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Quando finalmente chegamos a casa do Harry são quase duas da manhã. Mal consigo sentir os meus pés e tiro os saltos que tanto me torturam, deixando-os nalgum lado, assim como o casaco que cai no chão límpido e frio.

O Harry nunca conduziu tão rápido como quando conduzia para o hospital. Via as curvas a cortar o vento e conseguia sentir o sabor do ar fresco da floresta enquanto ele acelerava cada vez mais no seu carro desportivo, mesmo que todas as janelas estivessem fechadas. A música que passava baixo na rádio parecia-me água a cair e a chuva fazia o carro deslizar na estrada, deixando-me com uma sensação de terror no peito. Eu chamava por ele baixinho, mas ele estava tão concentrado em acelerar o carro e a apertar o volante, estava mesmo chateado, mas não era comigo.

Tudo no hospital foi rápido; apesar de termos demorado umas horas, pareceram-me segundos. Fizeram-me exames e medicara-me, isso acentuou os meus sintomas desconhecidos. Para ser sincera, continuo sem uma noção certa das coisas. As cores parecem-me trocadas e os sons abafados. É difícil verbalizar, e só me apetece chorar e gritar. Sinto-me alta e meio dormente.

Enquanto me mantenho de pé perto do elevador de entrada, Harry segura um copo de whisky e bebe-o enquanto olha pela janela vendo as intensas luzes de Nova Iorque.

- Harry? – Chamo por ele, mas ele não me olha. Levo as mãos ao vestido e abro o fecho com cuidado. Tiro-o do meu corpo e deixo-o caído no chão da sala. – Harry. – Continuo a chamar por ele e aproximo-me lentamente. Passo as mãos pelo cabelo e pela cara tentando aliviar-me de uma dor que não passa. – Harry. – Coloco uma mão no seu ombro e ele vira-se finalmente para mim. O seu rosto mostra surpresa, mas vejo-o percorrer o meu corpo despido com o olhar esfomeado.

- O que se passa? – Murmura. Agarro o copo dele e tiro-o da sua mão. Levo o líquido à boca e deixo o sabor amargo tomar-me a garganta. Não sou capaz de tirar os olhos do Harry. Sinto-me a ferver e a gelar ao mesmo tempo. Aproximo-me um pouco da cara dele e sussurro:

- Fode-me.

O Harry tira-me o copo da mão e atira-o ao chão com força, o som do vidro a partir-se parecem pancadas na minha cabeça. Porra! Arfo e atiro-me para cima do seu grande corpo. Rapidamente ele reage e segura-me, puxa-me para o seu colo e enrolo as minhas pernas à sua volta apertando-me contra ele. Eu beijo-o. Beijo-o com força tentando apaziguar a minha dor de cabeça torturante.

A sua boca devora o meu pescoço, onde ele passa a língua sem piedade. Arfo alto e gemo sem qualquer vergonha. Não estou em mim definitivamente! Ele pousa o meu corpo no chão e cheia de pressa começo a desabotoar a sua camisa, mas ele acaba esse trabalho por mim quando a puxa e todos os botões da mesma saltam voando para todos os lados. Ele não quer nem saber da destruição que está a causar.

Ponho-me de joelhos à sua frente e desaperto o seu cinto muito depressa. Baixo as suas calças e ele sai delas. Toco nas suas pernas e quando olho para cima vejo-o completamente vulnerável. Eu sei exatamente o que ele quer, mas nunca o fiz.

- Por favor... – Murmura-me.

Sem pensar, baixo os seus boxers e vejo o grande membro ereto e muito perto da minha boca. Não volto a pensar no assunto e coloco o seu membro na minha boca, ouvindo um grande gemido da sua parte. Ele segura o meu cabelo apanhado num rabo-de-cavalo mal feito. Tento fazer exatamente como sempre li, como um chupa-chupa ou um gelado. A forma como ele está submisso ao meu toque deixa-me ainda mais louca. Os gemidos dele fazem fogos de artifício surgirem à nossa volta, não deixo nunca de olhar para ele enquanto faço movimentos de vaivém na minha boca.

- Foda-se Violett! – Geme alto e sinto um líquido quente na minha boca. Engole V. Engole! Engoli.

Mal tenho tempo para reagir, o meu corpo já está a ser atirado para o chão, por cima dos vidros, dos botões e da roupa. Ele coloca um joelho em cada lado do meu corpo e eu ergo-me um pouco para que ele me tire o sutiã. As suas mãos massajam os meus seios com cuidado mas firmemente, fazendo-me arfar cada vez mais alto. A sua boca suga o meu pescoço com força e aperto as minhas unhas nas suas costas, enquanto os meus olhos estão fechados e um misto de emoções e sensações me atingem. O Harry continua a beijar o meu pescoço deixando sucessivas marcas por todo ele, e nos meus seios. Quando ele toca na minha boca, seguro o seu pescoço, mas sou incapaz, pois ele segura as minhas mãos acima da minha cabeça deixando-me imóvel e desprotegida.

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