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Harry POV

02:16 PM

- Eu vou matar aquele filho da mãe!

- Emma, tem calma, por favor.

- Onde está ele? Onde está o sacana?

Viro-me para encontrar os dois amigos da Violett, o Jace e a Emma, se não engano. Ela está furiosa e vem na minha direção, ele segura o seu braço e pede-lhe para ter calma. Suspiro para o ar e reviro os olhos por debaixo dos meus óculos de sol, olho ao relógio de pulso e vejo que não tenho tempo para as tretas desta gente. Emma chega à minha frente e tenta saltar para cima de mim, mas Jace agarra-a pela cintura e parece puxá-la, com força, para trás.

- Emma, sê racional. A V não precisa de mais problemas agora. – Diz-lhe.

- Okay! Eu vou ser racional. – Ela diz-lhe, depois vira-se para mim vermelha de raiva. – Tu és um sacana, insensível e sem escrúpulos. Mereces arder no inferno com o teu ego e egoísmo.

- Uau Emma! Que racionalidade! – Jace exaspera atrás dela.

- Conta-me algo novo? – Rio para o ar e consigo ver Jace a matar-me com o olhar.

- Vê-la o que é que dizes, ó riquinho. Porque se eu a largar, és capaz de ficar com uns arranhões.— Avisa-me e reviro os olhos.

- Certo. O que é que eu fiz agora?

- Ainda perguntas o que fizeste? Mas ainda tens a audácia de perguntar que merda fizeste? – A Emma grita. – A culpa é tua! A culpa é toda tua! Estás arruinar a vida dela, mas se não parares, eu mato-te com as minhas próprias mãos, estás a ouvir? Juro que te mato!

- Quem pensas que és para me ameaçares? – Imponho-me. – Não podes simplesmente dizer essas coisas e sair impune. Vou certificar-me de que nos encontramos no tribunal, e é bom que tenhas um bom advogado, porque-

- Ela está no hospital! – Berra e as pessoas que passam na rua olham para nós um pouco assustadas.

- O que aconteceu? – Tiro os óculos de sol, incrédulo.

- Larga-me. Jace, larga-me. – Ele larga-a e ela afasta-se de nós e anda em círculos enquanto passa as mãos pelo cabelo para se acalmar.

- Jace, o que é que se passa?

- A Violett está no hospital.

- Mas porquê?

- Há dois dias, quando tu fizeste aquele anúncio chocante e, deixa-me que te diga, cruel, ela teve uma quebra de tensão e saiu do salão quase sem sentidos, depois foi atropelada. – Levo as mãos à cara e fecho os olhos sem acreditar no que ele me diz.

- Como é que ela está?

- Está a recuperar. Felizmente não partiu nada, mas está completamente magoada por todo o lado. – O choque atinge-me como uma bala de canhão e há um misto de sentimentos dentro de mim a explodirem.

- Onde está ela? Eu quero vê-la. – Pergunto acelerado.

- Não. – A Emma coloca-se entre nós os dois com o rosto cheio de lágrimas. – Tu estás proibido de a ver. Nem te atrevas a entrar naquele hospital enquanto ela lá estiver, porque tu és o único culpado. Tem-la posto doida com a forma como a tratas. Nunca a vi tão mal, como quando ela estava contigo. Não vais voltar a aproximar-te da Violett, nem sequer vais pensar nela porque tu não a mereces. – O seu dedo toca no meu peito. - Tu és tão idiota que até me lembras ex-namorados meus; a comer uma Victoria quando podem ter uma Violett.

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