Cap. 109 -"Vou recebê-la com um bastão de beisebol."

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- Sei o que está fazendo - murmurei. 
- Não estou entendendo - disse, fingindo inocência. 
- Ora, não se faça de desentendida - rosnei; ela bebericou o chá e falou olhando para o líquido. 
- Você nunca vai ser capaz de fazer meu sobrinho feliz - falou com uma calma, como se estivesse falando sobre o tempo. Senti minhas bochechas esquentarem de raiva. 
- Eu já o faço feliz.
- Ele já disse que a ama? Estava pensando sobre isso e não o ouvi pronunciar tais palavras nem uma vez - ela estava destilando seu veneno, mas eu não ia ser picada. 
- Já disse - menti e senti meu coração ficar do tamanho de um grão de mostarda. Eu não ia dar essa satisfação para ela. 
- Pois penso que não a ama - falou, terminou o chá e colocou-se de pé - por enquanto você ainda está servindo para esquentar sua cama, mas quando se cansar de você...
- Cale-se - a interrompi - não vai querer mexer comigo.
- Não vou permitir que ele fique cego por muito tempo - ela me encarou de cima a baixo - olhe só para você, coloque-se em seu lugar. 
- É melhor que não envenene a mente de Arthur ou terá que dormir com um olho aberto e o outro fechado - apontei um dedo em sua direção - e é melhor não aparecer mais no meio da noite no meu quarto ou abrirei a porta com um bastão de beisebol pronta para espanta-la de casa.
Dei a conversa por encerrada e subi rapidamente para o conforto do meu quarto, entrei e encostei as costas na porta fechada. Fechei os olhos por um momento e mesmo não querendo ser afetada por suas palavras maléficas, elas rodavam pela minha cabeça uma e outra vez. " Ele já disse que a ama? " Engoli com dificuldade, não havia dito, mas não significava que era indiferente a mim, caso contrário não estaria comigo. Poderia ele ter outra pessoa? Uma amante? 
" Você nunca vai ser capaz de fazer meu sobrinho feliz ", ela havia dito. Fazê-lo feliz era o que eu mais queria e principalmente se fosse ao meu lado, porém, eu seria suficiente para ele? Talvez esteja sendo agora, mas e depois? Um barulho vindo do banheiro tirou-me dos meus devaneios e ergui a cabeça para encontrar Arthur saindo do cômodo, seu peito estava nu, uma calça larga pendia em seu quadril e seus pés estavam descalços.

Gente, agora eu dei valor! Kkkkkkkkkk, Lidy arrasou! Mas essa velha ainda conseguiu plantar seu veneno, que ódio dela!!!
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Conquistando Um SullivanOnde histórias criam vida. Descubra agora