Capítulo 02

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- Você não faz nada,Carol! Só vive nesse celular, acorda pra vida! Vai fazer algo de útil.

- Respirar já é algo de útil. - revirei os olhos. - só to pedindo pra sair mãe, nada demais.

- Pra uma festa,a essa hora?! - me encarou. - pretende voltar que horas?

- Não vou demorar. No maximo uma hora.

- Pode ir. Mas se você voltar mais tarde que isso. Eu vou até lá.

- Sério? - sorrio animada.

- Sim,vai logo antes que eu mude de ideia.

Dou um abraço nela e corro pro meu quarto, me arrumar. Hoje tinha uma festa. No meio da semana? Sim. Mas não importa agora.

Tomei um banho,coloquei um vestido branco com detalhes preto um pouco colado,que ia até metade da coxa. Coloquei o salto, não muito alto. Comecei a me maquiar e arrumei o cabelo fazendo cachos na ponta. Estava pronta.

Olhei as horas, 22:30.

Pensei em levar meu celular. Mas era melhor deixar... Não queria levar nada.

Me despedi da minha mãe e fui até a festa,era aqui perto.
Assim que virei na rua onde ocorria a festa ouvi o som alto tocando e as pessoas na frente.

Passei direto por elas e fui direto pra dentro da casa.

- Uma bebida? - me entregaram sem ao menos me deixar responder.

Dei um gole e fiz careta,isso era forte.

Aqui estava escuro,como iria conhecer alguém?

Terminei de beber e depois fui até o barzinho que tinha ali e peguei mais uma,depois mais uma e mais uma, quando vi já estava na pista,dançando até o chão.

- Não deveria dançar tão provocadora. - alguém chegou atrás de mim,senti um volume. Sério isso? Não parecia ser pequeno... Haha.

- Não estou dançando provocadora. - a voz dele não me era desconhecida,mas não queria virar agora,queria provocar.

- Tem certeza? Você rebolando me deixou louco. - dei risada e me encostei mais nele,pressionando minha bunda no seu volume. Que calor...

- Oh caralho. - falou rouco. - não faz isso comigo garota.

- O que? - comecei a dançar de volta,rebolando devagar enquanto a mão dele pressionava minha cintura.

- Você está me provocando. - beijou meu pescoço. - sabe o que eu faço quando me provocam.

- Não. - dei risada.

Ele não me deixou fazer mais nada,só me virou e me beijou,não consegui nem ver quem era.

Ele colocou uma mão na minha bunda e a outra na minha cintura,passei meus braços por volta do seu pescoço e chupei seus lábios. Ele sorriu entre o beijo e eu gemi quando ele apertou minha bunda novamente. Eu estava louca? Fazendo isso em uma festa?

Me afastei do garoto e quando olhei pro mesmo,não acreditei.

- Henrique?! - o encarei assustada.

- Carol?! - me olhou assustado.

Porra! Eu estava pegando o meu amigo e nem percebi? Caralho que merda eu fiz?!

- Oh meu deus,me desculpa. Eu não sabia que era vo..você. - gaguejou.

- Cacete! - virei de costas e passei a mão no rosto,me esquecendo da maquiagem. - Merda! Merda! Merda!

- Carol... - ele chamou e eu o ignorei.

Que vergonha,eu estava agindo igual uma quenga e ainda com meu amigo.

- Carol,olha... A gente não se reconheceu... - ele se aproximou. - você estava de costas e eu nem achei que fosse você...

- Sim,mas isso é... Constrangedor.
- Relaxa. Acontece... - deu de ombros.

Eu abaixei meu olhar e vi o volume nele.

- E-eu... Ai meu deus! - tampei o rosto.

- O que foi? - perguntou - oh merda. Eu já volto.

Tirei a mão do rosto e olhei ele correndo pelas pessoas...

- Não acredito nisso. - murmurei.

Fui até algum sofá e me sentei.

- Oi gostosa. - um cara se aproximou. E eu o encarei com nojo,que bafo de álcool.

- Sai.

- Hum,a garota é metida... - se aproximou mais. - odeio patricinhas, mas isso não importa quando eu quero foder.

Dei um tapa na sua cara e me levantei.

- Você é ridículo. - dei as costas e comecei a andar,indo até algum corredor.

- Volta aqui docinho.

Segurou meu braço e me empurrou na parede.

- Me solta. - o empurrei. - sai daqui seu idiota.

- Fica calma,é só sexo.

- Vai se ferrar. - bati nele e ele segurou meus pulsos.

- Sai de perto dela. - olhei pro lado e vi o Henrique arrumando as calças, se esse cara não tivesse aqui eu estaria rindo.

- Cheguei primeiro cara,procura outra puta.

Ele se aproximou do cara e o empurrou no chão, dando um soco na cara dele e  ele se manteve no chão de tão bêbado que estava.

- Vem. - me puxou pela mão e entrou em um dos quartos daquela casa.

Trancou a porta e eu me sentei na cama, respirando fundo.

- Obrigado. - falei sem encara-lo.

- De nada.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

- Me desculpa de verdade. Eu não sabia que era você. - ele falou.

- Está tudo bem,esquece isso.

- Vai ser impossível. - ele sussurrou mas eu consegui ouvir. Fingi que não ouvi e encarei minhas unhas.

- Porque estamos mentindo?

- Como? - perguntei confusa.

- Digo,a gente não se reconheceu. Mas gostamos do que aconteceu ... Porque esquecer isso ou fingir que não aconteceu nada.

- Eu achei que você tivesse achado estranho, ou algo do tipo. - respondi baixo.

- Somos amigos. - riu. - não tem problema... Aliás, você é bonita e beija bem. Eu gostei disso.

Minhas bochechas devem ter ficado vermelhas,olhei pro chão.

- Você também.

- E eu queria que isso repetisse. - falou próximo a mim.

O encarei e ele estava com um sorriso malicioso no rosto.

- Henrique... - murmurei.

- A gente gostou,não tem nada demais. - parou na minha frente.

Dei de ombros.

- Posso? - perguntou e eu assenti.

Ele juntou nossos lábios e iniciou um beijo lento,foi me empurrando devagar e quando percebi estava deitada na cama e ele em cima de mim.






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