CAPÍTULO 83

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— Carta para você

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— Carta para você.

Anunciou Diego, na manhã seguinte.

Martina estava sentada, tricotando um sapatinho. Ela franziu a sobrancelha, confusa. Não costumava receber cartas.

Ela pegou o envelope, olhando o remetente, e sorriu; Facundo.

— LODO!

Martina ouviu Lodovica gritar do andar de cima, respondendo.

— CARTA DE FACUNDO! — anunciou ela, sorridente.

A morena logo apareceu, saltitante. Ambas sentiam falta do irmão.

Lodovica se sentou na poltrona, perto da que Diego estava, e Martina começou a ler.

Querida Tinita,

Escrevo para dar-lhe uma notícia não tão boa.
Alba pegou febre tifoide há alguns meses. Eu não avisei antes, porque não queria preocupar vocês. Porém, ela não resistiu. Morreu antes de ontem, e o enterro foi ontem de tarde. Eu queria ter escrito antes, mas não tive condições. Ela era minha vida.
Já escrevi avisando papai do que aconteceu.
Vou tentar largar o trabalho para passar alguns dias com vocês. Como você está com Jorge? E, Lodovica? Na última carta ela disse que o bebê havia nascido, como ele está?

Esperando que estejam bem,

Facundo.

— Tem uma foto aqui. — disse Martina, ainda pasma pela notícia.

Ela olhou o verso da foto, e tinha a caligrafia de Facundo “Sei que você não deve se lembrar dela, passaram muitos anos.”

Martina passou a foto para a irmã, e a tristeza em seus olhos era mais que aparente. Facundo amava Alba — mais que a própria vida.

Queria estar com o irmão, para abraçá-lo e consolá-lo. — pensou Martina, enquanto Lodovica observava a foto.

Como a vida era injusta.

Corações quebrados estavam por toda parte.

Os dias foram se passando, calmos.

Martina, completou 6 meses de gravidez, e estava com um barrigão. Ela e Lodovica, se esbaldaram comprando roupinhas neutras — já que ainda não sabiam o sexo da criança.

— Você se empolgou com a história do bebê de Martina. — comentou Xabiani, sorrindo para a esposa, que estava sentada na ponta da cama dos dois, com um macacãozinho na mão.

— A Tini é muito só. Jorge não dá nem um terço do que ela merece. Então, eu faço o que posso. — disse ela, e Xabiani sorriu mais ainda, pela doçura dela.

PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora