouco nervoso. O posicionei no joelho e corri meus dedos pelas casas do vilão. Ainda sabia tocar, mudar do Fá para o Dó com toda a facilidade.
Estava tão distraído que nem percebi que Laura me olhava maravilhada.
__ Uau! Patrick, agora sim eu tenho mais certeza que é você! - ela riu – Rafael toca o básico, ele nunca tocaria assim. Por que não tenta cantar?
___ Okay ... - balancei a cabeça positivamente, porém tinha certa dúvida de como sairia minha voz.
Respirei fundo e cantei a primeira estrofe de Dance Dance. Até que não foi nada mal, a voz de Rafael ( minha atual voz, estranho...) , era em um tom um pouco mais grave e suportava até certos agudos se a respiração fosse bem trabalhada.
___ Perfeito! Por que não canta essa, no teatro?
___ Rafael já não tinha uma música definida?
___ Não, ele só falou que ia preparar um lance pra apresentar , mas acabou não escolhendo a música.
"Bom para mim." pensei e suspirei já pensando em cantar Dance Dance mesmo. Já que não havia testado outras músicas na voz de Rafael.
___ Ótimo, vamos ver como eu vou me sair no teatro. - sorri e levante-me, segurando o violão embaixo do braço – Mmmm... O violão tem capa?
___ Infelizmente você vai ter que levar assim.
***
Cheguei no teatro e entrei pelos fundos, como o indicado. O pessoal estava no palco e eu me sentei em uma cadeira à frente, colocando o violão ao meu lado.
___ Rafael, sobe aqui ! - gritou Matheus.
Demorei alguns segundos para entender que era eu, não me sentia o Rafael nem se quisesse. ( Até porque eu não era o Rafael! )
Subi no palco e cumprimentei Matheus e meus outros "colegas", que eu tentei transparecer conhecer.
___ Bora tocar! - Matheus apontou para mim – E você começa , mano. Eu sei que preparou um lance bem maneiro. - ele apontou para mim com as duas mãos e sentou-se em uma das poltronas, junto com os outros.
Olhei ao redor, e puxei uma poltrona que estava na lateral do palco ( devia ser cenário de alguma peça) , me sentando.
Comecei a tocar e cantar, meus dedos corriam pelas casas do violão enquanto eu tocava uma música que eu já sabia tocar desde bastante tempo.
Todos curtiam a música e se divertiam, exceto uma garota sentada em uma das primeiras cadeiras, me olhando fixamente. Percebi que me olhava e olhei de volta, ela mordia o lábio inferior e enrolava uma mecha de cabelo nos dedos.
"Ou ela é namorada do Rafael ou está dando descaradamente, em cima de mim"
Pensei, continuando a tocar com a maior animação que tinha. Afinal, era a melhor coisa que tinha acontecido no meu dia (tocar Dance Dance, claro! ).
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Próximo capítulo dia 30 de Dezembro. Quem será essa garota?
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Vejo vocês em breve. ;)
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Você não é o Patrick Stump!
FanfictionViver uma vida totalmente diferente da sua , não é nada fácil ! Principalmente quando pensam que você é maluco ... De um lugar tipicamente frio para o calor de 40 graus. De Chicago para o Brasil. E o pior de tudo é ouvir várias vezes a frase : "Voc...