Diego segurou a mão de Martina, e a rodopiou no ar, fazendo-a rir.
Seu vestido, preto, fez uma redoma ao redor dela, enquanto ela voltava a abraça-lo.
Os dois circularam mais vezes, até que Martina, saltitante, se embolou na barra do vestido, e tropeçou, levando um Diego, risonho, consigo.
Eles caíram na cama, com ele por cima dela, e ambos ainda riam, alegres.
Quando o riso foi morrendo, Martina o beijou.
Foi como sempre: o beijo começava calmo, e ia esquentando.
Mas, desta vez, quando Diego ia se afastar, ela o impediu.
Diego ergueu o rosto por alguns segundos, para encará-la, confuso, mas logo, voltou a beijá-la.
Martina o queria — e queria mostrar para si mesma que Diego poderia satisfazê-la.
Enquanto isso, longe dali…
— Espera! — exclamou Jorge, esquivando-se de Capitu que o encarou, confusa.
— O que há? — perguntou ela, se afastando.
— Eu não… eu não sei.
Sua expressão era dura, como a de uma pessoa que estava sendo torturada.
— Sente algo? — indagou ela, preocupada.
— Sinto.
Era como se sua garganta estivesse se fechando, trancando, a cada segundo.
— Vou buscar algo para você beber. — disse ela, levantando, e saindo apressada.
Algo sufocava o peito de Jorge, a cada minuto que passava. Era como se algo seu, estivesse sendo arrancado; arrancado pelas mãos de outro.
Ele olhava, fixamente, para frente, com o semblante confuso.
O que está havendo? — pensou consigo mesmo, olhando pela janela.
A cidade era quase invisível, visto da suíte do hotel, por tamanha densidade da chuva.
— Tome, beba isso.
Capitu ofereceu um copo d'água a ele, e Jorge virou o copo de água fria, em um só gole, mas não ajudou.
— Você está me preocupando. — disse Capitu, olhando para Jorge.
— Eu tenho que ir para casa! — exclamou ele.
Era quase como uma obrigação, seu corpo lhe obrigava a fazer isso.
— Agora. — disse Jorge, levantando-se da cama. — Tenho que ir agora. — disse ele, apressado.
— Por que? — perguntou ela, confusa.
— Tem que ser agora, depressa. — constatou ele, e saiu, deixando uma Capitu, mais confusa ainda.
Capitu olhou pela janela, e viu quando Jorge lançou-se na chuva sufocante, montando em seu cavalo, e desaparecendo em direção a estrada que dava para a mansão Blanco.
Algo sério devia ter acontecido. — pensou ela, afastando-se da janela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PECADO - JORTINI
FanfictionHISTÓRIA ADAPTADA Concluída em 2009, por Samila Dias. Jorge Blanco e Martina Stoessel, foram destinados por seus pais a se casarem. Jorge apaixonado por outra; e Martina não preparada para assumir um casamento com um dos filhos da família mais rica...