Alguém me espera na porta, fico surpresa quando vejo que esta pessoa é o meu grande amigo velho barbudo tagarela! Ele se aproxima de mim e se apresenta, dizendo que seu nome é John.
John me leva até meu quarto, e me orienta para tomar banho e descansar antes de almoçarmos.
Drake entra no quarto, senta numa cadeira que tinha lá e fica a me encarar, até que me pergunta - já atirou de arco e flecha?- - algumas vezes, por que? - como assim? Arco e flecha? Eu vou ter que voltar a atirar? Por que? Na verdade, eu já atirei algumas vezes quando era pequena, eu ia com meu pai é um amigo dele, sempre tive boa pontaria, até que um dia meu pai descobriu que minha mãe estava grávida, e o filho não era dele, e sim do seu amigo, então meu pai matou esse amigo e depois se matou. Eu não vi nada, mas minha mãe viu. Ela nunca mais me deixou atirar.
Tempos depois, ela já tinha perdido o bebê, e havia se casado com outro homem, eu tinha 12 anos. Nunca irei esquecer isso, sentia saudades de meu pai,apesar de nunca te-lo perdoado, e do amigo dele. Mas agora sinto nojo dos dois.
- Você está bem? - Drake me faz voltar ao mundo real, percebo que lágrimas escorrem no meu rosto, tento disfarçar - sim- respondo-o e entro no banheiro.
Acabo de tomar banho e fico olhando meu reflexo no espelho do banheiro, de um jeito, gosto do que vejo, não dizendo do meu rosto, mas do meu corpo, uma silhueta ampulheta, isso é resultado de uma menina que viveu a infância atirando de arco e flecha e correndo pela floresta. Sinto falta daquilo. Sinto falta de ser livre.
Já passado um tempo, decido me vestir.
Acabo de jantar e sou apresentada a várias pessoas dentro do castelo, até que finalmente vou para meu quarto fecho a porta, me jogo na cama e fecho os olhos. Um segundo depois, sou despertada por um alguém que por algum motivo se encontrava no MEU quarto. Pela risada, sei que é meu novo guarda costas gostoso. - Drake - digo, enquanto ele deita na minha ( sem malícia, ele só deitou lá num canto da cama ) - Que merda você está fazendo aqui? - digo acendendo a luz, que até então estava apagada - Achei que gostasse da minha presença -ele diz, olho para ele, é só agora noto que Drake está sem camisa, sim, ele é gostoso, tipo, muito gostoso, desvio meu olhar que até então estava encarando seu peitoral e sua barriga perfeita, e fico olhando fixamente para seus olhos, com certeza meu rosto estava corado, não respondo, ele se aproxima de mim, colocando sua mão em volta do meu pescoço e me beija, ele me puxa mais para perto dele, até ficarmos colados.
Eu não conseguia parar de beija-lo, meu corpo fazia movimentos involuntários, e só fui me dar conta do que havia acontecido quando estávamos ambos nus, deitados na mesma cama, sim, tínhamos transado, nem faz dois dias que estou aqui e já transei com o cara que, aparentemente é meu segurança particular, Drake me tira de meus pensamentos profundos sobre a grande probabilidade de eu ser puta ( mentira gente, juro que sou um anjo), me perguntando porque eu comecei a chorar quando ele me perguntou sobre o arco e flecha, eu lhe contei a história ( minha mãe traiu meu pai, será que " ser puta" é hereditário ? ) dai aconteceu todo aquele negocio dele ficar dizendo " meus pêsames " e que sente muito e tudo mais, uma coisa que realmente não gosto, pois não tenho orgulho de ser filha de um suicida assassino que meu pai era, mas é claro que não digo isso a ele, apenas o agradeço e o abraço, esperando cair no sono.
Acordo, Drake está deitado ao meu lado - Acordou, aleluia! Temos que ir, hoje você começa suas aulas-
- aulas? - pergunto a ele, que tipo de aulas? Eu não vou morrer? Pra que preciso de aulas ?
- sim, aulas, você precisa representar alguma deusa nas suas oferendas, ouvi John falando que você representaria Atena, pois aparenta ser muito inteligente. - Aceno com a cabeça, e vou me aprontar para essas aulas, saio do banheiro, estou pronta para ir, Drake, que já está vestido, me dá um selinho, e vamos os dois para um tipo de campo aberto, onde tem um arco e flecha, e, claro algumas flechas, guardadas numa aljava feita de couro. Ao lado, vejo um homem, depois de me cumprimentar ele me pergunta se sou boa no arco e flecha, afirmo, ele parece ficar aliviado, acho que não estava afim de ensinar ninguém a atirar.Começo a atirar em alguns alvos, no começo, sinto um pouco de desconforto e dificuldade, mas com o passar do tempo, já vou pegando o jeito de novo, tempo em tempo Drake me dá um apoio moral, e o homem me elogiava ( Drake queria enforcar o homenzinho quando ele me elogiava), que como não havia dito antes, era muito baixinho e me chamava de Atena, mesmo eu insistindo que meu nome era Katherine.
Já era noite, minhas aulas já haviam acabado a um tempo, eu e Drake estávamos conversando, nessa noite eu descobri que daqui a uma semana eu iria num tipo de festa da cidade inteira, eu representaria Atena e ficaria numa praça da cidade conversando com as pessoas mais importantes que moravam em Atenas, segundo John, era um evento muito importante e eu teria de me comportar bem, mas esse evento é só daqui a algumas semanas. Teria tempo para relaxar e ficar com Drake.
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A Quase Sacrificada
Teen FictionOlá, meu nome é Katherine Gryden, tenho 16 anos e moro na Grécia. Eu era uma adolescente comum, até ser escolhida para... Morrer. Muita coisa muda nesse um ano da minha vida, quando sou selecionada para servir de oferenda aos meus "queridos" deuses...