CAPÍTULO 20

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— Nunca mais deixe de me atender, ou grite na mesa, estou sendo claro, Martina?

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— Nunca mais deixe de me atender, ou grite na mesa, estou sendo claro, Martina?

Alertou Jorge, entrando no quarto, em um tom que era mais ameaçador do que qualquer outra coisa.

Martina estava parada perto da janela, vestida com uma camisola de seda preta sob um hobbies também negro, que chegava ao chão.

Ela apenas balançou a cabeça, como se ele não merecesse sua atenção.

— Ele não vai voltar. — disse ele, perverso. — Você pode passar a noite inteira de pé, e mesmo assim, ele não vai aparecer. — sorriu cruel.

— E o que você tem a ver com isso? — perguntou ela, em um murmúrio, perdida, enquanto olhava a longa estrada da fazenda, deserta.

Ouviu a risada de Jorge trovejar atrás de si, mas não deu atenção.

Martina ficou até de madrugada olhando pela janela.

Por fim, constatou que Jorge estava certo, Diego não voltaria, não hoje.

Tirou o hobbies, e colocou-o perto da cama, junto com o roupão de Jorge. Deitou-se ao seu lado, cobrindo-se e aquietando.

Estava perdida em torpor, quando lembrou de uma coisa; vampiro.

Ela se endureceu na cama, virando-se para olhar o marido, que dormia tranquilamente, com uma expressão serena no rosto.

Ele pode estar fingindo. — disse a si mesma.

Tirou uma mão lentamente debaixo da coberta, e passou na frente dos olhos dele, fazendo movimentos bruscos, mas ele continuava adormecido.

Ela tocou no pulso dele, afim de sentir a pulsação do sangue, mas foi interrompida antes de conseguir sentir algo.

— O que diabos você pensa que está fazendo? — murmurou, rouco pelo sono, mas o verde de seus olhos já estava completamente atento, encarando-a.

Ah! — ela se afastou, assustada. — Na... Nada não. Boa noite. — disse ela, depressa, e deitou-se de costas para ele, bem afastada.

Jorge franziu a sobrancelha, mas sorriu fechando os olhos.

Martina acordou cedo na manhã seguinte.

Jorge ainda dormia. Só veio notar o rosa escuro do vestido depois que o vestiu. Odiava rosa, mas não o trocaria, não depois de todo o trabalho.

— Acordou cedo, senhora. — disse Mirta, ao ver Martina entrar na sala, enquanto ainda colocava a mesa. — Estou quase terminando.

— Está tudo bem, não estou com fome. — ela torceu as mãos, olhando para a porta, ansiosa. — Diego voltou durante a noite?

— Não senhora.

— Ah, Deus! — ela suspirou, jogando a cabeça para trás.

Nessa hora ouviram-se cavalos parando na frente da mansão. Martina disparou desembestada para porta, ficando em choque ao olhar para fora.

PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora