CAPÍTULO 6

2.7K 119 5
                                    

— O que houve?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— O que houve?

Perguntou Martina, aparecendo na porta.

— Ah, senhora. — sussurrou Mirta — O senhor viu a Mercedes no corredor. Ela o desobedeceu. Ah, Deus! — lamentou ela, novamente.

— Ele não ficou muito contente. — comentou Martina, ainda sem entender.

— Ah, ele vai castigá-la, senhora. — disse ela, pesarosa e triste.

Nesse momento, ouviu-se um gritinho fino vindo do outro lado do corredor.

Martina franziu o cenho. Jorge estava... batendo na menina?

Antes que pudesse pensar, Martina segurou a barra do vestido e disparou-se correndo.

O quarto de onde vinham os gritos era longe, e seu vestido era, incomodamente, pesado. Ela chegou à fonte dos gritos, e invadiu o quarto.

Mercedes jazia encolhida em um canto, e Jorge acertava ela com algo que lembrava um cinto, com a expressão dura no rosto.

— PARA! — gritou Martina, segurando o braço dele com as duas mãos.

Mercedes tinha os braços na frente do rosto, defensiva, chorando e tremendo. Várias marcas vermelhas começaram a aparecer nos braços, e no ombro da menina.

Mas Jorge não parou.

— JORGE, PARE!

Martina se jogou na frente da menina, tapando-a com seu corpo, recebendo um golpe que não podia ser refreado.

— MONSTRO. VOCÊ NAO É HUMANO! — gritou ela, encarando-o, antes de abraçar Mercedes.

Jorge tinha a expressão vazia, e fria, enquanto observava as duas, antes de se afastar.

— Está tudo bem, little stranger.

Não sabia porque, mas se afeiçoou a aquele bolinho que a abraçava fortemente.

— Ele não vai mais voltar. — disse ela, e acariciou os cabelos da menina.

— Obri... Obrigada. — murmurou Mercedes, soltando-se de Martina, e esfregando o olhinho com as costas da mão. — Diego não teria deixado. — resmungou ela, subindo na cama.

— O que você é de Jorge? — perguntou ela, amistosa.

— Ele é meu irmão, mas finge que eu não existo. — respondeu ela, enquanto Martina lhe ninava.

PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora