Capítulo 19-"Boom a bomba estourou, e agora tenho que juntar os restos mortais"

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- Tem algo que deseja me contar, Lídia? - ele me fuzilava com seus olhos cor topázio, conseguindo manter uma calma que eu não conseguia de jeito nenhum.
- Não, ele é filho do meu irmão - respondi com rispidez e passei com ele, entretanto, uma mão forte me segurou pelo cotovelo e me fez virar para encará-lo.
- Não me venha com essa - sua voz estava firme - se tivesse dito que o filho era de Anne eu teria acreditado mais do que essa sua história. Agora responda a verdade, Lídia. Eu tenho um filho, que pelo visto é a minha cópia quando criança?
Mordi o lábio e desviei o rosto para tentar esconder uma lágrima, mas ele segurou meu queixo e me fez encará-lo.
- Seu choro responde mais do que palavras - murmurou e enxugou a linha úmida - durante oito anos, Lídia, me escondeu isso durante oito anos.
Outras lágrimas silenciosas escorriam pela minha face e meus lábios tremulavam em desespero e angústia.
- Eu estou certo? O menino é meu filho ou você dormiu com algum outro dos meus irmãos? - a pergunta me fez afastar como se ele estivesse pegando fogo e levar as mãos até a boca pelo absurdo; passado o choque, ergui a mão e a mirei em seu rosto, porém, ele foi mais rápido e segurou meu pulso.
- Responda a maldita pergunta, Lídia - ele falou entredentes e praguejou algo em alemão.
- É seu filho - minha voz saiu em um fio.
- E quando pretendia me contar? Aliás, você pretendia me contar?
- Claro que sim, hoje - me defendi - por isso te chamei até aqui.
- E o que contou para ele? Que eu havia morrido?
- Não - praticamente gritei, atônita.
- Ou disse algo horrível sobre mim? Deve ter sido isso para levá-lo a me dar um chute em uma loja.
- Não, eu disse a verdade, não temos segredos entre nós.
- Qual o nome dele?

Conquistando Um SullivanOnde histórias criam vida. Descubra agora