Vinte minutos depois, Christopher estava na Wall Street, subindo os degraus de granito do arranha-céu da família de Dulce. Quando se aproximou das portas giratórias, um guarda uniformizado abriu a porta lateral para ele.
– Sr. Uckermann?
Ao responder, o homem afastou-se para lhe dar passagem.
– Ela está esperando pelo senhor – avisou o guarda. – No escritório dela, no último andar.
Para pegar o elevador, siga por ali.
Christopher assentiu para o homem e entrou no elevador. Cinquenta e dois andares. O elevador parou e ele deu de cara com um corredor extremamente luxuoso. Ao final, avistou uma luz resplandecendo por uma porta dupla e seguiu em direção a ela; em contato com o carpete espesso, seus passos não emitiram nenhum ruído. Ele passou por salas de reuniões e por escritórios e pensou que, se não fosse pelas pinturas espetaculares penduradas nas paredes, ele poderia estar numa sala executiva de qualquer empresa de sucesso.
Christopher diminuiu o passo ao chegar até a porta dupla. Empurrou um dos lados da porta e a viu.
Com a silhueta destacada diante da vista cintilante da cidade, a condessa estava usando um vestido vermelho, olhando em direção às janelas. A seda delicada cobria seu corpo longo e esguio e deixava suas costas expostas. Com o cabelo preso num penteado encaracolado, ela tinha as curvas graciosas de uma bailarina.
Um desejo selvagem golpeou o abdômen dele assim que ela percebeu o reflexo na vidraça da janela. Ele pôde ouvir a respiração curta e repentina da condessa e, aparentemente, ela precisou de um instante para se acalmar antes de se virar. Quando o fez, ele percebeu que os traços delicados do seu rosto estavam comprimidos, repletos de tensão.
– Você se movimenta tão silenciosamente – disse ela.
Ele deu de ombros.
– Não faz sentido que eu seja anunciado por uma fanfarra.
Ela elevou os lábios num sorriso e Christopher sentiu um aperto no peito. Ele não era o tipo que se impressionava com beldades, mas se viu naquele momento tragando-a através da pele. A condessa o excitava.
Ficou irritado.
– O que está acontecendo? – perguntou ele diretamente.
– Você viu as notícias? – o tom agudo de medo na voz dela estava mais evidente do que o que ele se lembrava.
– Sobre Belinda Peregrin? – ele acenou com a cabeça.
Ela envolveu os braços ao redor do próprio corpo. Enquanto se mexia, os diamantes brilhavam.
– Não posso acreditar nisso – a condessa virou-se novamente para a janela, como se quisesse evitar que ele percebesse o esforço que fazia para se controlar. – Meu Deus, como a família dela deve estar se sentindo... Ela tem um filho pequeno. Tinha.
Por cima do próprio ombro, ela o olhou; seus olhos brilhavam. Dulce o fitou por um longo tempo, como se estivesse tentando mergulhar no espaço atrás daqueles olhos e descobrir quem era aquele homem.
– Posso confiar em você? – perguntou ela, com um ligeiro senso de urgência.
– Totalmente, condessa.
Houve uma pausa. Ela virou-se para ele.
– Meu marido e eu estamos separados. Estamos nos divorciando.
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Um Romance Inesquecível
AdventureUm Romance Inesquecível - As mulheres mais influentes de Manhattan estão sendo assassinadas e Dulce, uma linda herdeira da alta sociedade e famosa por sua fabulosa fortuna, é um possível alvo. Relutante, porém vulnerável, ela contrata Christopher U...