CAPÍTULO 80

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Durante duas semanas, a paz reinou na mansão Blanco

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Durante duas semanas, a paz reinou na mansão Blanco.

O curativo de Jorge cicatrizou com perfeição, perante aos cuidados de Martina. Essa vinha comendo excessivamente, e seu gosto havia mudado radicalmente.

— Está pronto. — concluiu Martina, dispensando o curativo dele.

Os pontos já haviam sido retirados, ele estava bem.

— Obrigado. — agradeceu Jorge, passando a mão no cabelo. Finalmente, livre daquele curativo.

— Volte para ela agora. — disse ela, calmamente, enquanto fechava a caixinha de primeiros socorros.

— Tudo volta a ser como era antes, então? — perguntou ele, olhando-a.

— Você quem escolheu assim. — respondeu ela, duramente. — Não se preocupe, vou cuidar para que Diego não atire mais nada contra você. — disse ela, se levantando. — Com licença.

Martina saiu, deixando Jorge, sozinho com seus pensamentos. Ela foi até a cozinha, estava com desejo de comer figos. Jorge ficou quieto, mas logo se levantou, e começou a se arrumar.

Capitu deve estar uma arara comigo. — pensou ele, enquanto saia.

E, ela estava.

Gritou com ele, esbravejou, mandou-o embora. Ele apenas observou ela, e esperou que sua fúria diminuísse, sentindo falta da paz, e da quietude da casa.

Por fim, não aguentou.

— Capitu, o que queria que eu fizesse? — perguntou ele, cansado. — Eu estava lá, preso na cama. Martina ia fazer com que tirassem você a força de lá. O que quer que eu faça?! — perguntou ele, exasperado.

— Se divorcie dela. — exigiu ela, seriamente. — Devolva ela para o pai.

— O quê? — perguntou ele, incrédulo.

— Devolva ela para o pai. — repetiu. — E, então, vamos embora daqui, só nós dois. — disse ela, sorrindo animada, com a ideia.

Jorge pensou em Martina, sendo devolvida.

Conhecia Alejandro. Divórcio não era algo tão simples naquela época. Ela seria discriminada, e maltratada. Sem contar que, o pai, a mataria por alto. E, sem contar, na humilhação, que era enorme.

— Eu não posso. — disse ele, sem pensar.

Era o que sentia.

— Por que não? — perguntou Capitu, se irritando, novamente.

— Ela não merece. Ela não queria nem se casar comigo. — disse ele, lembrando-se das tentativas de Martina, de persuadi-lo a desistir do casamento. — Não vou expor ela a essa humilhação.

— Qual é o seu problema? — perguntou ela, quase gritando. — Vai defender ela agora?!

— Sinceramente, eu vou embora. Vou trabalhar, é o melhor que eu faço. De noite, eu vou voltar, e espero que você tenha parado de gritar. Caso contrário, eu vou para casa. — concluiu ele, curto e grosso.

Odiava que ficassem gritando com ele, não era criança.

Jorge estava indo para o trabalho, mas mudou de ideia.

Puxou as rédeas do cavalo, e mudou de direção. Tecnicamente, voou até sua casa. Precisava falar com Martina. As coisas não podiam ser assim.

— Martina, deixa de ser teimosa. — insistiu Diego, correndo atrás dela, que ria. — Sabe que quando eu quiser, eu alcanço você. — disse ele, calmamente, enquanto corria atrás da loira.

— Duvido. — desafiou ela, rindo, enquanto se acabava de correr.

Então, em um pulo, Diego estava colado a ela. Ele a abraçou pela cintura, erguendo ela do chão, que riu, gostosamente.

Foi essa a cena que Jorge viu de longe, ao chegar em casa.

Então, era isso. Ele voltou para casa, disposto a conversar, e ela estava lá, se divertindo com Diego.

Sua expressão era fria, quando ele puxou as rédeas do cavalo, para sair. Martina e Diego não viram ele. Porém, ele tampouco, fora trabalhar.

— Jorge! — constatou Capitu, surpresa — Ah, me perdoe! Eu fui prematura, infantil. Eu pensei que…

Capitu não conseguiu terminar de falar.

Jorge, com a expressão dura, como quem estava sentindo uma dor fulminante, segurou o rosto dela, com as duas mãos, e a beijou possessivamente.

Capitu sorriu de alívio, e o abraçou pela cintura. Logo, os dois caíram na cama, com ele por cima dela.

E, estava tudo perdido, novamente.

E, estava tudo perdido, novamente

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PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora