Com duas apresentações, conseguimos o dinheiro da passagem para Chicago. Estávamos todos felizes e Matheus "descolou" ( como ele diz) cerveja para eu e ele. As garotas tomaram refrigerante, pois eram menor de idade.
___ Vai todo mundo pro exterior! Mais que vidão! - falou Matheus erguendo a garrafa de cerveja.
___ Só tem um probleminha, os passaportes. E além de nossos pais não deixarem nós viajarmos sem justificativa, não tem como viajarmos escondido sem algum responsável pra tirar o documento. - observou Laura.
Um responsável deve ser alguém maior de idade que cuida de si, então como eu era irmão da Laura(mais ou menos), eu poderia cuidar disso.
___ Eu dou um jeito nisso. - falei e sorri levemente.
___ Problema resolvido? - Matheus apontou para mim com as duas mãos – Você é o cara.
Ri e balancei a cabeça negativamente ( ele parecia bêbado com menos de duas cervejas no organismo).
___ Então, vamos ver como você vai lidar com isso espertinho. - Clara olhou para mim erguendo uma sobrancelha, e eu apontei para ela estreitando os olhos.
___ Não duvide de mim ... - ri.
***
Depois de toros reunirem seus documentos, lá estávamos nós. No departamento de polícia federal, sentados nas cadeiras da fila de espera, em uma sala com ar-condicionado.
___ Mas que demora! - reclamou Laura enquanto eu cochilava de cabeça baixa entre as mãos.
" Número 165!"
Chamou uma voz eletrônica e eu abri repentinamente os olhos olhando o papel que segurava.
___ Somos nós. - falei e levantei-me arrumando um chapéu que comprei perto da praia na cabeça, e me aprumando. Seguindo com todos até a seção , onde uma mulher super "animada" nos olhou por cima dos óculos e pediu para que nos sentássemos à frente. - Deixem comigo, vamos sair daqui com os passaportes. - sussurrei para os outros e me voltei para a moça. - Bem, queríamos solicitar nossos passaportes, como é o processo?
___ Vocês entregam o xerox de seus documentos e eu providencio para todos. Poderia me informar a idade de cada um ? - ela falava com uma voz visivelmente anasalada o que me irritava, mas eu mantive a calma e prossegui.
___ 18,18,17,17. - falei apontando para cada um.
___ Me desculpe, mas os menores deverão estar com os responsáveis.
___ Eu sou o responsável pelas duas. - falei convicto e tirei o meu chapéu da cabeça.
___ Mas aqui consta que você só tem parentesco com Laura, está tentando me enganar garoto? Saiba que aqui é um escritório da polícia.
" Okay, lado artista em ação"
Suspirei profundamente e mudei minha feição para um tom visivelmente triste, me aproximando do balcão e olhando fixamente para a mulher.
____ Moça, a senhorita Clara, essa mesma que está aqui atrás de nós. - pisquei várias vezes fingindo segurar algum tipo de choro - Ela perdeu os pais muito cedo, e eu a criei com minha irmã. Eu sou praticamente um irmão para ela, me entende?
A mulher balançou a cabeça positivamente , visivelmente comovida.
___ Faça isso, não por mim, mas por ela. - falei e me afastei do balção.
___ Seus passaportes estarão prontos em trinta minutos. Desculpe o incomodo senhor. - ela abaixou o olhar e começou a digitar rapidamente no computador os nossos dados.
Depois de alguns minutos estávamos todos com nossos passaportes, e prontos para a viajem. E eu estava ansioso.
Como convenceria meus amigos do Fall Out Boy que aquele era um impostor?
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Próximo capítulo dia 13 de Janeiro
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Até a próxima ;)
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Você não é o Patrick Stump!
FanfictionViver uma vida totalmente diferente da sua , não é nada fácil ! Principalmente quando pensam que você é maluco ... De um lugar tipicamente frio para o calor de 40 graus. De Chicago para o Brasil. E o pior de tudo é ouvir várias vezes a frase : "Voc...