Capítulo 11 - Chicago

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O tão esperado dia finalmente tinha chegado. Passagens compradas ( classe econômica claro!), malas feitas e tudo pronto. Eu não levava quase nada, apenas uma mala com o básico, esperava que tudo desse certo. Entramos no avião, e me sentei ao lado de Laura perto da janela. Clara e Matheus estavam logo atrás.

___ Cara, estou emocionado. Na boa, estou mesmo! Vamos conhecer Fall out boy, mano. - falou Matheus inclinando para frente e ficando entre mim e Laura.

Olhei para ele com uma expressão de reprovação.

___Em parte ... Você já conhece um deles. Não é? - estreitei os olhos.

___Ah claro, Patrick! - ele deu dois tapas no meu ombro – Conheço o vocalista! Mas vou conhecer os outros sabe...

___ Arram... entendi. - ri balançando a cabeça negativamente e peguei meu chapéu colocando sobre o rosto.

Fechei os olhos por baixo do chapéu enquanto ouvia Laura e Clara conversarem.

___ Ih... Acho que ele dormiu. Clara, você acha que os amigos dele reconhecerão ele? Afinal, o "Patrick" tá lá com eles. - falou Laura e eu arrumei o chapéu no rosto.

___ Não sei, se Rafael estiver fingindo bem, vai ser meio difícil o Patrick verdadeiro provar sua oficialidade. As vezes até eu mesma duvido... - disse Clara e eu senti que essa viajem poderia ser bem mais difícil do que eu imaginava.

***

Descemos no aeroporto de Chicago. Eu me senti em casa, ouvi que todos falavam inglês ao meu redor ( eu entendi, ainda bem!) , vi os lugares que eu costumava frequentar ... Mas tinha uma coisa que eu não havia pensado. "Para onde iriamos agora? Já iriamos direto falar com o Pete e o pessoal? E os seguranças? Goodness, os seguranças!"

___ Patrick! Cara, acorda aí! Para de viajar! - Matheus me sacudia e eu pisquei várias vezes para voltar a consciência.

___ Oi?

___ Ninguém aqui fala inglês, só você! - ele riu e me deu um leve empurrão. - Guia a gente aí!

___ Okay, okay ... - balancei as mãos e olhei os outros que esperavam que eu falasse algo. - Primeiro, vamos para a minha casa. Com certeza vou conseguir convencer a Elisa. - falei com certa incerteza.

___ Se você diz ... - Clara encolheu os ombros e riu.

Peguei um fone de ouvido na mala que carregava e o pendurei no pescoço. Respirei fundo e comecei a caminhar, se quisesse saber o porquê de aquilo tudo acontecer, teria que seguir em frente. Caminhei incansavelmente pelas ruas, até um bairro arborizado e quieto. Avistei minha casa ao longe, meu carro não estava parado na garagem ( Rafael não estava lá), os outros caminhavam logo atrás de mim enquanto eu apressava o passo para chegar mais rápido. Caminhei até a porta e parei respirando fundo.

___ Ai meu Deus! Não acredito que eu sei onde o Patrick Stump mora! - falou Laura de uma forma cantada e eu ri.

___ Ih cara ... Sujou pra gente! - ouvi Matheus falar atrás de mim, e logo senti alguém cutucar meu ombro.

"Droga!"

Me virei vento um homem de quase 3 metros de altura ( exagero meu), e ergui o rosto o olhando.

___ Mm... Pois não? - falei e sorri forçadamente.

___ Boy , você não pode ficar aqui. O que deseja fazer nesta propriedade? - ele cruzou os braços fazendo parecer mais alto.

Você não é o Patrick Stump!Onde histórias criam vida. Descubra agora