Capítulo 35.

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- Tenho medo do que o Henrique vai achar. - digo encarando minhas mãos que estavam em cima das minhas coxas.

- Não se preocupe. Ele te ama,você mesmo disse. Ele vai aceitar. Você não pode demorar a contar pra ele...

- Eu to com medo. Ontem mesmo a gente estava aqui sentandos assistindo televisão, ai passava um canal falando sobre bebês. - encaro ele. - ele me disse que era fofo mas que não sabia se queria um agora... Isso me destruiu Angel.

Ele me abraça.

- Calma! Ele vai ficar do seu lado,te apoiar. Ele é seu namorado e esse filho também é tão dele como seu. Você não fez sozinha. E olha... Você tem eu e sua família do seu lado. Se ele fazer algo errado,eu quebro a cara dele por você... Mas não pense nisso. Tá? Se preocupa em fazer seu pré-natal. Não conversa com ele sob pressão,quando se sentir a vontade você diz. Mas não demore. Ele é o pai do seu bebê.

- Ta bom. - me afasto dele. - obrigado Angel. É bom saber que posso contar com você.

- Claro que pode.  Somos amigos agora e sou padrinho desse borrão ai. - sorri e beija minha barriga por cima da blusa. - limpa esse rosto. Ok?! A pessoa que pisa nas inimigas é quem? É você. - sorrio.

- Obrigado.

- De nada. - sorri. - eu tenho que ir pra casa agora... - olha as horas. - qualquer coisa me liga,ta bom? - Angel diz e me abraça. - se cuida,me mantenha informado de tudo. Pode contar comigo. Okay?

- Ta bom. Juízo.

- Ah querida,com os boy eu perco. - morde o lábio e eu dou risada.

Levo ele até a porta e ele se despede e vai...

Olho a rua e está vazia. Fecho a porta e me jogo no sofá.

O que eu vou fazer agora?

Domingo é sempre entediado.

Pego meu celular e mando mensagem pro Henrique.

"Henri?"

Desligo a televisão e arrumo a sala e vou pro meu quarto. Pego meu notebook e pesquiso sobre pré-natal e outras coisas.

Meu celular,que estava ao meu lado,vibra e eu pego rapidamente mas me decepciono ao ver que é notificação do twitter e não a mensagem do Henrique.

Respiro fundo e volto a ler.

Passa-se alguns minutos e nada. Merda,ele não vai me responder?
Ligo pra sua e sua mãe atende.

- Alô?

- Oi minha filha.

- Oi sogrinha. - sorrio ao dizer isso. -  o Henrique está ai?

- Ele falou que ia ai...

- Ah. Ele não veio.

- Deve ter parado em algum lugar... Liga no celular dele.

- Eu mandei mensagem,mas ele não respondeu. Vou tentar ligar. Quando ele chegar ai me liga avisando?

- Tudo bem,beijos querida.

- Beijos.

Desligo o celular e fico encarando o mesmo.

Onde será que ele estava?

Henrique POVS ON.

Cá estou eu,em um bar,sentado em um banco,de frente a um balcão e enchendo a cara logo cedo.

Porque? Porque eu descobri que a minha namorada está grávida.

Porque sou tão covarde? Porque eu não entrei naquela sala e conversei com ela. Porque eu não fiquei feliz? Porque a gente não se cuidou?

Porque?

Era tantos "porque" que só me irritava e eu pedia mais bebida.

Eu não deveria estar aqui,eu deveria estar com ela. Apoiando ela. Aliás, eu sou o pai dessa criança.

Eu sou o pai dessa criança? E se for de outro...

Não... Ela não seria louca.

Suspiro irritado e peço outra bebida.

- Covarde. - bato minha cabeça no balcão.

- Sua bebida. - levanto a cabeça e um homem estende o copo.

Pego e tomo tudo de uma vez.

Tiro o dinheiro da carteira e pago o homem. Saio daquele bar e entro no carro. Encosto a cabeça no volante e respiro fundo.

- Me desculpa,Carol. - sinto lágrimas caindo pelo meu rosto. - me desculpa por te decepcionar.

Ligo o carro e vou pra minha casa.

Não demoro muito e chego,abro a porta de casa e minha mãe aparece.

- Onde estava filho?

- Ali. - dou de ombros.

- A Carol ligou...

- Se ela ligar diz que não estou.

- Aconteceu algo? - pergunta preocupada.

- Aconteceu. Mas não quero falar disso agora. - saio andando pro meu quarto,mas paro quando ela fala.

- Onde você vai?

- Tomar um banho e dar uma saída. Ela vai querer vir aqui e eu não quero conversar com ela por enquanto.

- Filho! Ela é sua namorada.

- Eu sei! E-Eu só estou querendo um pouco de paz. Não espere por mim hoje.

- Amanhã você tem aula! - ela diz irritada. - onde você vai?

- Sair mãe. Eu não vou amanhã.

Ela respira fundo e se aproxima.

- Filho. Não faz nada de errado,não traía ela.

- Eu não vou.

Sem revisão.


Namoro de Mentira.Onde histórias criam vida. Descubra agora