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- Okay. – Digo. – Então vou-me embora. – Levanto-me, mas ele segura o meu pulso, impedindo-me de sair. Sorrio internamente e encaro-o.

- Já que aqui estás podes ficar mais um bocado. – Assinto e sento-me outra vez ao seu lado.

Ficamos 5 minutos em silêncio enquanto ele se levanta para encher novamente o copo.

- Harry, por favor para de beber. – Peço ao ver as suas mãos a tremerem. Ele olha-me uns segundos e pousa a garrafa e o copo no tabuleiro.

- Não te queres deitar um bocado? – Pergunto e deixo o meu corpo cair para trás e embater no colchão confortável. De repente uma certa sonolência me atinge.

Uns segundos depois sinto o colchão afundar ao meu lado e vejo-o deitar-se com os braços debaixo da cabeça enquanto olha para o teto. Imito a sua posição.

- Só me deitei porque não tive escolha.

- E porque não?

- Estás a usar cuecas de renda. – Sinto-me a ferver e fecho os olhos uns segundos. Oiço um leve e doce gargalhar ao meu lado e sorrio um pouco.

Viro-me para ele para o ver já a olhar para mim atentamente, sinto um certo constrangimento dentro de mim e por isso fecho os olhos e suspiro pesadamente.

- Como está o teu namorado?

- Está bem. Não está na cidade, teve que ir à cidade dos pais.

- Hum.

- E a tua noiva?

- Não sei. Não a vejo há já uns dias. – Deito ar para fora e ele percebe a minha reação.

Ouve-se um trovão no silêncio do quarto imenso e sinto a eletricidade e o calor a aquecer-me na cama.

- Estás bem? – Pergunta.

- Sim. – Assinto. – Só não gosto de tempestades.

- Então ainda bem que estás comigo.

- Se calhar. – Olhamo-nos uns segundos e sinto a minha garganta a ficar seca.

Subitamente levanta-se e ergo-me para o ver voltar para o copo novamente. Ele enche-o e leva-o à boca com violência. Levanto-me também e caminho até perto dele. Já me tinha esquecido que sou tão baixa ao pé dele, ainda para mais, sem sapatos.

- Harry. – Seguro o copo que ele tem na mão e tiro-o da mão. Pouso-o no tabuleiro e ele encara-me profundamente. – Para com isto.

Os meus dedos esguios procuram os botões da sua camisa e, calma e lentamente, desabotoou os mesmos um a um, sempre olhando para ele da mesma forma que ele olha para mim. Quando termino, puxo a camisa para fora do corpo dele e pouso-a também em cima da mesa. As minhas mãos passam pelas suas tatuagens instintivamente fazendo os seus contornos devagar sob o seu olhar atento. Também ele segura a minha camisa e começa a desapertá-la vagarosamente. Quando a camisa cai aos meus pés, ele passa as mãos pelos meus ombros e estendo o pescoço, fecho os olhos, enquanto ele lá passa as mãos. Uma das suas mãos segura o meu rosto lateralmente e faz-me olhá-lo nos olhos vendo a imensidão verde, onde me sinto num universo alternativo. Ele aproxima a sua boca do meu rosto e os seus lábios contornam levemente toda a pele sensível do meu pescoço e depois, os meus traços faciais. Antes de tocar nos lábios, ele para, mas não abro os olhos.

- Por favor fica. – Sussurra.

- Não posso. – Murmuro de volta.

Ele rosna e leva-nos em passos suaves para trás e o meu corpo parece cair na cama em câmara lenta, os meus cabelos rodeiam-me na colcha branca e ele coloca-se em cima de mim uns segundos depois. Vários bafos quentes e toques de lábios suaves pela pele do meu corpo relaxam-me e quase consigo ignorar a tempestade lá fora. Finalmente sinto o sabor amargo da sua boca na minha e nunca a acidez me soube tão bem. Ele segura a minha cintura com uma mão e mantém a outra ao lado da minha cabeça. Passa os seus dedos pelos meus seios e arfo. Sinto-o baixar as minhas cuecas e dois dedos tocam-me, mas antes que ele possa avançar seguro a sua mão, parando-o.

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⏰ Última atualização: Apr 01, 2017 ⏰

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