Capítulo 68-"Mãe!"

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Não demorou para que o meio daquele mesmo mesmo dia chegasse, trazendo com ele uma tarde insuportavelmente calorenta, nem parecia que tinha chovido à cântaros mais cedo. Vesti um short, uma regata, prendi os cabelos em um coque bagunçado e mantive os pés descalços, apreciando o chão frio sob as solas; Brendon estava tirando seu cochilo da tarde e eu resolvi arrumar a casa, coloquei meus fones de ouvido em uma altura que conseguiria ouvir o telefone ou o interfone chamando e coloquei mãos à obra. Arthur já estava contratando uma empregada, mas ela ainda não havia começado e eu estava ociosa.
Ao som de "Love me like you do" da Ellie Goulding, eu estava passando um pano na cozinha e cantarolando a música baixo (bem, pelo menos eu achava que estava baixo), quando o interfone tocou; o aparelho ficava bem perto da cozinha e, apesar dos fones, o barulho foi ensurdecedor, me fazendo querer quebrar a maldita coisa. Deixei o rodo de lado, tirei um dos fones e perguntei quem era.
- Olá, querida - uma voz conhecida soou do outro lado e eu franzi a testa enquanto apertava o botão para abrir. Caminhei até a porta da entrada e fiquei observando uma mulher caminhar pelo jardim, observando ao seu redor com uma expressão maravilhada e ela abriu um sorriso quando me viu.
- Mamãe? - falei e logo eu estava nos seus braços, recebendo um dos seus apertos de urso.
- Olá, Lidy - me afastei da porta e ela entrou. Tânia Prescot é uma pesquisadora, viaja para várias partes do mundo em busca de novas descobertas, principalmente na natureza, e eu não a via há quatro anos; ela havia me feito uma visita certa vez em Wisconsin, uma bem rápida à propósito, depois disso só falei com ela por telefone, às vezes.
- Não sabia que estava por aqui - falei e nos sentamos no sofá.
- Estou indo para a América Latina e decidi passar aqui para ver você, meu neto e conhecer o sortudo com quem você se casou - ela disse e me deu seu sorriso amável de sempre - como ele é, querida? É bonito?
- Sim, mãe - falei, não conseguindo deixar de sorrir - Arthur é o máximo e dizer que ele é bonito seria um eufemismo.
- E é um bom homem?
- O melhor que já conheci - murmurei.

Conquistando Um SullivanOnde histórias criam vida. Descubra agora