Capítulo 39-"E que comecem os jogos!"

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A noite foi turbulenta, cheia de sonhos e inquietações. Acordei no meio da noite, a respiração ofegante e a testa úmida de suor, mas me acalmei rapidamente; notei que os travesseiros que eu havia colocado entre Arthur e eu, no momento da raiva, estavam espalhados no chão e eu estava escarranchada no corpo forte do homem que agora era meu marido. Minha cabeça estava em seu ombro, meu braço rodeando seu tórax e uma das minhas pernas estava entre as coxas musculosas. Por mais que eu não quisesse, estava me sentindo segura e confortável enroscada nele, seu braço rodeando minha cintura e foi desse jeito que eu dormi novamente, agora sem nenhuma interrupção.
Quando a manhã surgiu, eu estava sozinha na cama. Me sentei no colchão, bocejei e me espreguicei, joguei as cobertas para o lado e empurrei minhas pernas para a beirada da cama. Fiquei sentada ali durante um tempo, em seguida caminhei até a sacada e me inclinei, pairando sobre a beirada, encostando meus braços no frio metal; o dia já havia amanhecido há algum tempo na Alemanha e os carros passavam apressados pelas estradas. Ouvi a porta do quarto se abrindo e voltei para dentro, encontrando Arthur maravilhosamente vestido com uma camiseta azul que combinava com seus olhos e um jeans que lhe caía pelo quadril estreito e ajustava em seu traseiro incrível.
- Apresse-se, vamos pegar um avião em poucas horas - disse com a voz impassível sem me dar uma segunda olhada e dirigiu-se para o cômodo contíguo, voltando em seguida com uma caneca de café - acabaram de trazer o café da manhã - informou, sentou-se na cama e ligou a televisão.
Entrei no banheiro, fiz minhas necessidades, tomei banho e me enxuguei; estava enrolando meu corpo na toalha, mas parei e mordi o lábio tentando não sorrir para o que eu estava prestes a fazer. Missão conquistar Arthur Sullivan estava em ação. Deixei a toalha pendurada para que pudesse secar, soltei meus cabelos molhados, balançando-os um pouco e abri a porta. Arthur ainda estava sentado assistindo televisão e não desviou o olhar da tela quando a madeira foi escancarada; passei a língua em meus lábios repentinamente secos e andei para fora do cômodo em toda a glória que eu havia nascido.

Conquistando Um SullivanOnde histórias criam vida. Descubra agora