Capítulo 23.

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Abro a porta de casa e tiro meus saltos,coloco em um canto e fecho a porta. A casa está toda escura e silenciosa.

Coloco as chaves em cima do móvel na sala e subo as escadas,indo para o meu quarto.

Abro a porta do quarto e vou correndo pro banheiro.

Eu estava prestes a fazer xixi nas calças.

Usei o banheiro e lavei as mãos.

Fui pro quarto e acendi a luz e tomei um susto.

- Henrique? - perguntei assustada.

Ele estava sentado na minha cama e me encarava com uma cara nada boa.

Ops.

- Boa noite Carol. - diz e olha as horas. - ou deveria dizer bom dia?

Sigo seu olhar pro relógio e vejo as horas,04:35.

- Bom dia. - respondo. - o que faz aqui essa hora? - perguntei indo pro guarda roupa.

- Você bebeu? - perguntou e se aproximou.

- Sim. - dou de ombros.

- Com quem você estava e aonde você estava?

- Qual é Henrique,vai ficar sendo ciumento extremo agora? - me viro pra ele. - eu sou de maior,eu vou pra onde eu quiser e com quem eu quiser! Aliás, obrigado pelos parabéns.

- Você sabe que eu tenho ciúmes de você e parece que gosta de me ver com ciúmes, pois fica me provocando.

Dou risada.

- Acha que eu sai pra te provocar? - reviro os olhos. - eu sai porque eu quis,não ia passar meu aniversário sozinha e em casa. - pisquei.

- Não vai me falar? - bufa.

- Não.

- Tudo bem,eu vou embora.

- Pode ir,não pedi pra vir aqui.

- Eu não pude vir cedo porque estava ocupado e quando venho você não ta. "Saiu com um colega" - diz irritado.

- Me avisasse que não poderia vir,pensa Henrique. E eu saio com quem eu quiser.

Ele tira uma caixinha do bolso e me entrega.

- O que é isso? - pergunto confusa.

- O motivo por eu estar ocupado. - sorri fraco. - eu vou embora.

Abre a porta e sai do quarto.

Olho pra porta,depois pra caixinha e abro.

Era uma aliança.

Ai que merda! Porque eu tenho que ser uma ogra?

Saio do quarto as pressas e vou até a rua. Ele ia andando pela calçada.

Ainda bem que eu não estava de salto,eu com certeza iria cair.

Corro até ele.

- Henrique! - ele não para. - ou você para ou quando eu te alcançar eu te bato. - grito.

Ele continua andando. Corro e consigo chegar até ele.

- Para. - seguro seu braço e o viro pra mim.

- O que é Carol? - bufa.

- Me desculpa. - respiro tentando recuperar o fôlego. - é que eu fiquei chateada, poxa... Meu melhor amigo não lembrou do meu dia...

- Eu lembrei,só estava ocupado.

- Me desculpa, mas você também poderia mandar mensagem né! - bato nele. - fez eu ficar irritada com isso. E eu fui pra uma balada... Com um colega.

- Que colega? - cruza os braços.

- Que eu conheci na praia. Quando a gente discutiu...

- Você é louca? Mal conhece o povo e já faz amizade?

- Ele é gay. - reviro os olhos. - eu sempre quis um amigo gay,mas apesar disso ele é legal demais.

- Mesmo assim,para de ser doidinha. Toma cuidado. - me abraça. - feliz aniversário atrasado,princesa. Me desculpa por esquecer de mandar mensagem,mas eu estava tentando comprar uma aliança que fosse bem a sua cara,pros seus pais somos namorados, mas era de mentira. Agora eu quero oficializar, porque eu gosto muito de você. - me da um beijo na testa. - quer namorar comigo?

- Só você pra fazer um pedido de namoro a quase cinco da manhã e na rua. - rimos. - eu também gosto muito de você e sim,eu quero. - abraço ele bem apertado. - vamos entrar? Ta frio e eu to com sono.

- Eu tenho que ir pra casa...

- Ta tarde,fica. - peço.

Ele assente.

Puxo ele pela mão e vamos pra casa,tranco a porta e vamos pro meu quarto.

- Vou tomar um banho,deita ai. - aponto pra cama. - se quiser se trocar,tem roupa sua no meu guarda-roupa.

- Ta bom.

Vou até meu guarda roupa,pego um blusão e um short e a lingerie e vou pro banheiro,tomo um banho e me troco. Escovo os dentes e arrumo o cabelo.

Vou pro quarto e ele esta deitado encarando o teto.

- Agora sim. - me deito e me cubro,me viro pra ele e apoio a cabeça no seu peito.

- Sua aliança. - ele diz.

Me sento na cama e ele pega a caixinha que estava em cima da cama,abre e tira a aliança.

- Obrigado amor. - dou um beijo demorado nele e estico minha mão.

Ele sorri e coloca a aliança no meu dedo.

- Promete nunca tirar?

- Prometo. - dou um selinho nele. - e a sua?

- Já está no meu dedo. - me mostra.

- Agora sim. - ele se deita e eu volto a deitar a cabeça em seu peito.

Ele me da um beijo no meu cabelo e eu fecho os olhos.

Logo caindo em um sono profundo.











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