Cap. 10

68 8 0
                                    

Quando acordei, Drake não estava no meu quarto, então decidi tomar um banho, com a esperança de tirar essa cara de sono.

Saindo do banheiro, vejo Drake deitado na minha cama, que magicamente, foi arrumada.

- Oi - digo, esperando que ele responda onde estava, primeiro ele me beija, depois diz oi, e caminha de volta a minha cama, mas eu seguro seu braço - Drake? Não vai me dizer onde estava? - pergunto, ele me olha, depois de um tempo, responde - Eu saí, queria andar um pouco por aí. - que merda de resposta ein? Ignoro esse pensamento, e sento ao seu lado na cama, ele suspira, logo depois diz

- Sobre ontem, Kat, Meredith era minha irmã mais velha, ela foi escolhida no mesmo ano que eu comecei a fazer parte de tudo isso, lembra quando eu te falei que matar é fácil? Então, fica muito mais fácil matar garotas desconhecidas sendo que sua primeira " vítima " foi sua própria irmã. Acho que foi por isso que me apaixonei por você, as duas são muito parecidas, quando eu te vejo, Meredith é a primeira pessoa que me passa pela mente, a personalidade de vocês é como se fosse a mesma,
e... Você adoraria te-la conhecido. - tento imaginar a dor que Drake sentira quando teve que matar a própria irmã... Vejo que ele se levanta e pega a caixa de madeira dela.
- Meredith... - digo, me referindo ao "s", que provavelmente era seu sobrenome. - Sullivan - responde Drake, acho que nunca tinha perguntado sobre seu sobrenome, e acabei o descobrindo por causa de sua irmã, que agora está morta.

- Kat - ele diz, com um colar na mão, e sua faca na outra - Quero que você fique com isso - diz ele, se referindo a faca e o colar da irmã, eu concordo, ele me dá a faca, e eu levanto meu cabelo para Drake por o colar.

Já está anoitecendo quando decidimos ir até o jardim, Drake me explicou que naquele jardim havia uma planta para cada Deus, e a árvore em que eu achei a caixa de Meredith era a árvore de Atenas.

Ficamos ali ao lado das flores, conversando, estava muito agradável, digo, agora deveria ser umas 7 horas da noite, estava num clima fresco e a nossa conversa estava agradável, até que escutamos uns chiados, parecia ser uma ave, comecei a ficar preocupada, já Drake começou a rir, esticou o braço e assobiou, a ave, que depois descobri ser uma linda coruja preta, pousou em seu braço e ele começou a acaricia-la, eu, olhava-os sem entender nada.

- Um dia eu estava aqui com Meredith, e vimos um filhote de coruja caído do ninho, a ao lado, duas corujas adultas mortas, então começamos a cuidar do filhote, e ele acabou se acostumando com a gente como seus próprios "pais" dai batizamos a coruja de Revy - eu olho para Drake sorrindo, que bonitinho, meu namorado tem uma coruja de estimação.

Ele se aproxima de mim e pede para eu esticar o braço, respeito, a coruja demora um pouco, mas logo sobe em mim, com um pouco receio, tento chegar minha outra mão perto para acariciar a coruja, me surpreendo por ela não tentar me bicar até quando eu faço carinho nela, viro para Drake, que assim como eu, sorri - Achei queria fosse me bicar ou coisa assim..-
Digo, e encosto minha cabeça em seu peito, ainda acariciando Revy, Drake faz o mesmo na cabeça do animal - Foi bem difícil de doma-la, levamos um bom tempo para ela se tornar mansa assim - responde-me ele.

Fomos embora do jardim umas 9 horas, Drake dissera que a coruja morava ali, e veríamos ela todos os dias.

~~~
Eu e Drake estávamos fugindo, não da mansão, mas sim, fugindo da Grécia, Meredith estava conosco, Ace também, estávamos todos juntos, fugindo desse inferno que chamo de lar, mas algo terrível aconteceu, estávamos num barco, numa noite de tempestade forte, e uma grande onda começou a se aproximar, meu mundo ficou em câmera lenta, ela se aproximava, cada vez mais perto, mais perto, até que ela chega no barco, de repente começa a ficar mais rápido, não sei onde está ninguém, não acho a superfície, não consigo respirar, mas escuto Drake me chamando, mas estou em baixo da água, como ele pode estar me chamando? Como eu o escuto? Ele continua a me chamar, mas a correnteza me puxa para uma pedra, bato minha cabeça nela, mas não sinto dor, a água ao meu redor está vermelha, eu estou sonhando, sei disso, mas não consigo acordar, quero gritar, eu ainda estou sangrando, começo a gritar, isso é perturbador, não gosto, quero acordar, me deixe acordar, não, não, isso é ruim, sangue, ruim, quero respirar, "Katherine " ouço, está bem distante, mas ainda ouço, ainda grito, me deixe abrir os olhos, quero acordar, " Katherine!!" Dessa vez foi mais alto, não consigo mais gritar.

Abro meu olhos, estou suando, minha respiração, acelerada, Drake está ajoelhado ao meu lado, me perguntando o que houve, segundo ele, eu estava gritando e me debatendo, conto para ele sobre meu pesadelo.

Estou melhor agora. Aquilo foi só um sonho ruim. Aquilo tudo não passou de um sonho ruim.

A Quase SacrificadaOnde histórias criam vida. Descubra agora