Mal haviamos entrado no automóvel quando recebi uma aspirina e um remédio para o estômago de Arthur e antes de chegar no nosso destino, o efeito da bebida era algo vago em meu sistema; o caminho inteiro foi constituído de um silêncio assustador, o homem com que eu havia me casado não havia me olhado nenhuma vez e eu só queria me encolher no canto oposto do banco.
O carro parou e meu queixo caiu quando olhei pela janela; a porta do limusine se abriu e o motorista me ofereceu sua mão, dando uma visão ainda melhor do lugar. O hotel era lindíssimo e luxuoso! Era algo esplendoroso, a arquitetura parecia alcançar os seus por toda sua imensidão, luzes iluminavam por todos os lados e enormes janelas ocupavam grande parte da fachada; um letreiro luminoso com o nome do hotel estava localizado na parte superior. Arthur parou ao meu lado e me ofereceu seu braço.
- Vamos - falou e apesar do gesto gentil, sua voz tinha saído abrupta.
Coloquei minha mão em seu cotovelo e caminhamos para dentro. Não consegui segurar o "O" que saiu dos meus lábios quando olhei ao redor, o saguão era amplo e bem iluminado, mas foi o quarto que me tirou o fôlego. A cama era bem ampla, com lençóis e travesseiros imaculadamente brancos, a coberta era uma mistura de magenta e roxo, combinando com as cortinas dobradas ao lado da sacada, uma televisão de plasma estava grudada na parede oposta, um abajur ao lado da cama; adentrando mais o lugar e passando por uma abertura, havia uma área útil, que possuía um sofá de dois lugares e uma poltrona, também impecavelmente brancos, uma escrivaninha em um canto com um lindo arranjo de flores em cima. Havia outra sacada ali, mas as cortinas presas ao lado eram brancas; um quadro estava suspenso sobre um dos sofás, uma pintura abstrata que me segurou a atenção durante alguns segundos antes que eu voltasse minha vista para o ambiente. Havia um frigobar preenchido com várias marcas de cerveja, sucos, garrafas de água e bombons; sobre uma mesinha ao lado da poltrona, havia uma morde cafeteira com xícaras e pires perfeitamente arrumados.
Entretanto, meus olhos se ampliaram e meu queixo caiu quando meu olhar pairou sobre a mesa de madeira maciça marrom-avermelhada, com cadeiras no mesmo tom e estofados da mesma cor do edredom na cama; sobre a mesa, uma champanhe estava dentro de um balde preenchido com gelo, duas taças de cristal de um lado e do outro uma bandeja com queijos e morangos com chocolate e chantilly. Tudo parecia um sonho.
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Conquistando Um Sullivan
RomansaCréditos a Lindsay Vatz. Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan entrou em sua vida...