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- Não quero. – Olha-me ofendido. – Nem posso. Tenho que ir trabalhar.

- Violett. – Resmunga.

- Dá-me uma boa razão para eu ficar e eu fico?

- Eu. Eu sou uma boa razão para ficares.

- Preciso mesmo do dinheiro e do emprego Harry... – Sinto-me a ceder.

- Liga e diz que não podes ir porque estás doente. – Os seus lábios tocam na minha testa e deixam um doce beijo. – Por favor. – Cedi.

Afasto-o de mim e avanço para o sofá, zangada. Largo as minhas coisas em cima do mesmo e procuro o telemóvel dentro da mala desorganizada. Os meus dedos deslizam pela lista de contactos e quando encontro a Rebecca suspiro pesadamente.

- Violett, fala comigo.– Atende.

- Becca, não vou puder ir esta noite ao bar. – Faço a minha melhor voz de constipada.

- O quê? Porquê?

- Estou constipada e mal consigo falar. – Tusso.

- Deus! Não acredito nisto! Já na primeira semana Violett? – Ela está zangada. – E agora? O que faço?

- Desculpe Becca, tem toda a razão. – Digo. Eu tenho que ir. – Eu vou aí nem que seja para ajudá-la no bar.

- Vejo-te às dez. – Desliga e suspiro.

Harry coloca-se à minha frente e tira-me o telemóvel da mão colocando-o na mesa em frente ao sofá. Segura o meu queixo e no meio da pouca escuridão consigo ver as suas esmeraldas verdes a observarem-me cuidadosamente. Aproxima-se e deposita um beijo nos meus lábios fechados.

- Tu não vais. – Diz e coloca os seus joelhos em cada lado do meu corpo, começa a beijar a minha cara provocando-me arrepios. – Vais ficar aqui. Comigo. – Quando os seus lábios tocam o meu pescoço sinto o meu sangue quente a arder-me nas veias prestes a explodir ao seu toque.

- Mas preciso de ir. – Resmungo perdida nos seus lábios.

- Não. Precisas de ficar. – Volta a olhar-me nos olhos. – Desta vez não te vou deixar ir. Não desta vez. – Murmura e empurra-me um pouco para o lado fazendo-me cair no sofá. Coloca-se em cima de mim e sinto o meu coração a acelerar demasiado rápido. – Relaxa.

Vários beijos molhados e trilhos doces são feitos no meu pescoço fazendo-me sentir no céu. Puxa os ombros do vestido expondo toda a minha clavícula e pescoço, deixa-me assim frágil.

- Harry, eu não-

- Está tudo bem. – Diz. – Eu sei.

As suas mãos deslizam pelas laterais do meu corpo rijo, fazendo-me curvar. Harry aproveita a minha fraqueza e leva as mãos ao fecho abrindo-o por completo. Levanta-se um pouco de cima de mim e puxa o vestido do meu corpo deixando-me completamente exposta ao seu olhar.

- Tu és adorável. – Esboça um sorriso e sinto-me escarlate. Foi um mau dia para usar uma lingerie com bonecos. Sempre com sorte, eu!

- Eu, eu-

- Eu gosto. – Sorri-me.

O seu polegar toca nos meus lábios inchados e vermelhos dos seus beijos e fá-lo deslizar pela minha pele. Toca o meu pescoço, desce pelo vale dos meus seios e sinto-me a suar. Continua a fazê-lo descer, pela minha barriga, abdómen, até chegar à costura das minhas cuecas, demasiado infantis para a ocasião. Ele puxa um pouco a costura mas não me sinto capaz de o deixar fazê-lo. Agarro a sua mão antes que ele possa descer mais, a minha boca é incapaz de produzir um som e isso enfurece-me.

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