Capítulo 50-"Meu plano estava funcionando, bem demais."

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- Você me ouviu - respondi.
- Quero que repita - disse e quando não fiz menção de abrir a boca, ele me balançou e rosnou - repita.
- Você se sente ameaçado - falei devagar para bom entendimento - que eu procure alguém para fazer o serviço que você não consegue.
- Mulherzinha petulante - falou antes de grudar sua boca na minha.
Não era um beijo cheio de ternura e paixão, era agressivo e possessivo, como se estivéssemos disputando pelo poder, oh, mas era delicioso. Seus lábios estavam quentes sobre os meus e sua língua era um convite para o puro prazer, seus braços eram como barras de ferro ao redor da minha cintura, indicando que eu não iria para lugar nenhum. Arthur me ergueu do chão, de modo que instintivamente enrosquei minhas pernas em sua cintura e caminhou para fora do cômodo, jogando-me na cama e me encarando com um olhar furioso.
- Vou lhe mostrar o que posso conseguir - rosnou e veio para cima de mim. Seus beijos era como o paraíso, suas mãos serpenteando pelo meu corpo estava me deixando maluca e apesar de querer dizer não e afastá-lo, eu simplesmente não conseguia. Afinal, não era esse o plano desde o início, seduzir Arthur? Então, que se dane. Puxei ele para mais perto e rodeei seu pescoço com os braços, entregando-me totalmente para ele. Interrompemos o beijo quando estava ficando difícil de respirar, mas sua boca não parou, continuou pela minha mandíbula, descendo para uma parte sensível atrás da orelha e mordiscou meu pescoço e clavícula; suas mãos habilidosas fizeram sua mágica e logo meu vestido estava fora de mim, descartado para um lado.
Nesse momento, Arthur sugou a respiração e se afastou para me olhar; comprimi meus lábios um no outro para não sorrir. Essa era a reação que eu desejava quando coloquei uma pequena calcinha preta rendada, combinada com uma cinta liga e ainda estava com os sapatos de salto altíssimo; não havia colocado sutiã, então meus seios estavam expostos agora. Aproveitando da sua distração momentânea, empurrei o homem em cima de mim para o lado e me escarranchei em seu colo; seus olhos se arregalaram de surpresa, mas logo se recompôs e, sem dificuldades, rolou para cima de mim novamente.
- Hoje não - murmurou, mortalmente sério. Ele estava querendo insinuar que ele tinha o poder essa noite e eu tinha o direito apenas de permanecer calada e deixá-lo fazer seu trabalho. Esse pensamento fez meu sangue ferver e eu empurrei seu peito para que se afastasse.

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