Capítulo 93-"Até as mulheres que trabalhavam ali, o olhavam de boca aberta."

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Voltei para a parte dianteira do restaurante, me posicionei perto do balcão do caixa e comecei a observar as pessoas que ali havia, como sempre fazia. Algumas comiam como patos, apenas engolindo a comida pela pressa, outras pareciam conversar com os talheres por tamanha vagareza, amigos riam e conversavam animadamente, às vezes se esquecendo que estavam ali para fazer algo mais do que isso, deixando aquele delicioso fettuccine esfriando no prato. E então, em um dos cantos do restaurante, um homem estava sentado sozinho, o tornozelo posicionado sobre a coxa e uma taça de vinho descansava em sua bonita mão de dedos longos; seus cabelos estavam impecavelmente arrumados, o terno que usava tinha o corte perfeito e caía como uma luva em seus ombros largos e cintura estreita, suas mãos eram grandes e poderiam fazer mágica no corpo de uma mulher, seus sapatos eram negros e lustrosos. Ele era hipnotizante e assim que consegui tirar os olhos dele, olhei ao redor e notei que estava certa quanto a isso; algumas mulheres no local olhavam para ele de esguelha, discretamente, outras eram mais ousadas e encaravam sem pudor. Outras chegavam a acenar ou piscar. 
Naquele momento, uma mulher com os cabelos tingidos de loiro, com saltos de quase 20 cm e um vestido curto, se aproximou e sentou-se na cadeira vazia na sua frente. Conversaram durante poucos segundos e com uma classe impressionante, ele parece ter dado o fora nela, pois ela forçou um sorriso sem graça, levantou-se, mas antes sussurrou algo em seu ouvido e deixou um pedaço de papel em seu colo. 
Revirei os olhos com a cena e enquanto caminhava em sua direção, notei que até mesmo as mulheres que trabalhavam ali estava olhando para ele com a boca aberta. Eu estranharia se fosse diferente, ele tinha um charme difícil de resistir, ainda mais quando me encarava com perfeitos olhos azuis enquanto me aproximava.
- Boa tarde - murmurei - posso ajudá-lo?
- Boa tarde - disse com sua voz profunda - me disseram que a comida daqui é ótima e... - ele me olhou de cima a baixo - ... que aqui havia a mais bela garçonete. 
- Bem, não mentiram para você - falei, jogando meu cabelo para trás e um sorriso brincou em seus lábios. 
- Não mesmo - respondeu - e eu gostaria que ela se sentasse e almoçasse comigo.
Já passava das 13:00 p.m. e eu ainda não havia comido nada, mas mesmo que minha barriga estivesse cantando um hino, eu não poderia fazer isso. 
- O que me diz? - ele perguntou.
- Me desculpe, não posso - respondi - estou trabalhando. 
- Eu acho que pode, sente-se - ordenou e eu mordisquei o lábio - agora. 
Oh, caramba. Ele ficava tão sexy quando se tornava um homem imperativo.

Conquistando Um SullivanOnde histórias criam vida. Descubra agora