- Chegamos - ele disse e saí do carro e meu queixo literalmente caiu quando entramos na recepção do hotel. Cacetada, realmente eu estava no Four Seasons? O lugar era grandioso e um verdadeiro sonho, com seu estilo vitoriano fez-me sentir como se estivéssemos em uma outra época. O lobby bem iluminado apesar de ainda estar claro, com enormes janelas, flores em tom lilás estavam espalhadas e sobre uma mesinha havia uma estátua de um homem nu, muito parecido com David de Michelangelo, algo marcante na Itália, fazendo-nos lembrar dos grandes pintores e escultores vindos daquele país.
- É lindo - murmurei, olhando ao redor minuciosamente.
- É sim - assustei-me quando ouvi a voz de Arthur perto de mim, tirando-me da nuvem de sonhos em que eu me encontrava. Arthur caminhou até a recepção, fez nosso check-in e um homem uniformizado colocou nossas malas em um carrinho, nos direcionando até nosso quarto. Caminhamos por longos corredores, compostos por bancos almofadados, vasos de flores e paredes pintadas com desenhos que pareciam renascentistas. Paramos em frente a uma porta, o rapaz disse algo em italiano, o qual não compreendi nem uma só palavra, e Arthur respondeu como se o idioma fosse o seu de origem; o cara entregou uma chave, Art deu-lhe uma gorjeta e com um aceno, ele partiu. Meu marido abriu a porta da suíte e eu engasguei, apenas a habitação era maior do que muitas casas e o hotel fazia a casa branca parecer uma casinha de cachorro. Como o resto do lugar, o quarto era vitoriano. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o teto pintado, algo que me fazia recordar de "A criação de Adão" de Michelangelo e "A última ceia" de Da Vinci, ou até mesmo o maravilhoso teto da Capela Sistina; a cama era enorme, com uma colcha em tom de verde claro com branco e duas almofadas com a mesma estampa estava encostadas na cabeceira, assim como outras duas em verde-musgo. Havia um lustre encantador, um grande tapete macio sob os pés, uma poltrona perto da sacada e várias pequenas mesinhas com abajures em cima, tudo arrumado com muito esmero.
- Uau - exclamei quando observei a vista do amplo jardim que a sacada proporcionava.
- Vamos apenas desarrumar as malas e podemos dar uma volta pelo jardim - Arthur murmurou atrás de mim e mesmo que ele não estivesse me encostando, eu podia sentir o calor que emanava do seu corpo.
- Seria ótimo - falei com um sorriso largo e genuíno. Depois de arrumadas as roupas, fui até o banheiro e eu não conseguia parar de me impressionar. O cômodo parecia um segundo quarto, uma banheira estava no centro, quadros com árvores desenhadas estavam pendurados em algumas paredes, uma janela permitia a passagem de uma brisa suave e acolhedora, uma penteadeira em um canto, toalhas perfeitamente dobradas ou penduradas, um chuveiro e cortinas, tudo em tons neutros, como marrom e dourado. Quem não poderia ser feliz em um lugar como aquele? Bem, eu poderia.
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Conquistando Um Sullivan
Любовные романыCréditos a Lindsay Vatz. Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan entrou em sua vida...