CAPÍTULO 23

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Junto com Diego, o medo de Martina voltou

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Junto com Diego, o medo de Martina voltou.

E se Jorge realmente fosse um vampiro?

Ela agora observava ele comer, ele parecia tranquilo, e distante, enquanto almoçava.

Vampiros não comem. — ela se lembrava o tempo todo.

— Toma. — disse ela, impulsivamente, pegando a concha da mão dele, enquanto ele se servia.

Colocou em seu prato uma quantidade bem maior do que o normal.

Lodovica, não deu atenção; Xabiani, a olhou; Mercedes, franziu a sobrancelha, achando graça; e Diego disfarçou o riso com uma tosse.

Jorge, que estava com a boca cheia, ergueu a sobrancelha.

— Qual o seu problema? — perguntou ele, após limpar a boca com o guardanapo, encarando-a, desconfiado.

— Nenhum. — respondeu ela, voltando ao seu lugar, após deixar o prato dele com uma montanha adicional de comida. — Bom apetite! — ela apontou a comida, sugestivamente, apoiando o rosto nas mãos, e encarando-o.

Jorge a encarou por um momento, depois deu de ombros e voltou a comer.

Ele comeu metade do que Martina colocou, dando-se por satisfeito. Diferente dela, que só beliscou um pouco de sua comida, observando-o fixamente.

Esse era o lugar mais chuvoso da terra, como ela ia arrastá-lo para o sol?

Os dias foram passando, calmamente. As noites, em sua maioria, eram tomadas por tempestades.

— Está tarde. — murmurou ela, sentada em uma poltrona, com um livro nas mãos. — Tarde demais! — concluiu, assim que olhou o relógio, e já passava das 03:00am. Todos já haviam ido se deitar, mas ela ficou lendo.

Reprimindo um bocejo, ela fechou o livro, pôs em seu lugar, e caminhou para seu quarto.

A chuva acoitava as janelas do lado de fora.

Quando ela entro no quarto, Jorge dormia com a barriga, definida, virado para cima, e um braço, forte, caído para o lado da cama.

Um coração que não batia. — foi o que veio na cabeça de Martina, no início.

Ela caminhou até ele na ponta dos pés, ajoelhando-se ao seu lado. A respiração dele era superficial, e calma.

Martina observou o marido por um tempo. Se fosse sempre assim, sem aquela máscara de raiva e frieza, tudo seria tão diferente...

Ela ergueu a mão, hesitante, tocando o peito esquerdo do marido, por um momento, admirando-se da musculatura definida que tinha. Logo, se concentrou.

Deixou a cabeça cair para o lado, como uma criança curiosa, ao sentir um leve tamborilar por debaixo dos dedos. Ela fez um pouquinho de pressão, e o tamborilar do coração de Jorge continuou, ritmado e calmo. Ela se prendeu a aquilo.

Mais um item para tirar da lista. — pensou, surpresa.

— É, está batendo. — murmurou ele, rouco, ainda de olhos fechados. Martina se assustou e se levantou às pressas, mas ele segurou o seu braço. — Buu! — sussurrou ele, divertido, abrindo os olhos.

O toque quente dele, inflamava na pele delicada dela.

— Você e essa maldita mania de me assustar. — disse Martina, e Jorge riu, os dentes refugindo perfeitamente a luz de um trovão. — E me solte. — pediu ela, tirando a mão dele.

— No que estava pensando, petit?perguntou ele, divertido.

— Em nada. — se defendeu — Eu só estava... estava... tocando em você. Não posso mais? — Jorge ergueu a sobrancelha, irônico.

— Quer dizer que agora você quer me tocar. — observou ele, ainda rouco pelo sono.

Ele a puxou de vez, fazendo-a se sentar em seu colo, se sentando logo em seguida. Martina o encarou, surpresa.

— Tudo bem, então. — ele sorriu, simplesmente, e a beijou.

Havia tempo que ele não a beijava. Sua mão era possessiva, dentro dos cabelos dela, puxando-a para si, enquanto seus lábios se oprimiam, o gosto dela era ainda mais doce do que sua memória lhe dizia. Já ela, estava inebriada até por seu cheiro.

Minutos depois — ou poderiam ter sido vidas —, o ar faltou, o que fez ele descer os beijos para o pescoço dela, ávido. Martina sentia a boca latejar, enquanto, os lábios de lhe acariciavam a pele.

Perto demais da garganta. — seu subconsciente, lhe avisou.

— Es... Espera. — murmurou ela, encolhendo o pescoço, Jorge riu com a boca pousada no ombro dela.

— Qual o problema? — perguntou ele, perto do ouvido dela.

O hálito quente dele fez ela perder o rumo por alguns segundos. Qual era o problema mesmo?

— É tarde. — disse ela, retornando sua atenção, pegando o rosto dele dentre as mãos, ela o encarou por alguns instantes, e Jorge prendeu o riso vendo o rosto atônito dela.

Por um momento, ele esqueceu até de "odia-la", esqueceu de tudo. Ela era apenas sua mulher, só isso.

— Voce precisa dormir, descansar. — Jorge assentiu, mordendo a língua para não rir. — Boa noite! — ela selou os lábios com os deles, demoradamente, antes que pudesse se refrear, depois fez impulso para se levantar.

Jorge a puxou de volta com tudo, fazendo-a soltar um gritinho de susto, e rolando de lado, colocando-a deitada em seu lado da cama, de costas para ele, mas ainda abraçando-a pela cintura.

Ele deu uma mordida de leve na nuca descoberta dela, e ela gritou se jogando para fora da cama, caindo ajoelhada. Ele riu ainda mais enquanto se ajeitava em seu lugar.

Martina, mesmo com medo, sorriu, enquanto tirava o hobbies e se preparava para dormir.

Martina, mesmo com medo, sorriu, enquanto tirava o hobbies e se preparava para dormir

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PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora