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Descalço os saltos altos e levanto-me, começo a tirar a roupa o mais rápido possível. As minhas cuecas estão secas devido à grossura da saia e agradeço a Deus por isso, seco as pernas com uma toalha antes de vestir as leggins que me ficam um pouco largas e compridas mas são confortáveis. Inspiro antes de retirar o sutiã enxercado e o pousar no carrinho para não mais molhar o sofá, seco-me com a toalha mas tenho alguma dificuldade ao secar as costas, o que me atrasa. Quando termino, visto o pulôver confortável que me fica demasiado largo mas logo aquece o meu corpo. Pego na toalha e passo-a no meu cabelo tirando o excesso de água com sucesso e penteio-o com os dedos.

Elevo o olhar até Harry que ainda está de costas, contemplo a vista, mas logo percebo que como escureceu, todo o escritório está a ser refletido no vidro da janela. O olhar de Harry está no meu através do material e agora sei que ele me viu seminua, vergonha toma conta de mim e sou incapaz de dizer algo quando ele começa a desabotoar a camisa sempre fazendo contacto visual comigo deixando-me completamente roborizada. Ele tira-a suavemente, deixa-a cair no chão e finalmente vira-se para mim fazendo-me suspirar alto com a visão encantadora. O seu tronco definido e bronzeado está coberto de tatuagens enigmáticas mas atrativas.

Harry caminha em linha reta até mim e estou inapta para sequer me mover do meu lugar. Os seus passos confiantes chegam até mim, aí ele encara a minha face meros segundos antes de rodear a minha cintura com um braço e me elevar no ar. Ele suspira antes de colar os nossos lábios num beijo ardente e cheio de ânsia e desejo que me tira rapidamente o fôlego. As minhas mãos vão involuntariamente ao cabelo, deslizo os meus dedos pelos seus cachos e puxo-os quando a sua língua fria me toca. Não evito gemer quando sinto os nossos corpos colados, causando eletricidade que passa por todas as minhas células fazendo-me arrepiar e sentir uma sensação boa no fundo da barriga. A sua mão livre move-se agarrando a minha mandibula para que não lhe escape, o seu braço direito continua ainda a agarrar-me fico surpreendida com a sua resistência e força, pois não sou propriamente leve.

- Tão... doce. - Murmura contra a minha boca quando chupa o meu lábio inferior desejoso por mais.

O som irritante de um telefone é ouvido e Harry ignora-o por uns segundos até me largar e aproximar-se da secretária para o atender. Antes disso ele olha para a rapariga atordoada e mole que deixou e esboça um leve sorriso.

- Sim? - Fala furioso por termos sido interrompidos.

- O quê? Eu disse-lhe que não queria ser interrompido. - A sua mão livre procura algo na secretária e quando acha, lê o documento. Não me consigo concentrar em nada mais para além do seu peito nu e liso com tatuagens, algo que, sem sombra de dúvidas, não esperava vindo de um homem como ele. O seu lindo cabelo já está praticamente seco embora despenteado devido aos meus puxões.

- Certo, mande-o entrar. Mas que isto não se repita. - Desliga a chamada e olha para mim, que ainda estou na mesma posição.

Ele avança até ao carrinho, agarra uma camisa branca seca para si e quando passa por mim, agarra a minha cintura e deixa um suave beijo nos lábios fazendo-me ofegar ainda confusa. Veste a camisa e avança para a porta que abre dando visão para um homem atraente de fato. Após abrir a porta, não cumprimentando o homem, avança para o seu lugar.

- Louis, juro que se voltas a fazer isso vamos ter sérios problemas. - Caminha para a sua cadeira dando-me um breve olhar sem expressão.

- Sim, sim. - Goza. - É importante, acho que vais gostar. - Anda até a uma das cadeiras em frente à secretaria. Harry olha-o expectante com o indicador a bater repetitivamente nos lábios e a cabeça apoiada na mão.

- Descobri uma coisa que te vai ajudar. Depois disto, quero que vás finalmente a um bar comigo. - Isto faz-me crer que o homem é amigo de Harry, o que é estranho, porque com a sua arrogância, não me parece que tenha muitos amigos.

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