Capítulo 26.

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- De lingeries. - repito e tomo meu sorvete.

- Quem esse cara pensa que é? - diz irritado. - ele te conhece a uns dois dias e já te chama pra tirar fotos de lingeries! Onde ele trabalha? Eu vou lá agora. - se levanta e eu bufo irritada e seguro seu braço o fazendo sentar de novo.

Lá vem ele com seus shows públicos.

- Aquieta o cu na cadeira. - digo entre dentes. - não interessa quanto tempo eu o conheço. É um trabalho.

- De lingeries, ainda não caiu sua ficha?! Desde quando você é modelo?

- Precisa ser pra tirar fotos de lingeries? O foco ali é as lingeries da tal loja!

- Não,meu amor. Se você fosse tirar as fotos o foco ali seria outro pros homens. Você não vai.

- Eu não preciso da sua autorização. O corpo é meu.

- Mas eu não vou deixar você se expor assim,só eu posso ver seu corpo.

- Pois fique sabendo,que você não foi o único a ver meu corpo. - me levanto.

Ele se levanta também e fica na minha frente me impedindo de passar.

- Não sou o único que vi,mas vou ser o único que vai ver daqui pra frente. Você não vai tirar essas fotos. - diz entre dentes e eu o encaro com um sorriso no rosto.

- É o que vamos ver. - empurro ele devagar. - só não tenha um infarto quando ver as fotos,amor. - digo sínica e dou um selinho nele e saio andando.

- Carol,volta aqui. - fala com a voz mais rouca do que já é.

Ele estava bem irritado.

Sorte dele que na parte que estávamos estava vazia.

- Qual cor fica melhor no meu corpo amor? Azul? - pergunto pra provocar e ele trava a mandibula e me olha com os olhos em chamas.

- Carol,não me provoca. - pega as coisas e vem até mim. - conversamos em casa.

Passa por mim e vai pagar as contas lá em baixo. Vou direto para o carro,esperando ele encostada no mesmo.

Logo ele sai do restaurante com a cara fechada.

Alguém está irritadinho.

- Entra no carro. - destrava.

- Mandão. - resmungo e entro.

Ele entra e coloca o cinto e sai com o carro em alta velocidade.

Coloco meu cinto e digo.

- Se você quer morrer,se mata sozinho. Porque eu tenho muitas fotos de lingerie pra tirar. - observo-o e ele aperta as mãos no volante e diminui a velocidade.

- Carol,para de provocar. Depois que eu explodir não adianta reclamar.

- Pode explodir,amor. O que você fizer não irá mudar nada sobre minha resposta. - digo encarando minhas unhas.

- Você que acha... - murmura e fica calado durante o caminho.

Ele estaciona na frente da minha casa e eu desço. Abro o portão de casa e entro,ele vem logo atrás.

Suspiro já me preparando pro que vou ouvir.

- Liga pra esse tal de Angelo e diz que não vai fazer essas fotos.

- Vou ligar. Mas não para cancelar.

- Carol! Por favor,entenda o que eu quero dizer. Você vai estar se expondo!

- Não tem problema. O corpo é meu!

- E eu sou seu namorado e não quero que você faça isso.

- Você não tem querer. Não é nada demais,é só umas fotos pra uma loja,nem deve ser conhecida assim.

- Dane-se! Porra Carol. Não faz isso!

- Sinto muito. - vou em direção as escadas e ele me puxa pela mão colando nossos corpos.

- Amor,por favor. Eu não quero que você tire essas fotos,se for com roupa tudo bem... Mas sem... Por favor,não. - implora.

- Amor,vamos esquecer isso? Eu já disse que não vou mudar de opinião.

- Carol,por favor... Você não sabe como eu vou ficar irritado quando vê as porras das fotos!

Dou de ombros e ele respira fundo.

- Se você tirar essas fotos. - suspira. - eu vou ficar muito irado e se eu ouvir uma gracinha, eu quebro a cara de quem falou.

- Para de drama. - reviro os olhos. - eu não sou tudo isso e são só algumas fotos,pra uma marca que nem deve ser famosa.

- Tanto faz,não vai mudar minha opinião sobre isso. Eu vou embora porque não estou afim de discutir mais do que já discutimos.

- Henrique. - murmuro. - eu nem dei a resposta,para com isso. Vai embora porque a gente teve uma discussão boba?

Ele ri sem humor.

- Não deu a resposta,mas sei que vai dar... Eu estou de cabeça quente,se eu ficar aqui eu vou fazer uma loucura. - me olha nos olhos.

- Tudo bem. Vai lá. - dou de ombros e ele vem até mim e me da um beijo na testa. - quando vou dar um beijo nele,ele se afasta e diz. - a gente se vê amanhã. - e sai sem me deixar falar nada.

Ele vai embora,nem me beija e só vamos nos ver amanhã? - pego a almofada e jogo na porta que está fechada. Pego outra e coloco no rosto abafando meu grito.

Maldito!

Pego meu celular e ligo pro Angelo.

- Olá minha deusa,pensou?

- Sim.

- E ai?

- Eu aceito.









Namoro de Mentira.Onde histórias criam vida. Descubra agora