Capítulo 43.

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Lembrando, que é uma história fictícia.

Abro os olhos e logo fecho.

Maldita luz.

Passo a mão na minha barriga e sorrio.

Volto a abrir os olhos e percebo que estou no hospital.

- Que saco. - tento sentar e sinto dores.

A porta se abre e meu obstetra aparece,sorrindo fraco.

- Olá Carol.

- Olá Alberto.

- Como está se sentindo?

- Dolorida. Não posso se mexer que dói tudo.

- Não faça esforço. Você está com aquelas dores de novo,já demos o medicamento e agora você precisa tomar esse comprimido. - me da um copo com água e um comprimido. - eu preciso te informar que... Suas chances de perder o bebê agora são alta... Você vai precisar ficar internada por enquanto,para podermos avaliar você e dar os remédios no horário certo,assim pode diminuir as chances,pouco,mas pode. Vamos fazer um exame daqui a pouco para saber se está tudo bem com o bebê.

- Tudo bem. - tomo o comprimido. - eu estou preocupada. Não posso perder meu filho.

- Você não vai. Eu já disse que vou fazer o possível para dar tudo certo.

- Obrigado. - ele se aproxima e me abraça.

- Não se preocupe.

- ME SOLTEM! A MINHA MULHER ESTÁ AQUI,EU QUERO VÊ-LA! - olho em direção a porta. Era o Henrique gritando?

Alguém abre a porta e o Alberto se afasta.

- O que está acontecendo aqui?

- Nada demais. - respondo.

- Nada demais? - ri nervoso e encara o Alberto. - você estava se aproveitando dela! - Henrique diz irritado e se aproxima do Alberto.

Merda!

- Henrique! Foi só um abraço, não seja ciumento logo agora.

- Ele estava se aproveitando de você? Não enxerga que ele se joga pra cima de você?

- Henrique! Para de gritar. Estamos em um hospital!

- Ela não pode ficar nervosa,não se altere Henrique. - Alberto diz.

- Não se alterar? - ri debochado e empurra o Alberto que tentava tira-lo do quarto.

- A paciente não pode passar mal,ela precisa ficar internada. O senhor,por favor,poderia se retirar do quarto?

- Eu não vou sair do lado dela!

Ai meu deus!

As dores estão pior.

Por favor,Deus. Não deixe nada de ruim acontecer comigo.

- Henrique! Por favor,sai. - digo entre lágrimas.

- Por que está chorando?

- Só sai!

- Senhor,por favor. Se retire. Ela está passando mal. - Alberto me olha preocupado.

- Não vou sair. Ela está passando mal?!

- Senhor. - Alberto repreende ele.

Merda!

- Alberto. Ta doendo! - grito.

- Não faça esforço! - diz. - chame os outros médicos, rápido! - diz pro Henrique e ele sai.

- Calma Carol. Se encoste aqui. Onde dói? - passo a mão na barriga e grito novamente.

A dor era insuportável.

- Não deixe meu bebê morrer. - digo entre lágrimas.

- Não vou deixar. Eu prometo.

Sinto um liquido escorrer pela minhas pernas e eu olho pras mesmas. É sangue.

- Sangue. Ta saindo sangue!

- O que está acontecendo? - ouço vozes mas não vejo mais nada.

- Carol! Carol!

Eu apago.

Henrique POVS ON

Não me deixaram entrar no quarto. Eu estava aflito. O que estava acontecendo?

Eu quero o meu filho bem.
Eu quero a minha namorada bem.

Que nada de ruim aconteça com eles. Por favor.

Ando de um lado para o outro,desesperado.

Passa um tempo e vejo o tal Alberto vir em minha direção com uma cara nada boa.

- Cadê minha namorada? Ela ta bem? O meu filho?

- Calma. Não acha melhor se sentar?

- Eu não quero me sentar! O que aconteceu...

- Fizemos tudo que foi possível,mas... Ela teve um aborto.

- O QUÊ?! - pergunto assustado.

Meu filho! Eu perdi meu filho!

- Henrique, se acalme.

- MEU FILHO! EU QUERO O MEU FILHO! - chuto a cadeira e derrubo o balde de lixo.

- Henrique...

- EU SOU UM MONSTRO,EU MATEI MEU FILHO! ISSO É CULPA MINHA. - grito aos prantos.

Eu quero morrer,eu quem deveria ter morrido.

Porquê? Porquê?

- Segurem ele! - vejo médicos me segurando e eu tento me soltar.

- ME SOLTEM! EU QUERO MEU FILHO!

sinto uma dor no braço e sou arrastado.

- Você está sedado. Se acalme.

- Meu...filho. - digo antes de apagar.

Sem revisão.

Até a próxima :x

Namoro de Mentira.Onde histórias criam vida. Descubra agora