Namoro de Mentira.

Capítulo 38.

- Desliga esse celular. - ele diz quando o celular toca de novo.

- Cala boca.

Ele ri e pega meu celular,atendendo.

- Henrique! Devolve!

- Fala Cauê? ... Não,ela não vai. Sim...falow.

Desliga e me devolve.

- O que ele disse?

- Se você ia com eles,eu disse que não, perguntou se a gente voltou e eu disse que sim.

- A gente não voltou. - dei um tapa nele.

- Se isso não é voltar. - apontou pro nossos corpos suado e nú na cama e sorriu malicioso. - eu não sei o que é...

- Apenas sexo. - sorrio,mas meu sorriso se desfaz ao lembrar o que ele disse no começo.

"Vou devagar para não machucar o nosso bebê..."

- Como você soube? Quem te falou? - puxei o lençol me cobrindo e me sentando na cama.

- O quê?

- Da gravidez?

- Eu. - respirou fundo. - ouvi atrás da porta.

- Da porta?

- Você conversava com o Angelo,ele gritou e eu corri até a porta achando que era você. Foi ai que eu ouvi.

O encarei chocada.

- Você sabia esse tempo todo e se afastou? - me levanto. - você não se importou,volta agora e acha que ta tudo bem?! - digo já com lagrimas nos olhos.

- Eu precisava pensar. Eu sou muito novo,não entrava a ideia de ter um filho. - respira. - me perdoa por ter te evitado,por não ter te acompanhado de perto sua ida ao médico. Eu acompanhava de longe,observando você entrar e sair.

- Você me deixou sozinha,não me deu uma explicação e quer que tudo aja normal agora?

- Você também não ia me contar. Porque quando fui na sua casa pedir um tempo eu já sabia e o que você fez? Me contou? Não. Pediu um tempo. Então não pode reclamar muitos se os dois estão errados.

- Não contei por medo da sua reação, eu já sabia que isso ia acontecer, o que adiantaria se eu contasse naquela hora? Você ia ser covarde do mesmo jeito. Eu devia deixar você longe do meu filho.

- Nosso filho! - levanta irritado. - você não tem o direito. Eu me afastei por um tempo pra me acostumar com a ideia,antes que fizesse besteira. Queria o que? Que eu pedisse pra abortar? Eu preferia dar um tempo e pensar do que pedir isso.

- Mesmo se pedisse,não abortaria. - limpo as lagrimas. - é fruto do nosso amor. Você poderia ter sido menos covarde.

- Assim como você também,poderia ter me contado. - começa a vestir sua roupa. - me perdoa por ficar longe,mas agora eu aceito saber que você vai ter um filho meu. Por mais novos a gente seja,esse é o melhor presente que você poderia me dar. - se aproxima e coloca uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. - eu te amo,eu sempre te amei.

Suspiro e olho em seus olhos.

- Promete que não vai se afastar mais? Eu tive medo de te perder e olha ai... Te perdi por quase dois meses. Não quero ficar afastada de novo.

- Eu prometo. Eu não vou me afastar. Vou cuidar de você e desse bebê que cresce aqui dentro. - pousa a mão na minha barriga. - do jeito que devia ter feito quando soube. Ter cuidado de vocês... Eu fui um covarde. - beija minha testa.

- Foi mesmo. - sorrio fraco. - você se machucou?

- Não,está tudo bem.

- Meus pais vão querer conversar com você. Vacilou feio. - sorrio.

- Faço tudo por você. - pisca e beija meus lábios. - vamos assistir um filme agarradinhos? - sorri.

- Vamos. Aqui ou na sala?

- Pode ser aqui... - olha as horas no celular.

Tiro o lençol da cama e vou tomar um banho.

- Tem espaço pra mais um? - Henrique entra no banheiro.

- Sim. - me viro de costas. - já lava meu cabelo,estava com saudades.

Ele passa shampoo e começa a esfregar.

Ai que bom.

°°°

Deito na cama e apoio a cabeça no seu peito. Ele me cobre e a gente começa a assistir um filme de comédia romântica.

Como é bom estar de volta com ele... Eu só espero não sair magoada de novo.

Sem revisão.