Eu simplesmente odiava a segunda-feira, era um dia extremamente longo e cansativo, sempre; entretanto, quando ela finalmente chegou, eu ergui minhas mãos para os céus e agradeci. Me arrumei rapidamente, querendo chegar logo no meu trabalho e eu sabia que estava um caco.
- O que aconteceu com você? - perguntou minha gerente, franzindo a testa - você parece mais cansada do que quando trabalha a semana inteira.
- Uma tia de Arthur apareceu lá em casa - resmunguei.
- E o que tem isso? - perguntou, sem entender.
- A mulher é uma peste, veio para infernizar a nossa vida - grunhi.
Após o almoço de sábado, ela fez questão de ocupar meu marido o dia inteiro e reclamava que não o havia visto durante muito tempo, que não podia deixá-la de lado, que ela já estava velha e ele se sentiria mal se ela morresse. Bem, não é desejando o mal de ninguém, mas se isso acontecesse, ela estaria fazendo um bem para a humanidade. Ai que droga, eu estava sendo uma pessoa cruel só por pensar assim e eu sempre tento não ser cruel com as pessoas; porém, a mulher me fazia liberar o pior de mim. Arthur, sendo o homem bom de sempre, fez a vontade da tia e lhe mostrou a cidade que ela nunca havia conhecido. E durante todo o tempo, arrastava sua filha adotiva com ela, empurrando a mulher para cima do meu marido como se eu não estivesse ali, como se eu não existisse. Se Ágata pudesse colocar Kátia em uma bandeja e entregar para Arthur, ela faria. Eu queria entregar era a cabeça daquela mulher em uma bandeja. Cacete. Enquanto a mim? Fiquei mais afastada com Brendon e mesmo que Arthur tentasse ficar perto de mim, a bruxa velha conseguia puxá-lo para longe.
Já estava tarde quando voltamos para casa após o jantar e eu apenas me joguei na cama, estava exausta e uma boa noite de sono me deixaria renovada para o que viria na manhã seguinte. Acordei assustada com um barulho ensurdecedor vindo do lado de fora do quarto, olhei sobre o ombro e Arthur não havia nem se mexido. Caramba, o homem estava morto? Aproximei meu rosto de seu nariz e senti que ainda respirava. Tudo bem, o barulho não havia sido tão alto assim, mas para alguém que estava dormindo era quase isso; na verdade, tinha alguém batendo na porta. Olhei para o relógio digital sobre a mesa de cabeceira e gemi. 03:00 a.m. Ta de sacanagem. A batida soou novamente um pouco mais forte agora e uma voz que eu não queria ouvir nunca mais soou.
- Arthur - outra batida - Arthur.
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Conquistando Um Sullivan
RomanceCréditos a Lindsay Vatz. Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan entrou em sua vida...