CAPÍTULO 17

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Os dias foram se passando, lentos e normalmente

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Os dias foram se passando, lentos e normalmente.

Martina e Jorge brigavam constantemente. Então, ela resolveu canalizar sua dor em outro sentimento: raiva.

Diego virava um vício para Martina, passava horas com ele.

Xabiani e Lodovica, estavam cada dia mais ligados, e mais apaixonados.

— Uma flor para seus pensamentos. — disse Diego, puxando uma flor de um arranjo da sala e pondo à vista de Martina.

— Ahn? Ah, não é nada. — sorriu.

Diego virou o rosto, e levou a rosa consigo.

— Não quer conversar? — perguntou ele, sentando-se perto dela. — Sabe que pode confiar em mim. — disse ele, pegando a mão dela.

Como sempre, o toque de Diego era frio como gelo. Mas isso não impedia Martina de se aquecer com o toque da pele dele.

— Tudo bem, meu casamento é uma farsa. — ela suspirou — Jorge não me suporta. Você deve ouvir nossas brigas.

— Bom, eu não quero piorar o seu humor, mas creio que, Seattle inteira ouça as brigas de vocês. — Martina riu.

— Eu não sei mais o que fazer. — ela sorriu, triste — Tem horas que tenho vontade de sumir.

— MIRTA! — gritou Diego, assustando Martina.

A voz de Diego era forte, ela se arrepiou, involuntariamente.

— Sim, senhor? — perguntou ela, assim que chegou na sala.

— Mande selar o meu cavalo, preciso dele. — Mirta assentiu, e saiu. — Bom, quanto ao que fazer eu não posso ajudar. Mas, em relação a sumir, eu crio que sei alguma coisa.

— De quê?

— Vem. — ele levantou e puxou ela pela mão, levando-a para fora da casa.

Diego levou Martina até a frente da mansão, onde o cavalo negro dele esperava os dois. Ele levantou a Martina com a maior facilidade, colocando-a sentada de lado no cavalo, e montou atrás dela.

— É melhor de segurar. — avisou, divertido.

— Estou morrendo de medo de você. — revirou os olhos.

Quando ela disse isso, Diego riu.

Ela acho que estivesse voando, perante a velocidade que o cavalo tomou. O jardim passava por eles rapidamente, sem muitos detalhes.

Quando Martina já estava se acostumando com aquilo, Diego parou na frente de uma casa.

Na verdade, era a ruína de uma casa pequena, rodeada de plantas até a altura do joelho, com a pintura velha, e descascada. Martina não conhecia essa parte da propriedade, era longe demais da mansão.

— Por que me trouxe aqui? — perguntou, confusa, ao ver Diego descer do cavalo.

— Calma, Jake. — ele alisou o cavalo — Não está vendo? — ele apontou para a casa.

— O que é isso?

Diego riu, e puxou Martina do cavalo, ambos foram até a porta da casinha. Ele tirou uma chave do colar que usava, e abriu a porta.

Abriu com facilidade, para a degradação que aquela estava.

Martina se encantou com o interior da casa. Se ela não tivesse visto a casinha por fora, não acreditaria que era velha.

O interior era todo em madeira nova.

Tinha uma poltrona, uma lareira pequena, uma cama média, uma prateleira com livros, e um tocador de disco. Era completamente, aconchegante.

— Para todos os momentos quando quiser sumir. — ele olhou em volta — Não é grande coisa, porém, ninguém sabe da existência desse lugar, só nós dois. — ele tirou o colar com a chave do pescoço — É sua.

Quê… — ela olhou para a chave lhe dava — Não precisa Diego, sério. — ela sorriu, atonita.

— Você precisa mais do que eu. É bom para ter paz. — ele pegou a mão dela e pôs a chave na mesma. — Quando eu precisar, você me empresta. — ele sorriu e piscou para ela.

Martina sorriu, olhando em volta. Aquele lugar era tudo que precisava.

— É perfeito. — disse após um tempo, caminhando pelo pequeno chalé. Diego sorria para ela. — Ah, obrigada! — ela se atirou nele, abraçando-o com força.

Abraçar Diego era como abraçar uma estátua de pedra, mas, Martina adorava assim.

Diego abraçou-a de volta e lhe beijou o cabelo, ainda sorrindo. Os dois ficaram no chalé por um bom tempo.

Ele tirou um bule, uma enorme jarra de leite e uma pedra média de chocolate de uma banqueta perto da lareira. Ele acendeu o fogo enquanto Martina partia o chocolate e colocava no leite.

Depois, conversaram e riram.

Aquele lugar era um sonho, fazia ela esquecer tudo que vivia.

— Seu cavalo não gosta de mim. — comentou Martina, olhando o enorme cavalo preto, que não estava nem aí para ela.

Jake. — o cavalo olhou — Cumprimenta a Martina. — o cavalo, como se entendesse, encostou em Martina, passando o focinho de leve em sua mão, ela riu.

Diego colocou Martina em cima do cavalo e montou atrás dela.

Eles voltaram mais devagar do que na ida. Conversando, e observando o fim de tarde. Martina se sentia plena ali, nos braços dele.

— Diego está próximo demais de Martina. — comentou Jorge, olhando pela janela do segundo andar, vendo Martina e Diego se aproximarem, galopando no cavalo.

— Eles são só amigos, é impressão sua. — disse Xabiani, distraído com os papéis.

— Eu não costumo me enganar. — disse ele, com a expressão dura, quando Martina gargalhou enquanto Diego parava o cavalo na frente da mansão. — Mas, dessa vez, pela integridade dessa família, é bom que eu esteja. — ele virou o rosto com desgosto e saiu de perto da janela.

 — ele virou o rosto com desgosto e saiu de perto da janela

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PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora