Capítulo 28-" Ele estava com raiva de mim, e eu só queria chorar."

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Seu olhar topázio era cheio de amargura, cinismo e desprezo e eu sabia que ele nunca iria me perdoar.
- Tudo bem, não vou culpá-los por um erro seu e por tê-los envolvido nessa bola de neve de mentiras - falou e senti meus olhos arderem.
- Sei que está magoado...
- Magoado? Não estou magoado, estou com raiva - respondeu e tive que piscar várias vezes para não chorar ali. Naquele momento, uma mulher visivelmente fingiu tropeçar e caiu diretamente em Arthur, que a segurou antes que ela estatelasse no chão.
- Oh, eu sinto muito - falou com uma voz melosa e fingida - eu tropecei no pé da cadeira.
- Está tudo bem? - Arthur perguntou, proporcionando-lhe um sorriso genuíno e seu charme inato.
- Acho que machuquei o tornozelo. Se importa se ele me ajudar a caminhar até o carro? - ela perguntou para mim com ar de inocência. Eu não me importaria era de dar um murro em sua cara deslavada.
- Ela não vai se importar - o homem perto de mim disse.
- Oh, não é sua namorada? - ela perguntou.
- Não - Arthur respondeu, me encarando; ele a ajudou a levantar e me encarou - até logo - e com isso ele partiu. Entretanto, segundos depois ele voltou e uma pontada de esperança floresceu, talvez ele apenas a acompanhou até o carro.
- Esqueci meu celular - ele pegou o aparelho sobre a mesa, sem se dignar a me encarar.
- Arthur, não - murmurei, segurando seu pulso. Ele me encarou e eu sabia que ele estava ferido com tudo aquilo, talvez pensando o que ele tinha feito para que eu fizesse algo assim com ele.
- Ainda não estamos casados - respondeu, friamente, tirou dinheiro da carteira - para pagar a conta do que quiser comer.
Eu o vi passar pela porta e não consegui mais segurar as lágrimas que teimavam em cair, peguei a alta quantia em dinheiro, dei de gorjeta para uma das garçonetes, que arregalou os olhos e agradeceu até que eu sai para o ar fresco da noite.

Conquistando Um SullivanOnde histórias criam vida. Descubra agora